“Completo em minha carne o que falta à paixão de Cristo na Cruz” (Cl
1,24).
Isso, à primeira vista, pode parecer contraditório, pois a Paixão
do Senhor foi completa por si mesma. Escreveu o Papa João Paulo II: “Do
paradoxo da Cruz surge a resposta às nossas interrogações mais inquietantes.
Cristo sofre por nós: Ele assume sobre si os sofrimentos de todos e redime-os.
Cristo sofre conosco, dando-nos a possibilidade de partilhar com Ele os nossos
sofrimentos. Juntamente com o de Cristo, o sofrimento humano torna-se meio de
salvação. Eis por que o crente pode dizer com São Paulo: ‘Agora alegro-me nos
sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta às
tribulações de Cristo, pelo seu Corpo, que é a Igreja’ (Cl 1,24). O sofrimento,
aceito com fé, torna-se a porta para entrar no mistério do sofrimento redentor
do Senhor. Um sofrimento que já não priva da paz e da felicidade, porque é
iluminado pelo esplendor da ressurreição” (Mensagem Dia Mundial do Doente,
11/2/2004).
Se posso completar na minha carne o que “falta” à Paixão de
Cristo na Cruz, então também posso completar, pela minha atitude orante, o que “falta”
à intercessão de Maria pela salvação do mundo?
Se Jesus é o Redentor da humanidade, Maria é co-redentora. Se unimos nossos sofrimentos aos sofrimentos
de Cristo na Cruz, então também podemos unir nossa oração à intercessão de
Maria pela humanidade.
Tenho a impressão de que quando Nossa Senhora de Fátima nos
pede: “Rezai o Terço”, é como se não estivesse mais dando conta de advogar por
tantos pecadores! Observe que Fátima é Aquela que PEDE: “Rezai o Terço pelos
pecadores do mundo inteiro! Muitas almas vão para o inferno porque não
há quem reze e se sacrifique por elas”. Fátima insiste para que a ajudemos
nesse combate espiritual. Ela como que implora, pelos seus olhar entristecido e
suplicante, que rezemos o Terço pela conversão dos pecadores. Olhe para os
olhos dela e veja a sua angústia: Fátima PRECISA de nós, precisa que rezemos o Terço diariamente. Isso é absolutamente importante para Ela!
Sendo assim, ser devoto de Fátima é, antes de tudo, uma
atitude de obediência filial. Rezar o Terço então não será apenas uma devoção
mariana ou para pedir determinada graça, mas um dever de co-redentores, com
Maria, na oração.
Jesus quer que unamos o nosso sofrimento à Sua Cruz
redentora.
O sofrimento, assim, encontra sentido e sofremos com alegria,
sem
enfados ou murmurações, porque é Cristo que sofre em nós.
Maria quer que unamos as nossas orações às Suas preces de
intercessão.
A nossa oração, assim, encontra sentido e rezamos com alegria,
sem
enfados ou murmurações, porque é Maria que reza em nós.
Assim, com Jesus e Maria, salvamos almas para Deus.
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