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sábado, 13 de setembro de 2025

NOSSOS MORTOS (Sertillanges)

 

A familia não é destruída, é transportada. Uma parte dela é invisível; mas se, de fato, ela estiver dividida, a culpa não é da morte.

Fiéis, não deixamos lugares vazios; o amor e a esperança os ocupam, e, através destes, nossos seres amados estão presentes.

ATRIBUTOS EQUIVOCADOS DA MORTE

Pensa-se que a morte é uma ausência, ao passo que é uma presença secreta.

Dizem que ela cria uma distância infinita, mas ela suprime toda distância, reunindo em espírito o que existia na carne.

É acusada de nos tornar estranhos uns aos outros, quando, na verdade, cria uma unidade ali onde subsistiam, pelo menos, possibilidades de desavenças.

Suspeita-se que traz o abandono para nós, quando nos garante uma perpétua e poderosa proteção.

Quantos laços refaz; quantas barreiras rompe; quantas paredes derruba; quanta fumaça dissipa, se a queremos bem.

A PERPÉTUA PRESENÇA

Viver é com frequência abandonar-se a si mesmo; morrer, unir-se a si mesmo.

Não é um paradoxo afirmá-lo: para todos que penetraram profundamente no amor, a morte é uma consagração, e não uma queda.

O amor torna-se então mais íntimo, mais despojado e mais grave.

O coração aprofunda-se a buscar no mistério aqueles que se foram.

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Via Prof. Sidney Silveira

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