Missa da Santíssima Trindade. Ao entrar na Igreja, quanta paz! Senti como se estivesse no limiar das portas do céu, que em poucos minutos se abriria para que eu entrasse.
A Missa começou, e o meu coração parecia derreter-se. Meu peito ficou quente e uma sensação de paz indescritível, uma alegria que não cabia dentro de mim. Pus as mãos no meu coração, como a abafar-lhe as pulsações, como a estancar-lhe o transbordamento. Apertava o peito com as mãos, tinha a sensação de que meu peito ia explodir bem ali, e num segundo a minha alma se desfaria nEla, na Trindade Santa em mim.
Começaram as leituras, e eu não as ouvia com os meus ouvidos da carne, mas aquelas palavras ressoavam dentro da minha alma. Os cantos pareciam distantes... e eu pensava: Como será quando eu comungar?
Enquanto o sacerdote se preparava para nos dar a comunhão, eu não me continha. Queria dar um salto até os pés do altar. Mas aguardei pacientemente que Jesus descesse até mim, pelas mãos santas daquele padre.
Recebi a Eucaristia e voltei ao banco. Senti uma força circular por todas as minhas veias, senti meu sangue borbulhar, como se uma varinha mágica tivesse feito um "plim" na minha alma e de repente ela ficasse totalmente brilhante.
Num momento, ouvi dentro do meu coração: "Olha pra mim." Levantei a cabeça e olhei para a cruz, bem à minha frente. Fiquei por alguns instantes contemplando o sofrimento do meu Deus, por mim, por nós. Novamente aquela voz: "Você tem medo de sofrer?" Respondi: "Não. Com você eu não tenho medo de nada." E toda aquela paz me invadiu a alma, num silêncio interior místico, inquebrantável. Naquele momento, era eu e a Trindade. Eu e ela. Eu nela. E ela em mim.
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domingo, 31 de maio de 2015
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Salve-se quem puder!
Os católicos que vão às Igrejas buscar conforto, bem-estar,
felicidade, alegria... deveriam saber que lá encontrarão CRUZ. Jesus nunca
prometeu felicidade neste mundo para quem o seguisse. Pelo contrário:
perseguições, morte, abandono, desentendimentos, calvário, incompreensões,
flagelos. “Não julgueis que vim trazer a paz.” É irmão contra irmão, filho
contra pai, é assim. Nada de tão gostoso, como se pensa. Se nós católicos, que
estamos trabalhando na Igreja, buscarmos oferecer essa alegria do mundo às
pessoas que buscam Jesus, devemos saber que essa alegria é falsa e passageira.
Nós nunca contentaremos essas pessoas o suficiente. Agradaremos a algumas e descontentaremos
a outras. É preciso entender: QUEM CATIVA não somos nós, não é o padre e nem os
leigos, nem a música ou o qualquer coisa que se fizer. Tudo isso é humano, e
atinge apenas os nossos sentidos. Jesus está acima de tudo isso, e é JESUS quem
cativa. A alegria e a paz que Jesus oferece não são deste mundo. É a paz
interior, que o mundo não dá. O mundo não tem nada de bom a nos oferecer, senão
caminhos (opções) para céu ou inferno. “Não vos conformeis com este mundo”,
disse Jesus. Tudo passa. Aquela pessoa
que hoje te louva, amanhã puxa teu tapete.
Jesus pede MUDANÇA, pede CONVERSÃO. É preciso
mudar o caminho. É preciso viver o Evangelho à risca, sem medo do que os outros
vão pensar. Os outros não nos levarão ao céu. O nosso amor pelos outros, sim,
isto nos levará aos céus. Mas o que os outros pensam a nosso respeito não nos
deve motivar nas nossas atitudes. Devemos, sim, nos deixar motivar pelos
Evangelhos. Que o nosso único Centro seja Jesus Cristo.
Viver para agradar o mundo e ao mesmo tempo agradar a Jesus é
uma contradição: a luz não convive com as trevas. Se os católicos abrem mão de
sua Doutrina para agradar às pessoas, a fim de que se sintam confortáveis e não
debandem às seitas evangélicas, então estaremos abrindo mão daquilo que nos é
mais precioso: as próprias palavras de Jesus, o Seu ensinamento, a Sua Doutrina.
Abrir mão dos ensinamentos de Jesus, de falar a Verdade e de se portar como
autêntico cristão por medo de perder fiéis... é o que está levando a Igreja
para o buraco. Dentro de pouco tempo veremos os sacerdotes distribuindo a Eucaristia aos casais recasados, celebrando os sacramentos aos casais
gays, e tudo isso “para não perder fiéis”? Os tempos mudaram? Sim, os tempos mudaram. Mas DEUS não muda.
A situação está chegando num ponto em que as pessoas já não
esperam, já não pedem, mas EXIGEM que nós lhes demos o que vieram buscar, com
ameaças de abandonarem a igreja. Querem seguir Jesus sem a Cruz. Eu prefiro
morrer a concordar com uma coisa dessas. Missa não é "evento". Perco amizades, fico sozinha, mas não arredo o pé da minha fé.
Se adultério já não é mais adultério, então roubar também
pode ser ponderado. Se a pessoa que rouba é um pobre, então nem é pecado. Ou se
rouba para validar seus propósitos em favor do pobre, pode roubar, tem motivos
para isso. Por fim, as palavras de Jesus já não valem mais. Os Dez Mandamentos
não valem mais, os sacramentos são uma bobagem. E sem sacramentos, a Igreja
acaba.
Não, a Igreja não acaba. O Vaticano – apesar dos maus
pastores – não invalidará as Palavras de Cristo. Porém, serão poucos a
segui-las. E mesmo dentro das Paróquias haverá
sempre aquele impasse: ou proclamamos a sã doutrina e perdemos fiéis, ou
cedemos ao relativismo, abrindo mão da doutrina católica. Até porque há teólogos
e teólogos, há bispos e bispos. Se a maioria deles concorda que relativizemos,
então, por que não? Se as paróquias que fazem o que manda a Santa Igreja estão vazias e se as igrejas modernistas estão lotadas, então precisamos de um marketing novo para encher as nossas paróquias? Encher de que? De quem? Que Jesus é esse?
O que Jesus Cristo pede a todos nós é MUDANÇA DE VIDA. Não
adianta inventarem seja o que for, o único caminho é a mudança de vida. Se
quisermos ser santos, se queremos ser sãos, precisamos mudar de vida. Se
quisermos ser curados física, psíquica e espiritualmente, precisamos mudar de
vida. Convergir, mudar o caminho.
Nossa Senhora, nas suas aparições em Fátima, recebeu dos
pastorinhos uma lista de nomes de pessoas que queriam ser curadas. Os
pastorinhos perguntaram a Ela: Essas pessoas serão curadas? Ela respondeu: Umas
sim, outras não. As que se converterem serão curadas, as que não mudarem de
vida, não.
A Igreja não é um mercado de saúde e bem-estar. Simplesmente
chego lá, pego a minha graça e vou-me embora. É preciso MUDANÇA. Se nós,
católicos inseridos no seio da Igreja, não vivermos essa Verdade, estaremos
proclamando a mentira, e o pai da mentira é o Demônio.
Eu, que vivo no seio de uma comunidade
paroquial, percebo que não voltaremos tão cedo à sã doutrina. Sim, o
relativismo entrou na Igreja e o que era pecado já não é mais. Devemos – é o
que nos propõem – fazer TODO POSSÍVEL para agradar as pessoas, mesmo que à custa da
nossa fé, contra a nossa consciência cristã. O mais importante aqui já não é Jesus Cristo, nem a Eucaristia, mas o
povo. O nosso foco é atender o povo, fazê-lo sentir-se confortável, para que
volte. Mas isto seria o quê? Mascarar o próprio Deus? Ou fazermos nós o papel de Deus nas igrejas? NUNCA conseguiremos essa
façanha, isto é simplesmente impossível! E ainda que fosse possível, eis aí o pecado de Adão, de querer ser como Deus. Tô fora!
Como me disse uma amiga outro dia: Ou a Igreja está no fim,
ou Jesus está voltando.
A Igreja não muda, porque DEUS não muda. A Doutrina não muda porque Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre. Não deve existir tradicionalismo ou modernismo na Igreja. Ela é o que é, e foi JESUS quem a fez assim. Com que autoridade alguém pode mudá-la?
A Igreja não muda, porque DEUS não muda. A Doutrina não muda porque Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre. Não deve existir tradicionalismo ou modernismo na Igreja. Ela é o que é, e foi JESUS quem a fez assim. Com que autoridade alguém pode mudá-la?
Abaixo - a propósito - o sonho profético de São João Bosco.
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São João Bosco
UMA VISÃO PROFÉTICA:
SONHO DAS DUAS COLUNAS E DO NAVIO
Em 26 de maio de 1862 (São) João
Dom Bosco tinha prometido a seus jovens que lhes narraria algo muito agradável
nos últimos dias do mês.
Em 30 de maio, pois, de noite, contou-lhes uma parábola ou sonho, segundo ele quis denominá-la.
Eis aqui suas palavras:
"Quero-lhes contar um sonho.
É certo que o que sonha não raciocina; contudo, eu que contaria a Vós até meus
pecados se não temesse que saíssem fugindo assustados, ou que caísse a casa,
este o vou contar para seu bem espiritual. Este sonho o tive faz alguns dias.
Figurem-se que estão comigo junto
à praia, ou melhor, sobre um escolho isolado, do qual não veem mais terra que a
que têm debaixo dos pés. Em toda aquela vasta superfície líquida via-se uma
multidão incontável de naves dispostas em ordem de batalha, cujas proas
terminavam em um afiado esporão de ferro em forma de lança, que fere e transpassa
todo aquilo contra o qual arremete. Estas naves estão armadas de canhões,
carregadas de fuzis e de armas de diferentes classes; de material incendiário e
também de livros, e dirigem-se contra outra nave muito maior e mais alta,
tentando cravar-lhe o esporão, incendiá-la ou ao menos fazer-lhe o maior dano
possível.
A esta majestosa nave, provida de
tudo, fazem escolta numerosas navezinhas que dela recebiam as ordens,
realizando as oportunas manobras para defender-se da frota inimiga. O vento
lhes era adverso e a agitação do mar parece favorecer aos inimigos.
Em meio da imensidão do mar
levantam-se, sobre as ondas, duas robustas colunas, muito altas, pouco
distantes uma da outra. Sobre uma delas está a estátua da Virgem Imaculada, a
cujos pés vê-se um amplo cartaz com esta inscrição: Auxilium
Christianorum (Auxilio dos Cristãos).
Sobre a outra coluna, que é muito
mais alta e mais grossa, há uma Hóstia de tamanho proporcionado ao pedestal e, debaixo dela, outro cartaz com estas palavras: Salus credentium (Salvação dos
crentes).
O comandante supremo da nave
maior, que é o Romano Pontífice, ao perceber o furor dos inimigos e a situação
difícil em que se encontram seus fiéis, pensa em convocar a seu redor aos
pilotos das naves ajudantes para celebrar conselho e decidir a conduta a
seguir. Todos os pilotos sobem à nave capitaneada e congregam-se ao redor do
Papa. Celebram conselho; mas, ao ver que o vento aumenta cada vez mais e que a
tempestade é cada vez mais violenta, são enviados a tomar novamente o mando de
suas respectivas naves.
Restabelecida por um momento a
calma, o Papa reúne pela segunda vez aos pilotos, enquanto a nave capitã
continua seu curso; mas a borrasca torna-se novamente espantosa.
O Pontífice empunha o leme e
todos seus esforços vão encaminhados a dirigir a nave para o espaço existente
entre aquelas duas colunas, de cuja parte superior pendem numerosas âncoras e
grossas argolas unidas a robustas cadeias.
As naves inimigas dispõem-se
todas a assaltá-la, fazendo o possível por deter sua marcha e por afundá-la.
Umas com os escritos, outras com os livros, outras com materiais incendiários
dos que contam em grande abundância, materiais que tentam arrojar a bordo;
outras com os canhões, com os fuzis, com os esporões: o combate torna-se cada
vez mais encarniçado. As proas inimigas chocam-se contra ela violentamente, mas
seus esforços e seu ímpeto resultam inúteis. Em vão reatam o ataque e gastam
energias e munições: a gigantesca nave prossegue segura e serena seu caminho.
Às vezes acontece que por efeito
dos ataques de que lhe são objeto, mostra em seus flancos uma larga e profunda
fenda; mas logo que produzido o dano, sopra um vento suave das duas colunas e
as vias de água fecham-se e as fendas desaparecem.
Disparam enquanto isso os canhões
dos assaltantes, e ao fazê-lo arrebentam, rompem-se os fuzis, o mesmo que as
demais armas e esporões. Muitas naves destroem-se e afundam no mar. Então, os
inimigos, acesos de furor, começam a lutar empregando a armas curtas, as mãos,
os punhos, as injúrias, as blasfêmias, maldições, e assim continua o combate.
Quando eis aqui que o Papa cai
ferido gravemente. Imediatamente os que lhe acompanham vão a ajudar-lhe e o
levantam. O Pontífice é ferido uma segunda vez, cai novamente e morre. Um grito
de vitória e de alegria ressoa entre os inimigos; sobre as cobertas de suas
naves reina um júbilo inexprimível. Mas apenas morto o Pontífice, outro ocupa o
posto vacante. Os pilotos reunidos o escolheram imediatamente; de sorte que a
notícia da morte do Papa chega com o da eleição de seu sucessor. Os inimigos
começam a desanimar-se.
O novo Pontífice, vencendo e
superando todos os obstáculos, guia a nave em volta das duas colunas, e ao
chegar ao espaço compreendido entre ambas, a amarra com uma cadeia que pende da
proa uma âncora da coluna que ostenta a Hóstia; e com outra cadeia que pende da
popa a sujeita da parte oposta a outra âncora pendurada da coluna que serve de
pedestal à Virgem Imaculada. Então produz-se uma grande confusão. Todas as
naves que até aquele momento tinham lutado contra a embarcação capitaneada pelo
Papa, dão-se à fuga, dispersam-se, chocam entre si e destroem-se mutuamente.
Umas ao afundar-se procuram afundar às demais. Outras navezinhas que combateram
valorosamente às ordens do Papa, são as primeiras em chegar às colunas onde
ficam amarradas.
Outras naves, que por medo ao
combate retiraram-se e que se encontram muito distantes, continuam observando
prudentemente os acontecimentos, até que, ao desaparecer nos abismos do mar os
restos das naves destruídas, remam rapidamente em volta das duas colunas, e
chegando às quais se amarram aos ganchos de ferro pendentes das mesmas e ali
permanecem tranquilas e seguras, em companhia da nave capitã ocupada pelo Papa.
No mar reina uma calma absoluta."
Ao chegar a este ponto do relato,
(São) João Dom Bosco perguntou ao (Beato) Miguel Dom Rua:
— O que pensas desta narração?
O (Beato) Miguel Dom Rua
respondeu:
— Parece-me que a nave do Papa é
a Igreja da qual ele é a Cabeça: as outras naves representam aos homens, e o mar, ao mundo. Os que defendem à embarcação do Pontífice são os fiéis à Santa Sé; os
outros, seus inimigos, que com toda sorte de armas tentam aniquilá-la. As duas
colunas salvadoras parece-me que são a devoção a Maria Santíssima e ao
Santíssimo Sacramento da Eucaristia.
O (Beato) Miguel Dom Rua não fez
referência ao Papa cansado e morto e (São) João Dom Bosco nada disse tampouco
sobre este particular. Somente acrescentou:
— Hás dito bem. Somente terei que
corrigir uma expressão. As naves dos inimigos são as perseguições. Preparam-se
dias difíceis para a Igreja. O que até agora aconteceu (na história da Igreja)
é quase nada em comparação ao que tem de acontecer. Os inimigos da Igreja estão
representados pelas naves que tentam afundar a nave principal e aniquilá-la se
pudessem. Só ficam dois meios para salvar-se dentro de tanto desconcerto!
Devoção a Maria. Frequência dos Sacramentos: Comunhão frequente, empregando
todos os recursos para praticá-la nós e para fazê-la praticar a outros sempre e
em todo momento. Boa noite!
As conjecturas que fizeram os
jovens sobre este sonho foram muitíssimas, especialmente no referente ao Papa;
mas (São) João Dom Bosco não acrescentou nenhuma outra explicação.
Quarenta e oito anos depois — em
1907 — um antigo aluno, cônego Dom João Bourlot recordava perfeitamente as
palavras de (São) João Dom Bosco.
Temos que concluir dizendo que
muitos consideraram este sonho como uma verdadeira visão ou profecia, embora
(São) João Dom Bosco ao narrá-lo parece que não se propôs outra coisa que,
induzir aos jovens a rezar pela Igreja e pelo Sumo Pontífice inculcando-lhes ao
mesmo tempo a devoção ao Santíssimo Sacramento e a Maria Santíssima.
FONTE: http://www.dombosco.net - As Duas Colunas; a
Eucaristia e a Devoção à Santíssima Virgem (1862) (Cf. M.B. Volume VII, pp.
169-171)
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