A familia não é destruída, é transportada. Uma parte dela é invisível; mas se, de fato, ela estiver dividida, a culpa não é da morte.
Fiéis, não deixamos lugares vazios; o amor e a esperança os ocupam, e, através destes, nossos seres amados estão presentes.
ATRIBUTOS EQUIVOCADOS DA MORTE
Pensa-se que a morte é uma ausência, ao passo que é uma presença secreta.
Dizem que ela cria uma distância infinita, mas ela suprime toda distância, reunindo em espírito o que existia na carne.
É acusada de nos tornar estranhos uns aos outros, quando, na verdade, cria uma unidade ali onde subsistiam, pelo menos, possibilidades de desavenças.
Suspeita-se que traz o abandono para nós, quando nos garante uma perpétua e poderosa proteção.
Quantos laços refaz; quantas barreiras rompe; quantas paredes derruba; quanta fumaça dissipa, se a queremos bem.
A PERPÉTUA PRESENÇA
Viver é com frequência abandonar-se a si mesmo; morrer, unir-se a si mesmo.
Não é um paradoxo afirmá-lo: para todos que penetraram profundamente no amor, a morte é uma consagração, e não uma queda.
O amor torna-se então mais íntimo, mais despojado e mais grave.
O coração aprofunda-se a buscar no mistério aqueles que se foram.
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Via Prof. Sidney Silveira
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