Jean Wyllys
ia pirar se visse as minhas duas calopsitas.
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O macho é o que canta, e tem um grito forte.
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A fêmea apenas murmura uns piadinhos.
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O macho, quando levanta voo, chega a assustar
com o barulho de suas asas.
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A fêmea voa espaços curtos.
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Quando eu chego perto, o macho voa imediatamente
na minha cabeça.
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A fêmea fica esperando que eu vá pegá-la.
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Se abro o chuveiro, o macho impetuoso logo voa
para debaixo da água, e se molha todo num banho quase que de imersão.
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A fêmea fica encolhidinha num canto, tremendo de
medo.
Se a fêmea
está num cantinho da gaiola e o macho resolve ir para o mesmo lugar, ele
simplesmente chega espantando a fêmea aos gritos, e ela logo sai dali.
Quando ponho
comida nova no potinho, se o macho resolve comer, só ele come; ela aguarda
pacientemente do lado, até que ele se sacie e saia.
O macho só acasala se eu colocar uma toca escura no viveiro, onde possa chocar os ovos. Sem isso, ele não acasala. Não o faz por prazer.
Eles ainda
não têm filhotes, porque eu ainda não coloquei a toca. Mas, observando outros
casais de calopsitas que têm filhotes, o macho é quem zela pela sobrevivência
deles, e ai de quem chegar perto. Ele não sai dali, em verdadeira penitência,
cuidando da vida dos filhotes.
Somente a mamãe pode chegar perto. Chegar perto. Ela leva
comida e água para o pai, no biquinho, e ele, por sua vez, leva aos filhotes.
Se por um
acaso ele resolve sair para comer alguma coisa e alguma outra calopsita inventa
de querer entrar na toca para espiar, ele imediatamente volta, espantando o
intruso a bicadas.
Se por um
acaso o filhote vier a morrer, o macho é quem come os seus restos, e o faz com
tristeza.
Depois que
os filhotes conseguem sair da toca, já grandinhos, cada um se vira por si, mas
os pais estão sempre prontos para ajudar no que for preciso, como acudir um
tropeço, ou ajudar a comer e beber água.
Jean Wyllys deveria
pregar a cartilha da teoria de gênero aos passarinhos, acho que eles não entenderam
ainda como a coisa funciona.
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