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sábado, 13 de setembro de 2025

O visível e o invisível

O mundo não é apenas o que vemos, mas também o que não vemos. O visível e invisível caminham juntos. 

Se um homem nasce, cresce, trabalha, se casa, tem filhos, envelhece e morre na santa paz, tendo cumprido a sua missão aqui na terra em harmonia com o visível e invisível que o cerca, ao deixar este mundo, entrará no mundo invisível para uma vida igualmente harmoniosa.

Se uma criança nasce e logo morre, também cumpriu a sua breve missão visível e inicia a sua missão no Reino invisível. Não acabou, foi só o começo. Por algum motivo essa criança foi criada, chamada a esta missão.

Se um homem, na sua juventude, adoece e fica por anos acamado ou refém daquela doença, também ele é chamado a contribuir - do reino visível ao invisível - pelos errantes deste mundo. É o sentido do sofrimento. 

Imagino algo como uma grande balança do bem e do mal, onde os sofredores pesam para o lado do bem, porque o sofrimento redime, purifica. Se os que sofrem são maus, talvez sofram por sua própria maldade; se são bons, contribuem com o peso de seu sofrimento para a elevação do bem. Mais ainda, se entendem que a doença é um mal e se aceitam com amor que esse mal os corroa por dentro, o peso desse mal é neutralizado pelo contrapeso do bem, e como o bem pesa mais que o mal (porque para fazer o bem é preciso esforço), o saldo da balança fica positivo!

Já pensou se houvesse mais pessoas agindo intencionalmente pelo bem? Poderíamos derrotar o mal no mundo, ou, ao menos, diminuir a sua força!

Por fim, quanto será que pesa a Verdade? 

Se um homem que proclama a verdade aos sete ventos for morto repentinamente, a verdade que proclamava, viva e eterna no Reino invisível, torna-se eco no mundo visível, por anos a fio, muito mais do que se estivesse vivo, e se transforma em memória! Não é verdade isso? 

E também ele, este homem morto, passando a viver no mundo invisível, continua a sua missão. Não acabou, apenas mudou de estado. Neste caso, duplo bem. Um aqui, outro acolá. Qual seria o seu peso na balança?

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