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sábado, 4 de fevereiro de 2012

BENDITAS PROFECIAS!



E se Deus descesse dos céus hoje, em toda a sua glória;
e se por entre os Anjos surgisse o Todo-Poderoso;
e se a toda a terra estremecesse com a sua chegada;
e se as estrelas caíssem do céu, num espetáculo de luzes e cores,
e se as águas dos oceanos se agitassem em tsunamis majestosos;
e se a terra se abrisse engolindo as cidades
e se todos os poderes da terra sucumbissem em suas covas;
e se o Sol deixasse de transmitir a sua luz,
dando lugar à Luz Magnífica que constrange as criaturas;
e se a Voz do Senhor se fizesse ouvir desde os confins do universo,
sacudindo e fazendo tremer todos os seres vivos,
então – e só então – o homem se ajoelharia.
Na sua pequenez, se ajoelharia.
Nas suas mentiras, se ajoelharia.
Na sua mediocridade, se ajoelharia.
Na sua hipocrisia, se ajoelharia.
Na sua inteligência soberba, se ajoelharia.
Diante da glória do Deus Criador, se ajoelharia.
Diante do terror bem à frente de seus olhos,
ele, cheio de pavor, se ajoelharia.
E então, talvez fosse tarde.


Olhe para o céu: ele ainda existe!
O sol está lá, nos esquentando nos dias de verão.
Sim, e as nuvens às vezes cobrem a sua luz,
e delas nos caem a chuva que rega as plantações.
Olhe para as cidades, elas ainda existem,
apesar das guerras, apesar de todo o mal.
Olhe para a noite, as estrelas ainda estão lá,
e a lua ainda tem as suas fases.
Olhe para a água do mar, no vai-e-vem de suas ondas.
Sim, ele ainda está ali, como no verão passado,
e você pode senti-lo acariciando seus pés!
Olhe para as plantas, elas ainda crescem
e dão seu fruto, e têm o seu sabor.
Olhe para as crianças, elas ainda nascem, apesar de você,
e há brilho em seus olhos!
Olhe para as pessoas à sua volta,
ainda há sorriso, há esperança, há amor.
Olhe para dentro de si, Deus está ali.
Descubra-O em seu coração,
antes que seja tarde.


Benditas profecias
que nos fazem pensar na morte,
que nos fazem refletir na dor,
na pobreza, na humilhação,
na fome, no abandono,
no nada que somos.
Pois é no nada que encontramos o Tudo,
ali, no vazio, onde repousa DEUS.

por Raquel Nascimento Pereira

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