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quarta-feira, 6 de julho de 2016

PLANETA DOS MACACOS

Outro dia observei um pai que não permitiu que seu filho de mais ou menos oito anos entrasse na capela de Cristo Partido, na igreja dos capuchinhos, e visse aquela imagem de Cristo morto, ensanguentado e chagado. Não queria que seu filho visse aquela imagem chocante. A maioria das imagens de Cristo crucificado que vemos hoje mostram apenas um pequeno sinal nas chagas e uma coroa de espinhos. Quem dera Jesus tivesse morrido assim, tão candidamente! Não há como abrandar a morte de Jesus, que foi violenta sim, e pelas mãos humanas, e muito mais violenta do que possamos imaginar.
Mas, o que é o nosso mundo? Acaso vivemos no País das Maravilhas de Alice? Vemos na internet todos os dias as imagens de cristãos decepados, imagens de pessoas flageladas de todas as maneiras, pessoas assassinadas pelas FARC e comidas por urubus no deserto, de mulheres estupradas e mortas, de mendigos queimados, vídeos de crianças abortadas, cortadas em mil pedaços, crianças morrendo de fome, e devemos fechar os nossos olhos para tudo isso porque são imagens chocantes?
Agora, alguém pode dizer: “- Compartilhar essas coisas na internet não ajuda em nada”. Ajuda sim. Você sabia, por exemplo, que a Unicef financiou vacinas para a gripe e distribuiu no Quênia para mulheres e meninas, e que essas vacinas continham um hormônio de infertilidade para que as mulheres abortem e não tenham mais filhos? Notícia denunciada pelos Bispos do Quênia. “Ah, mas isso é lá”. NO BRASIL O POVO COLABORA COM A UNICEF ATRAVÉS DO CRIANÇA-ESPERANÇA. Como não falar? Como ser conivente com isso?
Se Quênia é longe, voltemos ao Brasil. Você sabia que a Cáritas brasileira financia projetos de ONGs abortistas? Isso não me diz respeito? Claro que diz, as ofertas da Sexta-feira Santa vão 60% para a Cáritas brasileira! Como não falar?
Quem fala sobre os cristãos assassinados pelos radicais islâmicos? A TV? Quem os defende? A ONU? Ninguém os defende! E eles, os islâmicos, já estão bem perto de nós, afirmando em vídeos, com todas as letras, que esta é a lei, matar os “infiéis”. Não devo dizer isso? Por que você não sabe, é mentira?
Por que até agora a lei para descriminalizar o aborto não passou? E também a ideologia de gênero? Pelas manifestações dos CRISTÃOS através da internet, pelos encontros marcados pela internet no Brasil, de norte a sul. Como foi que se reuniu 90% dos brasileiros nas ruas? Como saberíamos dos escândalos de corrupção no Brasil se não fosse a internet? Pela TV Globo? Pelos canais de TV financiados pelo Governo? E como os governos medem a sua popularidade? Pela internet. Como a evangelização pode atingir 90% das pessoas? Faça um encontro e anuncie no seu bairro, virão algumas pessoas. Anuncie um Evento pela internet e veja a diferença. Como disse o Papa, devemos ir onde as pessoas estão. E onde as pessoas estão? Na internet.
Eu não passo o dia inteiro nas redes sociais, como alguém pode pensar. Eu TRABALHO com a internet, às vezes mais de 12 horas/dia, sentada aqui no computador. Nas horas de pausa para um descanso mental é que acesso as redes, e é aí que meu coração aperta, não consigo passar por uma notícia de violência sem uma oração. Tenho amigos jornalistas pelo mundo inteiro, que publicam as notícias em tempo real, e eu compartilho sim, porque precisamos, no mínimo, rezar pelos pecadores, como Nossa Senhora tanto insistiu em Fátima. Não posso me alienar num mundo fictício cor de rosas, de um conto de fadas. Há pessoas sofrendo, não posso ficar em paz sabendo que há tanto sofrimento no mundo. Se não podemos fazer muito, podemos nos mobilizar de alguma maneira, ou ao menos rezar por essas pessoas, como Papa Francisco pediu em vídeo que rezemos pelo fim da guerra na Síria. Aliás, quem reza pelas crianças sírias, que passam fome e comem até capim? Você viu isso na TV? Crianças sírias comendo capim? Por isso, é melhor não ver. Porque ver e tomar conhecimento constrange, aperta o coração, revolta. E a revolta, ao invés de acender em nós um desejo de missão, nos leva ao fechamento dos três macacos: não ouço, não vejo, não falo.

Por fim, se a imagem de Cristo morto causa repugnância em algumas pessoas, quem dera a minha imagem também causasse a mesma impressão, configurando a minha aparência ao sofrimento de Cristo em meus irmãos.
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