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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

DICA PRECIOSA!

No momento dos fogos, proteja seu cãozinho.

Leve o cachorrinho para um quarto reservado uma hora antes do estouro dos fogos 
e ligue um aparelho de som perto dele, com uma boa música clássica, 
num volume relativamente alto, bom de ouvir. 

Deixe-o lá, com a ração e a água pertinho, 
acomodado em suas cobertinhas, ouvindo a música.

A cada 10 minutos volte ao quarto e aumente o volume, 
de modo que à meia-noite o volume esteja mais alto que o barulho dos fogos. 
Você verá seu cãozinho tranquilo e até sonolento. 

Divirta-se, comemore e tenha um FELIZ ANO NOVO!

domingo, 29 de novembro de 2015

VEM, SENHOR JESUS! (mas não hoje)

Hoje é dia 29 de novembro de 2015, Primeiro Domingo do Advento. Hoje iniciamos a nossa preparação para o Natal - Vem, Senhor Jesus!


Mas, o que significa esta exclamação? Queremos mesmo que Jesus venha restaurar todas as coisas? Estamos prontos para essa vinda de Jesus, para esse encontro definitivo?

Quando estas coisas começarem a acontecer,
erguei-vos e levantai a cabeça,
porque a vossa libertação está próxima.
Tende cuidado convosco,
não suceda que os vossos corações se tornem pesados
pela intemperança, a embriaguês e as preocupações da vida,

e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha,
pois ele atingirá todos os que habitam a face da terra.
Portanto, vigiai e orai em todo o tempo,
para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer
e comparecer diante do Filho do homem.
(Lucas, 21)


Há uma frase famosa que diz: “Viva o dia de hoje como se fosse o último dia de sua vida”. Ou seja, a vida é efêmera, passageira. Sabemos disso, ouvimos isso o tempo todo, mas só compreendemos essa verdade no decorrer dos nossos dias, conforme vamos amadurecendo, ou quando temos uma experiência de quase-morte.

No meu caso, em 27 de junho deste ano de 2015, no aniversário de um de meus filhos, eu poderia ter morrido por uma morte súbita de arritmia cardíaca, se não tivesse sido socorrida a tempo. Se eu tivesse falecido, qual seria a reação de minha família?

Num primeiro momento, aquela correria: documentação, roupas para sepultar, avisar o cemitério, avisar os padres, a Igreja, os parentes, colocar “LUTO” no Facebook para alertar os amigos, marcar velório e sepultamento, e chorar bastante. Depois, viriam para casa e sentiriam muita tristeza dentro dela.

Em seguida, tão logo fosse possível, distribuiriam as funções: quem faz o quê. Reuniriam minhas roupas para doá-las a alguma instituição. Distribuiriam meus livros e fotos entre si (talvez com alguns ressentimentos uns com outros), vasculhariam meu computador levando à Igreja a pasta “Santuário”, analisariam meus escritos um a um, separando o que fica e o que deleta, o que se aproveita e o que vai para o lixo e quem fica com o que. Teriam procurado minha pasta de senhas e deletado minhas contas no Google, Facebook, Skype, WhatsApp, Youtube, etc..., e também teriam avisado o Contador, encerrado minha conta na CEF e dado baixa no meu CPF. Pronto. Certidão de Óbito em mãos, tudo OK.

Na igreja, o Pároco lamentaria, dizendo que a Raquel era muito criativa, que fazia o Informativo, que organizou o Histórico do Santuário, etc e tal. Em seguida, sem mais delongas, talvez entrasse em contato com meu irmão para dar continuidade aos trabalhos gráficos e, tão logo fosse possível, proporia um substituto para a coordenação-geral do Santuário, porque os trabalhos precisam continuar. Alguns derramariam algumas lágrimas. Outros - e talvez a maioria - respirassem aliviados: "Enfim, ela se foi. Osso duro de roer, aquela Raquel", diriam.

E a vida continua. A esta hora, quem se lembrasse já estaria celebrando o meu 5º mês de falecimento.

Meus filhos, noras e netos continuariam se reunindo semanalmente nos seus cafés da tarde para conversar, como sempre fizemos durante a vida inteira, ao redor da mesa.  De vez em quando alguém lembraria de mim, de algum passeio, algum almoço, alguma oração que eu fazia, e ficaria emocionado. Mas logo o tropeço de uma criança chamaria a atenção de todos e o assunto “mãe” ficaria para trás.

É assim a vida, passageira. É assim que as coisas funcionam.

Se nós vivemos em função de comer e beber e de nos divertir “aproveitando tudo o que a vida tem de bom”, um dia tudo isso passa, e o que ficou realmente? As lembranças? De que servem as lembranças, se não houver nelas algo mais?

Por isso é que eu, pensando nessas coisas, procuro viver realmente como se fosse o meu último dia. Todas as noites eu me deito pensando se vou acordar. Assim, antes de me deitar, procuro deixar tudo em ordem, organizando papéis e documentos, jogando fora o que não uso, deixando tudo limpo e de fácil acesso. Chego ao extremo de me deitar com pijamas discretos, pensando em evitar constrangimentos, caso eu não desperte. Ao caminhar pela casa, aproveito para separar o que emprestei, a fim de devolver o quanto antes, e já levo tudo para o carro, para ser entregue na primeira oportunidade.

Faço os meus trabalhos até o final, não deixo nada para depois.  Durante o dia, todos os meus minutos são empregados com o propósito de fazer as minhas obrigações com amor, correspondendo ao que me pedem o mais rápido possível e da melhor maneira possível, e sempre em oração.  Assim, vivendo com o estritamente essencial, vivo em paz. Tenho mais tempo para a oração, mais tempo para o trabalho e... a casa organizada! Não tenho dívidas, não tenho pendências, vivo em paz.

Ainda antes de dormir (sem saber se será a última noite) fico repassando em minha mente: Eu amei?

- Amei meus irmãos como o mesmo amor de Jesus Cristo?
- Ou fui egoísta, pensando apenas no meu prazer e satisfação?

- Procurei me desenvolver no caminho do Senhor?
- Ou fui preguiçosa e gastei a vida que Deus me deu com ociosidades?

- Fiz tudo o que Deus me pediu?
- Ou deixei coisas importantes para trás por medo, por orgulho de me humilhar, por desconfiança ou mesmo por descaso?

- Fiz o meu trabalho com amor?
- Ou reclamava o tempo todo?

- Tive paciência com as pessoas?
- Ou procurava sempre impor minhas “verdades”?

- Coloquei Deus em primeiro lugar na minha vida?
- Ou o preferi o meu bem-estar, o meu sossego?

- Procurei desfazer mal-entendidos e ressentimentos?
- Ou fui orgulhosa e não abri meu coração ao outro?

A nossa vida verdadeira não é esta. Sim, existe outra vida, e é para lá que todos nós vamos. Vivemos neste mundo como se estivéssemos em gestação, na barriga de nossa mãe. Um dia sairemos pelo “túnel” e veremos a vida eterna como ela é. Por enquanto, daqui de dentro, percebemos alguns sinais do lado de lá. Mas ninguém voltou de lá para nos contar como é, senão Jesus Cristo. Cada um de nós fará a sua experiência pessoal. Certamente, como num parto, haverá quem nos acolha carinhosamente em Suas mãos. Certamente que será uma experiência maravilhosa, e penso mesmo que seja semelhante à do parto, algo de acelerar a adrenalina (acho que vou gostar!).

E para onde vamos? Como será a nossa vida fora desta gestação? 
Nós a escolhemos. Deus não mandaria uma pessoa que odeia Cristo para junto de Si. De maneira alguma! Deus nos criou livres, e respeita a nossa liberdade de escolha, essa escolha que só depende de nós. É aí que difere a nossa vida à vida dos bebês em gestação. Quando estávamos no ventre de nossa mãe, era-nos formado o corpo. Depois que nascemos para o mundo, é-nos formada a alma, a partir do nosso Batismo e, em seguida, das nossas escolhas. Quando a alma estiver pronta, não precisará mais do corpo. Parte livre, para a nova vida.

Quando chegar a minha hora, serei eu e Deus. Ninguém mais. Quem, dentre os vivos sobre esta Terra, poderá interceder em meu favor no dia do meu encontro com Deus? Que se celebrem muitas santas missas em sufrágio de minha alma, pois só mesmo o Cristo crucificado no sacrifício da santa missa pode redimir as almas imperfeitas, no purgatório. Que se rezem Terços por mim, pedindo a intercessão de Nossa Senhora. Ela, como Mãe de Deus, pode advogar em meu favor. E que presente seria se alguém fizesse, no dia 2 de novembro, uma Indulgência Plenária em meu favor! Sim, é o que podem fazer por esta pobre alma, que ama Jesus Cristo de todo o seu coração mas que sofre na miséria de seus pecados. Desejo tanto vê-lo face a face, um dia!

No mais, não haverá justificativas, não haverá pai, mãe, irmãos, filho ou filha, marido ou amigo que possa me defender diante de Deus nesse terrível momento. O que fiz, fiz. O que não fiz, não fiz, e ponto final.

Bora preparar o meu Natal. Disse o Padre, na homilia de hoje: "Pode ser o último Natal da sua vida!" Pois é. Então, como vou preparar o último Natal da minha vida? Decididamente não será como os anteriores. Sem tantos verdes e vermelhos, sem tantos perus e pernis, sem tantos panetones e pudins, sem tantos vinhos e cervejas. Apenas um Presépio. Um simples Presépio... vazio, aguardando Jesus que vem. Que assim seja também o meu coração. Vazio de si mesmo, vazio de pecados, vazio de orgulhos e presunções. Pobre e simples, como a manjedoura. Vem, Senhor Jesus!

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Sede misericordiosos

Papa Francisco nos chama à raiz do cristianismo, ao amor com que o próprio Jesus nos amou, ao extremo de doar a nossa vida pelos nossos irmãos até à morte, se preciso. Este é o resumo dos Evangelhos, é o que cada um de nós deveria fazer. Os tempos são difíceis, e levantar uma luz neste mundo de trevas chega a ser um ato heróico, um ato de santidade mesmo, que só é possível por Cristo, com Cristo e em Cristo. Fora dele não há como amar assim, tão eloquentemente, tão despojadamente, tão destemidamente.
Mas como amar assim, se nossos próprios corações estão machucados? Como sermos cristãos "em saída", se estamos nós do lado de fora? Como sermos misericordiosos, se os nossos corações estão fragmentados?
Por isso a necessidade de deixarmos para trás as mazelas, as discussões vãs, as acusações mútuas e buscar o que realmente interessa, ou seja, voltar o nosso olhar e coração para aquilo que nos faz cristãos de fato.
Por isso a necessidade de tornar a pertença ao catolicismo algo simples, sem perda de tempo com tantas burocracias e papeladas, até porque o tempo urge. Precisamos correr ao encontro do Senhor, como a Samaritana correu para anunciar o Cristo, como Maria foi às pressas visitar Isabel. Precisamos correr ao encontro do que realmente interessa, do que nos leva efetivamente à santidade.
Se pensarmos bem, a misericórdia é um ato que nem nos deveria ser pedido. Ela deveria brotar dos corações unidos ao Senhor como o galho brota da árvore, alimentando-se da sua seiva e dando o seu fruto. Se Francisco nos pede isso, é porque somos galhos secos, rachados ou mesmo quebrados. Afastamo-nos da seiva, que nos alimenta do Amor. Não somos um, e o Corpo místico de Cristo anda doente em seus membros. Então é preciso fazer esse exercício da misericórdia, para aprendermos a tratar uns dos outros, curando-nos uns aos outros. Quem sabe assim brote o amor em nossos corações, e quem sabe assim o Corpo de Cristo se eleve, saudável, para a redenção do mundo.


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

JEJUM - PENITÊNCIA - SACRIFÍCIO

na prática.

Nossa Senhora pediu aos Pastorinhos de Fátima Lúcia, Francisco e Jacinta, que fizessem orações, penitências e sacrifícios pela conversão dos pecadores, pela paz no mundo, em reparação às ofensas cometidas contra os Corações de Jesus e Maria. "Muitas almas vão para o inferno porque não há quem reze e se sacrifique por elas", disse Nossa Senhora.

Mas, como é isso na prática? 

JEJUM é deixar de fazer algo que você gosta muito, para agradar a Deus ou, como pediu Fátima, pela conversão dos pecadores, pela conversão de alguma pessoa em especial, pela paz no mundo, pelos governantes, pelo País, pela paz nas famílias, pelos doentes, pelos idosos... ou qualquer outro motivo que o Senhor inspire.

Na maioria das vezes o jejum está ligado aos nossos hábitos cotidianos, como comer, beber, comprar, dormir, passear. Você pode fazer jejum de doces, ou jejum de refrigerantes. Se você vai muito ao shopping, pode fazer jejum de shopping por um período determinado. Pode fazer jejum de internet, ou de TV, ou de vaidades, como jejum de salão de beleza, jejum de comprar roupas, jejum de bebidas alcoólicas, de festas, de cigarros...  de algo que você não abre mão.
A maioria das pessoas jejua com alimentos. A Igreja recomenda jejum de carne duas vezes por ano, na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa, e recomenda jejum de algum alimento (gulodices) durante a quaresma, como forma de purificação do corpo e da alma, lembrando que Jesus entregou seu Corpo e Sangue por todos nós, na Cruz.

PENITÊNCIA é fazer algo que lhe é difícil.   

Os pastorinhos de Fátima amarravam uma corda na cintura e deixavam-na bem apertada, para doer mesmo. Faziam isso como forma de “penitência”. Há pessoas que andam a pé durante quilômetros, outras sobem escadarias de joelhos... Não é preciso tanto para fazer uma boa penitência, basta escolher alguma atitude que lhe seja difícil, como acordar durante uma semana às 3 da manhã para rezar o Terço da Misericórdia ou mesmo rezar todos os dias o Santo Rosário (os quatro mistérios).

Penitência é expiação dos nossos pecados. Quando nos confessamos, o sacerdote nos dá uma “penitência”. Toda Penitência está relacionada à oração: não se faz Penitência sem rezar. Andar alguns quilômetros a pé, rezando, ou rezar o Terço diariamente, sempre no mesmo horário, ou rezar o Rosário (algo que lhe custe um pouco mais), ou enquanto faz uma tarefa difícil, dirigir ao Senhor uma oração silenciosa. 
A oração, ao mesmo tempo em que é algo simples, é difícil de manter, especialmente se for um propósito diário. Por isso, a oração tem uma eficácia redentora! Os monges são pessoas chamadas por Deus para viverem o resto de seus dias apenas em ORAÇÃO. Rezar pelas crianças do mundo, pelos que passam fome, pelos que são torturados, pelos injustiçados, pela paz nas famílias, pelos moribundos, enfim, Deus nos vai inspirando por quem devemos rezar, não só por nós mesmos, mas também e especialmente PELOS OUTROS.

SACRIFÍCIO é dar a própria vida (algumas horas ou minutos da sua vida) por alguém

Sacrificar significa destruir alguma coisa para mudá-la em outra. Sacrificar um animal para comê-lo, por exemplo. No Antigo Testamento vemos cordeiros sendo imolados “em sacrifício” pelos pecados do povo. No Novo Testamento, Jesus é o “Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”, o Cordeiro que foi imolado na Cruz por todos nós. É o Sangue que escorreu por nós, o Sangue do Cordeiro imolado.

Sacrifício sempre é algo cansativo e pesado. No seu dia a dia pode ser que você já faça alguns sacrifícios. Eu, por exemplo, às vezes fico até duas, três da madrugada fazendo trabalhos que a Igreja me pede. Me dói as costas, tenho sono, tenho cansaço... mas não paro, vou até o fim. E ofereço ao Senhor por alguma pessoa ou situação que Ele mesmo me inspira. É sempre uma oportunidade que o Senhor nos dá, quando a aceitamos com amor.
Além dos "sacrifícios" que você já faz, você pode se propor ajudar alguém que precisa, fazendo curativos em doentes, fazendo companhia a idosos uma vez por semana, doando algum dom que você tenha em favor do outro, cuidando de uma criança difícil, carregando uma sacola pesada para alguém que passa na rua, enfim, é doar um pouco de você, doar um pouco do seu tempo e dos seus dons a quem está necessitando, sempre lembrando de OFERECER A DEUS aquele sacrifício pela conversão dos pecadores, em reparação às ofensas cometidas contra o Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria, nas intenções do Santo Padre Papa Francisco, enfim, o Senhor irá inspirar a sua oração, a sua entrega.

Os doentes têm uma oportunidade especialíssima de oferecer suas dores pelos pecados do mundo, unindo seus sofrimentos aos de Cristo, na Cruz.

Dentre todos os sacrifícios que podem existir no mundo, há UM que é o maior de todos, e, por incrível que pareça, é o mais fácil de realizarmos: O SACRIFÍCIO DA SANTA MISSA. Não quero dizer que ir à Missa seja um sacrifício para nós, não é isso. É que na Santa Missa se realiza o Santo Sacrifício de Jesus. Em TODA Missa isto acontece. Jesus morreu uma vez só, mas antes disso Ele nos deixou a Eucaristia, o memorial da sua Paixão, dizendo:

ESTE É O MEU CORPO QUE É DADO POR VÓS... ESTE CÁLICE É O MEU SANGUE QUE É DERRAMADO POR VÓSFAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”.
Por mais difícil que seja um sacrifício que fizermos, NUNCA será maior ou igual ao Sacrifício de Cristo na Cruz, renovado na Santa Missa. Por isso, ir à Missa e OFERECÊ-LA na intenção de alguém que esteja necessitando é o maior de todos os sacrifícios que podemos fazer, pois estaremos oferecendo ao Pai não algo nosso, mas o seu próprio Filho, o Cordeiro Santo imolado na Cruz de nossos altares.
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Jejum - Penitência - Sacrifício - têm um só nome: AMOR

sábado, 13 de junho de 2015

O TEMOR DO SENHOR


O Temor do Senhor é temer afastar-se dEle. É compreender que sem Ele ficamos sós conosco mesmos e perdemos a paz. 

O Temor do Senhor é querer estar ao Seu lado para sempre, é desejar nunca perdê-Lo, por nada deste mundo. Para isso, é preciso andar com cuidado, observando-se a todo instante, para não fazer nada, absolutamente nada que Lhe desagrade. 

Andar sob Sua Luz, aninhar-se no Seu colo, por entre Seus braços. Deixar-se levar por Ele, sabendo que Ele é o único caminho seguro. Aconteça o que acontecer, Ele está ali, sempre estará ali. 

Como é bom, como é salutar e como nos traz paz andar na presença do Senhor!

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domingo, 31 de maio de 2015

TRINDADE SANTA EM MIM

Missa da Santíssima Trindade. Ao entrar na Igreja, quanta paz! Senti como se estivesse no limiar das portas do céu, que em poucos minutos se abriria para que eu entrasse.

A Missa começou, e o meu coração parecia derreter-se. Meu peito ficou quente e uma sensação de paz indescritível, uma alegria que não cabia dentro de mim. Pus as mãos no meu coração, como a abafar-lhe as pulsações, como a estancar-lhe o transbordamento. Apertava o peito com as mãos, tinha a sensação de que meu peito ia explodir bem ali, e num segundo a minha alma se desfaria nEla, na Trindade Santa em mim.

Começaram as leituras, e eu não as ouvia com os meus ouvidos da carne, mas aquelas palavras ressoavam dentro da minha alma. Os cantos pareciam distantes...  e eu pensava: Como será quando eu comungar?

Enquanto o sacerdote se preparava para nos dar a comunhão, eu não me continha. Queria dar um salto até os pés do altar. Mas aguardei pacientemente que Jesus descesse até mim, pelas mãos santas daquele padre. 

Recebi a Eucaristia e voltei ao banco. Senti uma força circular por todas as minhas veias, senti meu sangue borbulhar, como se uma varinha mágica tivesse feito um "plim" na minha alma e de repente ela ficasse totalmente brilhante. 

Num momento, ouvi dentro do meu coração: "Olha pra mim." Levantei a cabeça e olhei para a cruz, bem à minha frente. Fiquei por alguns instantes contemplando o sofrimento do meu Deus, por mim, por nós. Novamente aquela voz: "Você tem medo de sofrer?" Respondi: "Não. Com você eu não tenho medo de nada." E toda aquela paz me invadiu a alma, num silêncio interior místico, inquebrantável. Naquele momento, era eu e a Trindade. Eu e ela. Eu nela. E ela em mim.



quinta-feira, 28 de maio de 2015

Salve-se quem puder!

Os católicos que vão às Igrejas buscar conforto, bem-estar, felicidade, alegria... deveriam saber que lá encontrarão CRUZ. Jesus nunca prometeu felicidade neste mundo para quem o seguisse. Pelo contrário: perseguições, morte, abandono, desentendimentos, calvário, incompreensões, flagelos. “Não julgueis que vim trazer a paz.” É irmão contra irmão, filho contra pai, é assim. Nada de tão gostoso, como se pensa. Se nós católicos, que estamos trabalhando na Igreja, buscarmos oferecer essa alegria do mundo às pessoas que buscam Jesus, devemos saber que essa alegria é falsa e passageira. Nós nunca contentaremos essas pessoas o suficiente. Agradaremos a algumas e descontentaremos a outras. É preciso entender: QUEM CATIVA não somos nós, não é o padre e nem os leigos, nem a música ou o qualquer coisa que se fizer. Tudo isso é humano, e atinge apenas os nossos sentidos. Jesus está acima de tudo isso, e é JESUS quem cativa. A alegria e a paz que Jesus oferece não são deste mundo. É a paz interior, que o mundo não dá. O mundo não tem nada de bom a nos oferecer, senão caminhos (opções) para céu ou inferno. “Não vos conformeis com este mundo”, disse Jesus.  Tudo passa. Aquela pessoa que hoje te louva, amanhã puxa teu tapete.

Jesus pede MUDANÇA, pede CONVERSÃO. É preciso mudar o caminho. É preciso viver o Evangelho à risca, sem medo do que os outros vão pensar. Os outros não nos levarão ao céu. O nosso amor pelos outros, sim, isto nos levará aos céus. Mas o que os outros pensam a nosso respeito não nos deve motivar nas nossas atitudes. Devemos, sim, nos deixar motivar pelos Evangelhos. Que o nosso único Centro seja Jesus Cristo.

Viver para agradar o mundo e ao mesmo tempo agradar a Jesus é uma contradição: a luz não convive com as trevas. Se os católicos abrem mão de sua Doutrina para agradar às pessoas, a fim de que se sintam confortáveis e não debandem às seitas evangélicas, então estaremos abrindo mão daquilo que nos é mais precioso: as próprias palavras de Jesus, o Seu ensinamento, a Sua Doutrina. Abrir mão dos ensinamentos de Jesus, de falar a Verdade e de se portar como autêntico cristão por medo de perder fiéis... é o que está levando a Igreja para o buraco. Dentro de pouco tempo veremos os sacerdotes distribuindo a Eucaristia aos casais recasados, celebrando os sacramentos aos casais gays, e tudo isso “para não perder fiéis”?  Os tempos mudaram? Sim, os tempos mudaram. Mas DEUS não muda.

A situação está chegando num ponto em que as pessoas já não esperam, já não pedem, mas EXIGEM que nós lhes demos o que vieram buscar, com ameaças de abandonarem a igreja. Querem seguir Jesus sem a Cruz. Eu prefiro morrer a concordar com uma coisa dessas. Missa não é "evento". Perco amizades, fico sozinha, mas não arredo o pé da minha fé. 

Se adultério já não é mais adultério, então roubar também pode ser ponderado. Se a pessoa que rouba é um pobre, então nem é pecado. Ou se rouba para validar seus propósitos em favor do pobre, pode roubar, tem motivos para isso. Por fim, as palavras de Jesus já não valem mais. Os Dez Mandamentos não valem mais, os sacramentos são uma bobagem. E sem sacramentos, a Igreja acaba.

Não, a Igreja não acaba. O Vaticano – apesar dos maus pastores – não invalidará as Palavras de Cristo. Porém, serão poucos a segui-las.  E mesmo dentro das Paróquias haverá sempre aquele impasse: ou proclamamos a sã doutrina e perdemos fiéis, ou cedemos ao relativismo, abrindo mão da doutrina católica. Até porque há teólogos e teólogos, há bispos e bispos. Se a maioria deles concorda que relativizemos, então, por que não? Se as paróquias que fazem o que manda a Santa Igreja estão vazias e se as igrejas modernistas estão lotadas, então precisamos de um marketing novo para encher as nossas paróquias? Encher de que? De quem? Que Jesus é esse?

O que Jesus Cristo pede a todos nós é MUDANÇA DE VIDA. Não adianta inventarem seja o que for, o único caminho é a mudança de vida. Se quisermos ser santos, se queremos ser sãos, precisamos mudar de vida. Se quisermos ser curados física, psíquica e espiritualmente, precisamos mudar de vida. Convergir, mudar o caminho.

Nossa Senhora, nas suas aparições em Fátima, recebeu dos pastorinhos uma lista de nomes de pessoas que queriam ser curadas. Os pastorinhos perguntaram a Ela: Essas pessoas serão curadas? Ela respondeu: Umas sim, outras não. As que se converterem serão curadas, as que não mudarem de vida, não.

A Igreja não é um mercado de saúde e bem-estar. Simplesmente chego lá, pego a minha graça e vou-me embora. É preciso MUDANÇA. Se nós, católicos inseridos no seio da Igreja, não vivermos essa Verdade, estaremos proclamando a mentira, e o pai da mentira é o Demônio.

Eu, que vivo no seio de uma comunidade paroquial, percebo que não voltaremos tão cedo à sã doutrina. Sim, o relativismo entrou na Igreja e o que era pecado já não é mais. Devemos – é o que nos propõem – fazer TODO POSSÍVEL para agradar as pessoas, mesmo que à custa da nossa fé, contra a nossa consciência cristã. O mais importante aqui já não é Jesus Cristo, nem a Eucaristia, mas o povo. O nosso foco é atender o povo, fazê-lo sentir-se confortável, para que volte. Mas isto seria o quê? Mascarar o próprio Deus? Ou fazermos nós o papel de Deus nas igrejas?  NUNCA conseguiremos essa façanha, isto é simplesmente impossível! E ainda que fosse possível, eis aí o pecado de Adão, de querer ser como Deus. Tô fora!

Como me disse uma amiga outro dia: Ou a Igreja está no fim, ou Jesus está voltando.

A Igreja não muda, porque DEUS não muda. A Doutrina não muda porque Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre. Não deve existir tradicionalismo ou modernismo na Igreja. Ela é o que é, e foi JESUS quem a fez assim. Com que autoridade alguém pode mudá-la? 

O que fazer? Rezar. Rezar é a ÚNICA atitude que podemos tomar hoje. É a única realmente eficaz. Não temos como nos confrontar diariamente com este ou aquele impasse, não há nervos que aguentem. E se adiantasse, mas não adiantaria. Então, apenas rezar. E dar o nosso testemunho silencioso. E aguardar que Jesus venha mesmo, o quanto antes, para que tantas e tantas almas não se percam. Se rezamos pela salvação das almas, tanto mais devemos rezar por aquelas que já estavam salvas e hoje se perdem. Como disse Jesus: Quem estiver em pé, cuide que não caia.

Abaixo - a propósito - o sonho profético de São João Bosco.

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São João Bosco
UMA VISÃO PROFÉTICA: SONHO DAS DUAS COLUNAS E DO NAVIO


Em 26 de maio de 1862 (São) João Dom Bosco tinha prometido a seus jovens que lhes narraria algo muito agradável nos últimos dias do mês.
Em 30 de maio, pois, de noite, contou-lhes uma parábola ou sonho, segundo ele quis denominá-la.
Eis aqui suas palavras:
"Quero-lhes contar um sonho. É certo que o que sonha não raciocina; contudo, eu que contaria a Vós até meus pecados se não temesse que saíssem fugindo assustados, ou que caísse a casa, este o vou contar para seu bem espiritual. Este sonho o tive faz alguns dias.

Figurem-se que estão comigo junto à praia, ou melhor, sobre um escolho isolado, do qual não veem mais terra que a que têm debaixo dos pés. Em toda aquela vasta superfície líquida via-se uma multidão incontável de naves dispostas em ordem de batalha, cujas proas terminavam em um afiado esporão de ferro em forma de lança, que fere e transpassa todo aquilo contra o qual arremete. Estas naves estão armadas de canhões, carregadas de fuzis e de armas de diferentes classes; de material incendiário e também de livros, e dirigem-se contra outra nave muito maior e mais alta, tentando cravar-lhe o esporão, incendiá-la ou ao menos fazer-lhe o maior dano possível.
A esta majestosa nave, provida de tudo, fazem escolta numerosas navezinhas que dela recebiam as ordens, realizando as oportunas manobras para defender-se da frota inimiga. O vento lhes era adverso e a agitação do mar parece favorecer aos inimigos.
Em meio da imensidão do mar levantam-se, sobre as ondas, duas robustas colunas, muito altas, pouco distantes uma da outra. Sobre uma delas está a estátua da Virgem Imaculada, a cujos pés vê-se um amplo cartaz com esta inscrição: Auxilium Christianorum (Auxilio dos Cristãos).
Sobre a outra coluna, que é muito mais alta e mais grossa, há uma Hóstia de tamanho proporcionado ao pedestal e, debaixo dela, outro cartaz com estas palavras: Salus credentium (Salvação dos crentes).
O comandante supremo da nave maior, que é o Romano Pontífice, ao perceber o furor dos inimigos e a situação difícil em que se encontram seus fiéis, pensa em convocar a seu redor aos pilotos das naves ajudantes para celebrar conselho e decidir a conduta a seguir. Todos os pilotos sobem à nave capitaneada e congregam-se ao redor do Papa. Celebram conselho; mas, ao ver que o vento aumenta cada vez mais e que a tempestade é cada vez mais violenta, são enviados a tomar novamente o mando de suas respectivas naves.
Restabelecida por um momento a calma, o Papa reúne pela segunda vez aos pilotos, enquanto a nave capitã continua seu curso; mas a borrasca torna-se novamente espantosa.
O Pontífice empunha o leme e todos seus esforços vão encaminhados a dirigir a nave para o espaço existente entre aquelas duas colunas, de cuja parte superior pendem numerosas âncoras e grossas argolas unidas a robustas cadeias.
As naves inimigas dispõem-se todas a assaltá-la, fazendo o possível por deter sua marcha e por afundá-la. Umas com os escritos, outras com os livros, outras com materiais incendiários dos que contam em grande abundância, materiais que tentam arrojar a bordo; outras com os canhões, com os fuzis, com os esporões: o combate torna-se cada vez mais encarniçado. As proas inimigas chocam-se contra ela violentamente, mas seus esforços e seu ímpeto resultam inúteis. Em vão reatam o ataque e gastam energias e munições: a gigantesca nave prossegue segura e serena seu caminho.
Às vezes acontece que por efeito dos ataques de que lhe são objeto, mostra em seus flancos uma larga e profunda fenda; mas logo que produzido o dano, sopra um vento suave das duas colunas e as vias de água fecham-se e as fendas desaparecem.
Disparam enquanto isso os canhões dos assaltantes, e ao fazê-lo arrebentam, rompem-se os fuzis, o mesmo que as demais armas e esporões. Muitas naves destroem-se e afundam no mar. Então, os inimigos, acesos de furor, começam a lutar empregando a armas curtas, as mãos, os punhos, as injúrias, as blasfêmias, maldições, e assim continua o combate.
Quando eis aqui que o Papa cai ferido gravemente. Imediatamente os que lhe acompanham vão a ajudar-lhe e o levantam. O Pontífice é ferido uma segunda vez, cai novamente e morre. Um grito de vitória e de alegria ressoa entre os inimigos; sobre as cobertas de suas naves reina um júbilo inexprimível. Mas apenas morto o Pontífice, outro ocupa o posto vacante. Os pilotos reunidos o escolheram imediatamente; de sorte que a notícia da morte do Papa chega com o da eleição de seu sucessor. Os inimigos começam a desanimar-se.
O novo Pontífice, vencendo e superando todos os obstáculos, guia a nave em volta das duas colunas, e ao chegar ao espaço compreendido entre ambas, a amarra com uma cadeia que pende da proa uma âncora da coluna que ostenta a Hóstia; e com outra cadeia que pende da popa a sujeita da parte oposta a outra âncora pendurada da coluna que serve de pedestal à Virgem Imaculada. Então produz-se uma grande confusão. Todas as naves que até aquele momento tinham lutado contra a embarcação capitaneada pelo Papa, dão-se à fuga, dispersam-se, chocam entre si e destroem-se mutuamente. Umas ao afundar-se procuram afundar às demais. Outras navezinhas que combateram valorosamente às ordens do Papa, são as primeiras em chegar às colunas onde ficam amarradas.
Outras naves, que por medo ao combate retiraram-se e que se encontram muito distantes, continuam observando prudentemente os acontecimentos, até que, ao desaparecer nos abismos do mar os restos das naves destruídas, remam rapidamente em volta das duas colunas, e chegando às quais se amarram aos ganchos de ferro pendentes das mesmas e ali permanecem tranquilas e seguras, em companhia da nave capitã ocupada pelo Papa. No mar reina uma calma absoluta."

Ao chegar a este ponto do relato, (São) João Dom Bosco perguntou ao (Beato) Miguel Dom Rua:
— O que pensas desta narração?
O (Beato) Miguel Dom Rua respondeu:
— Parece-me que a nave do Papa é a Igreja da qual ele é a Cabeça: as outras naves representam aos homens, e o mar, ao mundo. Os que defendem à embarcação do Pontífice são os fiéis à Santa Sé; os outros, seus inimigos, que com toda sorte de armas tentam aniquilá-la. As duas colunas salvadoras parece-me que são a devoção a Maria Santíssima e ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia.
O (Beato) Miguel Dom Rua não fez referência ao Papa cansado e morto e (São) João Dom Bosco nada disse tampouco sobre este particular. Somente acrescentou:
— Hás dito bem. Somente terei que corrigir uma expressão. As naves dos inimigos são as perseguições. Preparam-se dias difíceis para a Igreja. O que até agora aconteceu (na história da Igreja) é quase nada em comparação ao que tem de acontecer. Os inimigos da Igreja estão representados pelas naves que tentam afundar a nave principal e aniquilá-la se pudessem. Só ficam dois meios para salvar-se dentro de tanto desconcerto! Devoção a Maria. Frequência dos Sacramentos: Comunhão frequente, empregando todos os recursos para praticá-la nós e para fazê-la praticar a outros sempre e em todo momento. Boa noite!

As conjecturas que fizeram os jovens sobre este sonho foram muitíssimas, especialmente no referente ao Papa; mas (São) João Dom Bosco não acrescentou nenhuma outra explicação.
Quarenta e oito anos depois — em 1907 — um antigo aluno, cônego Dom João Bourlot recordava perfeitamente as palavras de (São) João Dom Bosco.
Temos que concluir dizendo que muitos consideraram este sonho como uma verdadeira visão ou profecia, embora (São) João Dom Bosco ao narrá-lo parece que não se propôs outra coisa que, induzir aos jovens a rezar pela Igreja e pelo Sumo Pontífice inculcando-lhes ao mesmo tempo a devoção ao Santíssimo Sacramento e a Maria Santíssima.

FONTE: http://www.dombosco.net - As Duas Colunas; a Eucaristia e a Devoção à Santíssima Virgem (1862) (Cf. M.B. Volume VII, pp. 169-171)
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domingo, 26 de abril de 2015

Entrevista com VIKTOR FRANKL

- Um psicólogo no Campo de Concentração
"O ser humano não é como descrevem os sistemas de psicoterapia. Seu interesse básico não gira em torno dos complexos, conflitos e problemas que se agitam na sua psique. Na verdade, a preocupação fundamental, básica e primordial de todo ser humano é com o mundo e as pessoas, um trabalho a ser feito, uma obra a ser terminada, um sentido, uma missão na vida, enfim, e que estão à espera de serem transformados numa realidade concreta por uma determinada pessoa, e somente por ela, agora: “Quem mais, senão ele?” Por fim, ele não age em interesse próprio, ou para aliviar as tensões e sentir-se tranquilo, ou em busca de equilíbrio, ou para neutralizar as imposições do superego insatisfeito, ou ainda, para emular a imagem paterna. Ele age, na verdade, por uma causa ou por amor a alguém, e nunca apenas em seu interesse próprio. É isto que cabe ao homem fazer."

Fórmula matemática do Desespero: D=S-S
Desespero = Sofrimento - Sentido
Resumindo, é o AMOR que orienta todas as coisas.
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segunda-feira, 9 de março de 2015

À imitação de Maria


No silêncio,
no abandono,
no amor ao próximo,
no sofrimento,
no conhecimento da Palavra
na meditação da Palavra,
na prática da Palavra,
no culto ao Deus verdadeiro,
na oração,
na sobriedade,
no serviço,
na intercessão pelos que sofrem,
na dedicação à família,
no amor à vida,
no "SIM" a Deus...
Que sejam assim as mulheres, à imitação de Maria:
santas, puras e cumpridoras da vontade do Senhor.

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Ser mulher é muito bom!



As feministas que me desculpem, mas é muito bom ser mulher! 

Como é bom entrar vestida de noiva na Igreja, levada pelo pai ao futuro marido! Que alegria indescritível é esta! E que emoção dançar a valsa dos noivos, ou a valsa de 15 anos! 


E como é bom gerar filhos, senti-los se formando dentro da gente! Como é bom ter a filharada em volta da mesa com aquela conversa alegre e ver aquela comunidade familiar, gerada dentro de nós, em plena harmonia! 


Como é bom encher a casa de flores, perfumes e cores! Crochês nos tapetes, bordados nas almofadas, lençóis com monogramas...


E como é bom poder usar uma saia colorida, um batom delicado e um arranjo florido nos cabelos compridos! Salto alto, meias finas, esmaltes nas unhas compridas, brincos, colares, pulseiras, anéis... 


Como é bom usar um vestido rodado em festas de gala! Gente, isto é muito bom! Usar rímel e sombras coloridas... Como é bom usar anáguas e combinações! E como é bom fazer um penteado com laquê!


Andar com suavidade, falar baixinho, ser discreta, sentar-se com os joelhos colados, aguardar que lhe abram a porta, que lhe puxem a cadeira para sentar e que lhe sirvam um bom vinho! 


Ser mulher é muito bom! A nossa força não está nos músculos – esta pertence aos homens. A nossa força está dentro do nosso coração, sempre aberto e disponível, sempre muito sensível ao abraço, ao afeto, ao serviço.


Sim, as feministas que me desculpem, mas ser mulher É MUITO BOM!

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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A MORAL CATÓLICA: A Veracidade

1. A veracidade

Veracidade é uma virtude moral que nos inclina a procurar a máxima conformidade entre nossos sentimentos e nossos atos exteriores, principalmente nas palavras que dirigimos ao próximo.

Quanto maior for a veracidade do cristão, tanto maior é a sua semelhança com Deus nosso Senhor: "Espontaneamente nos gerou Deus pela palavra da verdade, para que sejamos, por assim dizer, as primícias de suas criaturas" (Tiago 1, 18).

a) a veracidade é necessária para a consolidação da personalidade cristã, para o trato dos homens entre si, para a firmeza da sociedade humana.
b) A veracidade não exige que se diga tudo, indiscretamente, sem distinção de lugar, pessoas e circunstâncias. A prudência manda combinar a veracidade com as virtudes da discrição e do silêncio.

Desde que tenha noção das coisas, a criança deve aprender a ouvir a voz da consciência. Para esse fim, os educadores lhe incutirão um verdadeiro horror à falta de sinceridade em atos e palavras. A mentira corrompe o caráter, profana o coração e deixa-o à mercê das paixões. O lar doméstico deve ser, para a criança, uma verdadeira escola de veracidade.


2. Pecados contra a Veracidade

a) Tagarelice ou loquacidade

A pessoa loquaz corre perigo de ofender continuamente a verdade, a justiça e a caridade. A loquacidade é sinal de que a pessoa não tem o domínio de si mesma. É muito prejudicial para a vida de virtude: "Pessoa loquazes ferem como acicates, mas a língua dos circunspectos é uma fonte de saúde" (Provérbios 12, 18, texto grego).

b) Indiscrição ou criminosa revelação de segredos

O segredo baseia-se na natureza da coisa (sigilo de confissão, segredo de correspondência, etc.), em promessa formal (assuntos confidenciais, etc.), em cargos e profissões (sigilo de médico, sigilo bancário, etc.).

O sigilo sacramental não pode ser traído de maneira alguma. Os demais segredos podem ser revelados, quando assim o exigirem razões de peso, como a obrigação de salvaguardar os direitos da coletividade (censura do correio, obrigação de denunciar certas moléstias à saúde pública, etc.).

c) Mentira ou falsificação da verdade

É uma afirmação ou negação que se opõe conscientemente à convicção interna da pessoa. A intenção de enganar não falta quase nunca, mas não pertence à essência da mentira. Distinguem-se em mentiras jocosas, danosas e oficiosas.

Mentira jocosa é a que se diz por brincadeira.
Mentira danosa é a que se diz para prejudicar o próximo.
Mentira oficiosa é a que se diz para sair de alguma situação difícil ou desagradável.

Todas as modalidades da mentira são pecaminosas. 
As mentiras jocosas e oficiosas são pecados veniais. 
As mentiras jocosas deixam de ser pecado se forem tomadas por mera brincadeira. 
As mentiras danosas podem ser faltas graves, se forem causa de prejuízos consideráveis.

d) Restrição mental ou ocultação da verdade

Consiste em restringir o sentido de uma expressão, ou dar-lhe um sentido em que não costuma ser tomada. Serve para encobrir uma verdade que não se quer ou não se pode revelar (segredo profissional, etc.).

Existem duas classes de restrição: perfeita (puramente mental) e imperfeita (parcialmente mental).

A restrição perfeita é uma mentira disfarçada. Não deixa, de maneira alguma, chegar ao conhecimento da verdade (dizer que não roubou, com a restrição puramente mental de que não foi com a mão esquerda, mas com a direita).

A restrição imperfeita pode ser facilmente reconhecida pelas circunstâncias. Quem recebe a resposta, logo sabe que não se quer, ou não se pode responder (dizer que não sabe, com a restrição de que não sabe para comunicar a outrem; a frase "não está em casa" quer dizer que não está para visitas, etc.).

   aa) Nunca é lícito usar de restrições puramente mentais.
  
   bb) Havendo causa grave e razoável, é lícito valer-se de restrições imperfeitas, a não ser que o interlocutor tenha o direito de saber a plena verdade (pais, juízes, superiores, etc.). Para guardar algum segredo profissional, pode a pessoa responder: "Não sei" (restrição "... nada que me seja lícito revelar").

Praticamente é difícil formular a restrição sem ofender nem de leve a verdade. Por isso, deve ser empregada raramente. Perturbar-se-ia a ordem social se em todas as palavras do próximo tivéssemos de suspeitar alguma restrição.


e) Dissimulação, hipocrisia, lisonja ou adulação

Encerram falta de sinceridade, e são indignas de um cristão. Por via de regra, corrompem inteiramente o caráter (criaturas venais).

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Tillmann, Frederico. A MORAL CATÓLICA. 2ª Edição. Editora Vozes, 1953. p. 189-191.

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2015 - EU VIM PARA SERVIR

COMUNIDADE - IGREJA - SOCIEDADE
- Por Evaristo Eduardo de Miranda


EVARISTO DE MIRANDA  foi convidado a colaborar com o Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2015 - Eu vim para servir - Comunidade, Igreja e Sociedade. Evaristo é paulistano, agrônomo, tem mestrado e doutorado em ecologia pela Universidade de Montpellier (França). Com centenas de trabalhos publicados no Brasil, é autor de 35 livros. Pesquisador da Embrapa, ele já implantou e dirigiu três centros nacionais de pesquisa. Atualmente é coordenador do Grupo de Inteligência Territorial Estratégica - GITE, da Embrapa.

Abaixo, alguns trechos de seu livro:

Páginas 27-28:
"Hoje, na Igreja pós-conciliar, sob o manto da alegria franciscana ou afrodescendente, suprimiu-se o recolhimento e o silêncio nas celebrações. Sob o manto da eficácia, condenaram-se as obras sociais católicas por 'manterem a miséria, ao invés de suprimi-la'. Sob o manto do engajamento social, mergulhou-se num ativismo alienante. Sob o manto da libertação, adotaram-se práticas manipuladoras e totalitárias. Sob o manto de abertura ao mundo, acusaram-se comunidades de fé de serem guetos cristãos. Sob o manto do compromisso social cristão dedicou-se um interesse muito maior às questões sociais e políticas do que à vida espiritual e às práticas religiosas. A formação interior e o acompanhamento espiritual, que já eram medíocres e quase inexistentes, foram reduzidos praticamente a nada.

Grupos sociologicamente católicos substituíram o evangelho por ideologias. Confundiram os pobres de espírito com sua pobreza de espírito. E fizeram de suas causas legítimas o centro de suas vidas, mantendo por algum tempo o vocabulário cristão. Nessas condições, como se espantar de que os jovens deixam uma Igreja que lhes propõe, somente e de forma desbotada, as lutas e esperanças de messianismos anacrônicos? Como se espantar de que novas vocações sacerdotais não surjam em meio a doutrinas de justiça e de transformação social onde o laicismo impera? Engajamentos não despertam vocações ou constroem a Igreja quando suas razões são mais sociais do que religiosas e demandam mais generosidade do que vida espiritual.

Igreja e sociedade são inseparáveis, mas inconfundíveis. Ao abordar as relações Igreja e sociedade logo se encontra uma multiplicidade árida de opiniões, conceitos, ações e interpretações sobre esse tema. E dependendo do movimento, uma nuvem ainda maior de poeira se levantará. Na Bíblia, o pó é uma expressão da multiplicidade, em sua uniformidade monótona, sem atração e asfixiante. Esse é o alimento da serpente: o pó, o insípido, o monótono, o mundo ápodo, sem pés. Sem sal. Quem não busca a elevação de perspectiva nesses debates e embates (como em tantos outros) está destinado a comer a multiplicidade do pó (Gn 3, 15), análoga à pululação das rãs e dos piolhos no Egito (Ex 7, 27-29; 8, 12)."

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Páginas 80-81:
“INTERVENCIONISMO

"Pode o Estado interferir na vida privada de seus cidadãos? No Brasil, tudo indica que sim e vai cada vez mais nesse sentido. O Estado brasileiro interfere de forma crescente e abusiva na vida privada dos cidadãos e das famílias. Os governos pretendem definir os padrões e regras de educação familiar e formal das crianças, intervindo em matérias como educação sexual e religiosa. Outro exemplo está na questão do desarmamento. No que pese o resultado do plebiscito nacional ter sido claramente contrário à questão do desarmamento dos cidadãos propostos pelo governo, este segue legislando e atuando como se a população houvesse decidido o contrário.

Outro exemplo importante é a chamada educação sexual e de saúde nas escolas e nas redes de saúde pública. Os programas, cartilhas e materiais pedagógicos elaborados e financiados pelos governos abordam, de forma anacrônica e invasiva, temas como homossexualismo, a prevenção de doenças venéreas, os métodos de contracepção, as orientações sobre o aborto, a prostituição, etc.  (...)

O Brasil sancionou uma medida que, em tese, proíbe os pais de intervirem fisicamente na educação dos próprios filhos. A criminalização da palmada gerou polêmica, mas foi aprovada no Legislativo. A chamada Lei da Palmada causou reações nas famílias. As crianças devem ser educadas com amor e com disciplina, sem que haja a necessidade de palmadas. Porém, quem deve determinar como educará seus filhos é a própria família, e não burocratas anônimos pagos pelo Estado. A lei brasileira já cobre os casos de agressões e violência contra as crianças. O Estado jamais deveria afrontar o pátrio poder dessa forma, pois a família, como célula fundamental da sociedade, possui uma autonomia que deveria ser antes respeitada e protegida pelo Estado.

Cabe ao Estado estabelecer e impor aos pais seus paradigmas na educação de crianças e adolescentes? Pode o Estado definir padrões idênticos e gerais do que é certo e do que é errado nesse tema? O intervencionismo estatal, nesse caso, não é subjetivista, nem relativista, nem laicista. É autoritário. É possível definir o que é certo, de forma geral, para a intimidade doméstica de todos?”

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O livro EU VIM PARA SERVIR está à disposição NESTE SITE por apenas R$ 15,00 reais + taxa de frete. Ajude-nos a divulgar!

DEUS SEJA LOUVADO!


A MORAL CATÓLICA: O DIREITO DE DEFESA

"O homem tem o direito natural de conservar a própria vida com todos os bens anexos, quer materiais, quer espirituais. Daí lhe advém, necessariamente, o direito e a obrigação de defender-se contra todas as agressões injustas. Não podendo seguir a via legal ordinária, o indivíduo tem o direito de defender-se a si mesmo.

Por legítima defesa entende-se o ato de violência física com que o indivíduo defende, em caso de necessidade, os seus bens pessoais (vida e fortuna), ainda que seja com perigo de matar o injusto agressor.

A legítima defesa é lícita:
a) Quando a violência é o único meio eficaz de defesa (por exemplo, quando não é possível fugir ou gritar por socorro).
b) Quando a inutilização física do adversário não ultrapassa a necessidade da própria defesa (bastando simples ferimento, não se deve matar).
c) Quando o prejuízo do agressor não for maior do que o prejuízo do agredido (matar o agressor por causa de um furto leve).
Quem não observar as cláusulas necessárias, excede-se na legítima defesa e peca gravemente contra a caridade.

Obs.: Muitas vezes a pessoa excede-se na defesa, não por malícia, mas por nervosismo e falta de reflexão."

Tillmann, Frederico. A MORAL CATÓLICA. 2ª Edição. Editora Vozes, 1953. p. 189.