na prática.
Nossa Senhora pediu aos Pastorinhos de Fátima Lúcia, Francisco e Jacinta, que fizessem orações, penitências e sacrifícios pela conversão dos pecadores, pela paz no mundo, em reparação às ofensas cometidas contra os Corações de Jesus e Maria. "Muitas almas vão para o inferno porque não há quem reze e se sacrifique por elas", disse Nossa Senhora.
Mas, como é isso na prática?
JEJUM é deixar de
fazer algo que você gosta muito, para agradar a Deus ou, como pediu
Fátima, pela conversão dos pecadores, pela conversão de alguma pessoa em especial,
pela paz no mundo, pelos governantes,
pelo País, pela paz nas famílias, pelos doentes, pelos idosos... ou qualquer
outro motivo que o Senhor inspire.
Na maioria das vezes o jejum está ligado aos nossos hábitos
cotidianos, como comer, beber, comprar, dormir, passear. Você pode fazer jejum
de doces, ou jejum de refrigerantes. Se você vai muito ao shopping, pode fazer
jejum de shopping por um período determinado. Pode fazer jejum de internet, ou
de TV, ou de vaidades, como jejum de salão de beleza, jejum de comprar roupas,
jejum de bebidas alcoólicas, de festas, de cigarros... de algo que você não abre mão.
A maioria das pessoas jejua com alimentos. A Igreja
recomenda jejum de carne duas vezes por ano, na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa, e
recomenda jejum de algum alimento (gulodices) durante a quaresma, como forma de purificação
do corpo e da alma, lembrando que Jesus entregou seu Corpo e Sangue por todos
nós, na Cruz.
PENITÊNCIA é fazer
algo que lhe é difícil.
Os
pastorinhos de Fátima amarravam uma corda na cintura e deixavam-na bem
apertada, para doer mesmo. Faziam isso como forma de “penitência”. Há pessoas que
andam a pé durante quilômetros, outras sobem escadarias de joelhos... Não é
preciso tanto para fazer uma boa penitência, basta escolher alguma atitude que
lhe seja difícil, como acordar durante uma semana às 3 da manhã para rezar o
Terço da Misericórdia ou mesmo rezar todos os dias o Santo Rosário (os quatro
mistérios).
Penitência é expiação dos nossos pecados. Quando nos
confessamos, o sacerdote nos dá uma “penitência”. Toda Penitência está relacionada
à oração: não se faz Penitência sem rezar. Andar alguns quilômetros a pé, rezando, ou rezar o Terço diariamente, sempre no mesmo horário, ou rezar o Rosário (algo que lhe custe um pouco mais), ou enquanto faz uma tarefa difícil, dirigir ao Senhor uma oração silenciosa.
A oração, ao mesmo tempo em que é
algo simples, é difícil de manter, especialmente se for um propósito diário. Por
isso, a oração tem uma eficácia redentora! Os monges são pessoas chamadas por
Deus para viverem o resto de seus dias apenas em ORAÇÃO. Rezar pelas crianças do
mundo, pelos que passam fome, pelos que são torturados, pelos injustiçados,
pela paz nas famílias, pelos moribundos, enfim, Deus nos vai inspirando por
quem devemos rezar, não só por nós mesmos, mas também e especialmente PELOS
OUTROS.
SACRIFÍCIO é dar a
própria vida (algumas horas ou minutos da sua vida) por alguém.
Sacrificar significa destruir alguma coisa para mudá-la em outra. Sacrificar um animal para comê-lo, por exemplo. No Antigo Testamento vemos cordeiros
sendo imolados “em sacrifício” pelos pecados do povo. No Novo Testamento, Jesus é o “Cordeiro de
Deus, aquele que tira o pecado do mundo”, o Cordeiro que foi imolado na Cruz por todos
nós. É o Sangue que escorreu por nós, o Sangue do Cordeiro imolado.
Sacrifício sempre é algo cansativo e pesado. No seu dia a dia pode ser que você já faça alguns sacrifícios. Eu, por exemplo, às vezes fico até duas, três da madrugada fazendo trabalhos que a Igreja me pede. Me dói as costas, tenho sono, tenho cansaço... mas não paro, vou até o fim. E ofereço ao Senhor por alguma pessoa ou situação que Ele mesmo me inspira. É sempre uma oportunidade que o Senhor nos dá, quando a aceitamos com amor.
Além dos "sacrifícios" que você já faz, você pode se propor ajudar alguém que
precisa, fazendo curativos em doentes, fazendo companhia a idosos uma vez por
semana, doando algum dom que você tenha em favor do outro, cuidando de uma
criança difícil, carregando uma sacola pesada para alguém que passa na rua, enfim, é doar um pouco de você, doar um pouco do
seu tempo e dos seus dons a quem está necessitando, sempre lembrando de
OFERECER A DEUS aquele sacrifício pela conversão dos pecadores, em reparação às
ofensas cometidas contra o Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de
Maria, nas intenções do Santo Padre Papa Francisco, enfim, o Senhor irá inspirar a sua oração, a sua entrega.
Os doentes têm uma oportunidade especialíssima de oferecer suas dores pelos pecados do mundo, unindo seus sofrimentos aos de Cristo, na Cruz.
Os doentes têm uma oportunidade especialíssima de oferecer suas dores pelos pecados do mundo, unindo seus sofrimentos aos de Cristo, na Cruz.
Dentre todos os sacrifícios que podem existir no mundo, há UM que é o maior de todos, e, por incrível que pareça, é o mais fácil de realizarmos: O SACRIFÍCIO DA SANTA MISSA. Não quero dizer que ir à Missa seja um sacrifício para nós, não é isso. É que na Santa Missa se realiza o Santo Sacrifício de Jesus. Em TODA Missa isto acontece. Jesus morreu uma vez só, mas antes disso Ele nos deixou a Eucaristia, o memorial da sua Paixão, dizendo:
“ESTE É O MEU CORPO QUE É DADO POR VÓS... ESTE CÁLICE É O MEU SANGUE QUE É DERRAMADO POR VÓS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”.
Por mais difícil que seja um sacrifício que fizermos, NUNCA será maior ou igual ao Sacrifício de Cristo na Cruz, renovado na Santa Missa. Por isso, ir à Missa e OFERECÊ-LA na intenção de alguém que esteja necessitando é o maior de todos os sacrifícios que podemos fazer, pois estaremos oferecendo ao Pai não algo nosso, mas o seu próprio Filho, o Cordeiro Santo imolado na Cruz de nossos altares.
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Jejum - Penitência - Sacrifício - têm um só nome: AMOR