“O cristão não pode ser, de forma alguma, insensível à miséria dos povos do Terceiro Mundo. Todavia, para acudir cristãmente a tal situação, não lhe é necessário adotar um sistema de pensamento que é anticristão como a Teologia da Libertação; existe a doutrina social da Igreja, desenvolvida pelos Papas desde Leão XIII até João Paulo II de maneira cada vez mais incisiva e penetrante. Se fosse posta em prática, eliminaria graves males de que sofrem os homens, sem disseminar o ódio e a luta de classes”.
Card. Ratzinger – Eu vos explico a Teologia da Libertação
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quarta-feira, 26 de abril de 2017
sexta-feira, 14 de abril de 2017
A descida do Senhor à mansão dos mortos
De antiga Homilia no grande Sábado Santo (séc IV) - autor grego desconhecido.
– Da Liturgia das Horas – II Leitura do Sábado Santo.
Que está acontecendo hoje? Grande silêncio na terra. Grande
silêncio e por isso solidão. Grande silêncio porque o Rei está dormindo: a
terra atemorizou-se e calou, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os
que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.
Vai, antes de tudo, à procura de nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz
questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte.
Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos
sofrimentos.
Eu sou o teu Deus que por tua causa me tornei teu filho; por
ti e por aqueles que nasceram de ti, digo agora e, no meu poder, ordeno aos que
estavam nos grilhões: Saí!, e aos que estavam nas trevas: Enchei-vos de luz!, e
aos entorpecidos: Levantai-vos! A ti ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não
te criei para permaneceres acorrentado na mansão dos mortos. Levanta-te dentre
os mortos, eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos;
levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te,
saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.
Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu filho; por ti, eu,
o Senhor, tomei tua forma de escravo. Por ti, eu, que estou acima dos céus, vim
à terra e até mesmo sob a terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem
apoio, que jaz entre os mortos. Por ti, que deixaste o jardim, ao sair de um
jardim fui entregue aos judeus e num jardim, crucificado.
Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi, para restituir-te
o sopro da vida. Vê as minhas faces esbofeteadas para restaurar, segundo a
minha imagem, a tua beleza corrompida.
Vê em meus ombros a flagelação que suportei para retirar dos
teus ombros os pesos dos pecados. Vê minhas mãos pregadas à árvore da cruz,
para teu bem, como um dia estendeste a tua para o mal, na árvore do paraíso.
Adormeci na cruz e por tua causa a lança transpassou meu
lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor
do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Sustive com a minha
espada a que se voltava contra ti.
Levanta-te, vamos daqui. A ti o inimigo retirou da terra do
paraíso; eu, porém, não volto a colocar-te no paraíso, mas num trono celeste. O
inimigo arrebatou-te a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, me
uni a ti. Constituí anjos que, como servos, te guardassem; faço agora que eles
te prestem a adoração devida a Deus.
quinta-feira, 13 de abril de 2017
Sexta-feira Santa
Hoje é Sexta-feira Santa, dia da Paixão de Nosso Senhor
Jesus Cristo. Hoje é o dia em que, há quase dois mil anos atrás, Jesus, o Filho
de Deus, morreu numa Cruz por nossos pecados. Hoje é o dia de pensarmos nEle,
na sua morte, e também na nossa morte. Mesmo para quem não é cristão, a morte é um
mistério, e uma certeza: todos nós, um dia, morreremos. Desde o primeiro minuto
da nossa concepção, no ventre de nossa mãe, a morte é a única coisa certa que
nos vai acontecer.
Tudo pode acontecer na nossa vida: as felicidades, os
momentos de alegria, as vitórias, e também as incertezas, as decepções, os infortúnios,
as doenças, e tudo isso passa. Um dia você ganha, um dia você perde. Num dia
estamos tristes, no outro dia estamos felizes, e muitas das tristezas que
vivemos podem ser superadas, ou até mesmo evitadas... menos a morte.
Não se comemora a morte de um familiar nosso com banquetes, músicas,
bebidas, divertimentos. A morte é sempre um fato triste. E para nós, cristãos, Jesus é nosso Irmão, Filho de Deus Pai. Nós somos da família de Deus. Se você não entende isso, ao menos procure respeitar o
nosso pesar neste dia. Não se cumprimenta com pêsames os familiares de alguém
falecido? Quando um amigo seu falece, você faz festa com os seus familiares no
dia do velório? Claro que não. Pois então, compartilhe conosco a nossa dor, ao
menos por educação, apenas respeitando o nosso silêncio.
E hoje é um dia muito pesaroso para nós, o dia da Paixão e Morte do Deus que se fez homem, do NOSSO Deus, dEste que nos deu a Vida. Mas Ele, sendo DEUS, deu jeito para a morte: VENCEU a morte e ressuscitou - o único “Homem” que ressuscitou na história -, e nos abriu as portas da eternidade, porque Ele é DEUS!
E hoje é um dia muito pesaroso para nós, o dia da Paixão e Morte do Deus que se fez homem, do NOSSO Deus, dEste que nos deu a Vida. Mas Ele, sendo DEUS, deu jeito para a morte: VENCEU a morte e ressuscitou - o único “Homem” que ressuscitou na história -, e nos abriu as portas da eternidade, porque Ele é DEUS!
Por isso, ofereçamos a Ele, neste dia, a nossa gratidão, unindo-nos
ao Seu sofrimento na Cruz POR NÓS. Subamos ao Monte Calvário com Jesus,
choremos com Ele, sintamos a Sua dor. Foi por nós! Silencie o nosso coração neste dia. Foi por nós, para nos
redimir de nossos pecados, que ele sofreu e morreu numa Cruz. Unamo-nos a Ele com
todo o nosso coração e nossa alma, entreguemos a Ele as nossas amarguras, os
nossos sofrimentos, as nossas limitações, as nossas inquietações, entreguemos a
Ele toda a nossa vida, tudo aos pés da sua Cruz, para que, no sábado da
Ressurreição, unidos a Ele, ressuscitemos com Ele para uma vida nova!
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