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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

ESCOLHAS


por Raquel Nascimento Pereira

Entre ateus e cristãos, agradeço a Deus por eu ter me aberto para ouvir e tentar assimilar a cristandade. Conheci a Boa Nova e vi que ali está o caminho da Verdade e do Bem.

Entre revolucionários e conservadores, agradeço a Deus por eu ter me aberto para ouvir e tentar assimilar o conservadorismo. Conheci a Tradição e vi que ela caminha de braços dados com a Boa Nova, e que as duas estão no caminho da Verdade e do Bem.

Descobrindo a Boa Nova e a Tradição, entendi que há valores imutáveis:  
o mal sempre será mau e o bem sempre será bom, em qualquer circunstância histórica.

Entendi também que o homem é bom com inclinação para o mal: 
em todo momento deve fazer as suas escolhas.

Eu já escolhi. Baixei a bandeira revolucionária e hasteei a bandeira da Cruz!  
É que na guerra  interior, o Amor venceu dentro de mim.
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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A MULHER CATÓLICA


(por Raquel Nascimento Pereira)

Uma mulher católica é diferente de todas as demais. Por quê? Porque todos os dias ela se aprofunda para dentro de si mesma. Não tem medo de descobrir a pessoa que é, de reconhecer as suas limitações e de buscar um aperfeiçoamento interior, sempre com o auxílio da Graça. Sabe que foi chamada à perfeição, porque Jesus disse: “Sede santos, como eu sou santo.” Assim, ela conta com a graça divina para auxiliá-la na sua vocação à santidade. 

- Uma mulher católica não mente.
Ela conhece a Verdade e sabe que a Verdade penetra a sua alma. Ela teme a Deus, com aquele temor amoroso, de quem quer agradar ao seu Senhor o tempo todo. Ela sabe que Deus tudo vê, e que Lhe deve satisfações.

- Uma mulher católica não se importa em ser julgada injustamente.
Quando isso acontece, ela se lembra do Cristo Crucificado, que foi julgado, condenado e morto na Cruz, sem ter cometido nenhuma falta. Ela olha para o Cristo na Cruz, e se alegra de estar sofrendo um pouquinho como ele.

- Uma mulher católica não trai.
Ela ama o seu esposo como a Igreja ama o Cristo. Ela se dedica à ordem da casa e orienta seus filhos da mesma maneira que a Igreja se dedica à ordem dos fiéis, orientando-os no caminho da salvação.

- Uma mulher católica não chora à toa.
Ela sabe que todas as coisas concorrem para o bem dos que amam o Senhor. Por isso, aceita tudo com alegria e paz. A mulher católica chora somente em três situações: de emoção, quando vê a ação criadora de Deus atuar na sua vida de Mãe; pelos pecados, seus e dos outros, que tanto desagradam ao seu Senhor; e quando contempla o Cristo crucificado, o seu Deus ali, na Cruz, sofrendo pelos pecados da humanidade.

- Uma mulher católica não ri à toa.
Ela sabe que a humanidade está mergulhada do pecado, e que Deus chora ao ver seus filhos desfigurando suas almas em assassinatos, roubos, farras, bebedeiras, adultérios - as falsas alegrias que tentam preencher os corações vazios. Ela olha o mundo com os olhos de Deus, e se entristece em ver tanta solidão, abandono e sofrimento. Porém, a mulher católica também não é séria. É serena, e seu semblante é suave, porque confia na Misericórdia Divina.

- Uma mulher católica não tem medos.
Ela não teme a fome, a sede, os assaltos, as tragédias, porque ela confia que "o Anjo do Senhor acampa ao redor dos que o temem, e os salva." Ela não teme sequer a morte. Pelo contrário, ela sabe que a morte é o encontro definitivo da criatura com o Criador, em felicidade e paz pela eternidade adentro. É o que ela mais deseja, para si e para os seus: a salvação eterna!

- Uma mulher católica sabe viver na simplicidade.
Ela vê o Menino Jesus no presépio, tão pequenino e tão frágil, o seu Deus que repousa numa manjedoura de palha. José e Maria nada tinham, mas nada lhes faltava: tinham Tudo. Uma mulher católica sabe prover as necessidades de sua família, e com qualquer punhado de farinha, faz o pão da partilha. Ela se veste com simplicidade, e seu porte é delicado. Vive como se não vivesse; compra como se não comprasse; come como se não comesse. É prudente e dedicada, assim como Maria, a humilde serva do Senhor.

- Uma mulher católica não reclama.
Mesmo nos dias difíceis, mesmo na pobreza ou na doença, ela aceita tudo e sofre tudo por amor a Jesus Cristo. Ela aceita os sofrimentos e oferece suas dores, tristezas e sacrifícios pelos seus pecados e pela conversão dos pecadores, assim como Cristo se ofereceu na Cruz pelos pecados de toda a humanidade.

- Uma mulher católica não ofende.
Ela é doce e suave. Educa os seus filhos com firmeza, porque tem consciência clara do certo e do errado. Assim, sabe orientá-los para o amor a Deus e aos irmãos, corrigindo-os com brandura.

- Uma mulher católica não guarda ressentimentos.
Ela compreende as fraquezas das outras pessoas, porque também possui as suas próprias fraquezas. Por isso, reza pelas pessoas que a ofendem, e as perdoa.

- Uma mulher católica é corajosa.
Ela conhece todos os passos de Jesus no caminho do Calvário. Tem sempre na lembrança aquela frase: "Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice... mas não se faça a minha vontade, e sim, a tua!"  A mulher católica também vê a serenidade de Maria, que acompanha Jesus em todos os seus flagelos. Vê que Ela se mantém em pé, com a cabeça erguida, em sagrado silêncio, nos pés da Cruz, até o fim. Por isso, a mulher católica avança sem medo por qualquer caminho. Supera o sono, o cansaço, o desânimo, os desertos espirituais, sempre na certeza de "estar fazendo a vontade do Pai".

- Uma mulher católica vive na contemplação de Maria, a Mãe de Jesus. 
Copia-lhe o silêncio, a discrição, a vida de oração, a pureza das intenções, a suavidade nas palavras, a dedicação aos que necessitam de seu auxílio. A mulher católica, à imitação de Maria, tudo ouve, tudo vê, e guarda tudo no seu coração.



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O que são "Obras de Misericórdia Corporais e Espirituais"?


do Catecismo da Igreja Católica

Significação e gêneros das obras de misericórdia
As obras de misericórdia são as ações caritativas pelas quais socorremos o próximo em suas necessidades corporais e espirituais. São elas:


Obras de Misericórdia Corporais
1-Dar de comer a quem tem fome;
2-Dar de beber a quem tem sede;
3-Vestir os nus;
4-Visitar os doentes;
5-Visitar os presos;
6-Acolher os peregrinos;
7-Enterrar os mortos.

Obras de Misericórdia Espirituais
1-Dar bom conselho;
2-Corrigir os que erram;
3-Ensinar os ignorantes;
4-Suportar com paciência as fraquezas do próximo;
5-Consolar os aflitos;
6-Perdoar os que nos ofenderam;
7-Rezar pelos vivos e pelos mortos.


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A EXPERIÊNCIA DESPREZADA


(por Carlos Ramalhete/Gazeta do Povo)
Duas notáveis mudanças sociais do século 20 criaram um problema de que poucos se dão conta. A primeira delas foi o culto à juventude, iniciado no princípio do século. Enquanto em qualquer sociedade pacífica os idosos são considerados repositórios vivos da sabedoria e conhecimento, na nossa eles passaram a ser vistos com desprezo. Hoje muitas senhoras se vestem e se comportam como se tivessem 20 anos de idade, em vã tentativa de escapar a uma velhice percebida como maldição, não como troféu.
Paradoxalmente, o desenvolvimento médico aumentou tremendamente a expectativa de vida da população. Hoje é relativamente normal que se passe dos 80 anos de idade, e pessoas de 60 anos de idade frequentemente têm pais vivos.
Sem o respeito tradicional aos idosos, contudo, estas décadas a mais de vida acabam se tornando um problema social. Aqueles que deveriam estar guiando, com sua sabedoria e experiência, os esforços dos mais jovens são tratados como incapazes. Até mesmo os esforços bem-intencionados para ajudá-los muitas vezes os colocam em uma posição passiva; nas “creches” para idosos, que a necessidade torna mais e mais comuns, raramente alguém se dá o trabalho de ouvi-los. Peças de teatro lhes são apresentadas, histórias lhes são contadas, livros lhes são emprestados, mas o idoso continua sendo tratado como objeto, não como sujeito vivo de sua própria história.
A sabedoria de quem viu e viveu o que os mais jovens ainda enfrentarão é desprezada, e os macacos novos, sem ter quem os guie, botam a mão em todas as cumbucas que veem.
A história da cidade, do estado, do país e do mundo é deixada de lado e esquecida; enquanto as testemunhas oculares definham esquecidas, sendo entretidas como se fossem crianças pequenas ou afastadas como um estorvo, os jovens pesquisadores se debruçam sobre documentos escritos, ignorando seus autores.
Desfazer a transformação ocorrida há quase cem anos é impossível, mesmo por ela ter sido assumida pelos próprios idosos; quem era jovem nos anos 1930 já considerava a força da juventude superior à experiência da idade. É, contudo, possível tentar evitar que toda esta sabedoria se perca. É possível criar programas que incentivem os mais jovens a aprender aos pés desses tantos idosos que hoje são deixados de lado. Os professores podem pedir aos alunos que os entrevistem; os pesquisadores podem e devem ir a eles e ouvi-los.
Temos um tesouro oculto definhando em silêncio. Ouçamos a voz da experiência, para que não repitamos os erros do passado.

Ilusões

(por Raquel Nascimento Pereira)


Quando você pensa que é, mas tem uma forte impressão de que pode não ser.
Então você se convence de que não é, e desiste.
- A coisa toma forma bem à sua frente, como se tivesse sido o tempo todo, 
e só você não via.

Quando você pensa que não é, mas tem uma forte impressão de que pode ser.
Então você se convence de que sempre foi, e se empolga.
- A coisa se desmonta bem à sua frente, como se nunca tivesse sido, 
e só você se iludia. 
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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Alguns conselhos para aqueles que genuinamente querem ajudar os pobres


por Hans F. Sennholz

Se você está preocupado com a 'justiça social' e quer genuinamente ajudar os pobres a subir na vida de maneira permanente e independente, há alguns procedimentos que você pode seguir.
Sua primeira e imprescindível obrigação para com os pobres é: não se torne um deles e não faça com que outros se tornem um deles.  Será muito mais difícil ajudar pessoas pobres se você ou seu vizinho se tornar pobre.  Assim como você não deve se tornar pobre, você também não deve defender políticas que levem ao empobrecimento de ricos na crença de que isso levará ao enriquecimento dos pobres.  Para o pobre, não interessa se foi você ou o seu vizinho que empobreceu por meio de medidas do governo; a situação dele não melhorará.  Um rico empobrecido não cria um pobre enriquecido.  A economia não é um jogo de soma zero.
Não sendo pobre, você tem uma escolha: você pode dar o peixe para os pobres comerem ou você pode lhes arrumar um emprego e ensiná-los a pescar o peixe por conta própria — isto é, ensiná-los a serem seres humanos produtivos.
O que nos leva à sua segunda obrigação: se você quer ensinar os pobres a serem independentes e capazes de se auto-ajudar, comece dando o exemplo ainda dentro de sua própria casa.  Crie seus filhos de maneira austera.  Filhos independentes e não-mimados se tornam mais produtivos, mais solícitos, mais realistas e menos propensos a roubar ou a ser desonestos.  No futuro, seu filho poderá servir de exemplo comportamental para aquelas pessoas que você está preocupado em ajudar.
Dado que todos vivemos no mesmo planeta (e não há como fugir dele — vivos), todos enfrentamos o mesmo problema sobre como alocar recursos escassos da maneira mais eficiente possível do modo a satisfazer desejos cada vez maiores (já são quase 7 bilhões de pessoas na terra).  Há duas maneiras de se alocar recursos: 1) por meio da força, ou seja, por meio de decretos e coerções governamentais; ou 2) voluntariamente, por meio do sistema de preços fornecido pelo mercado.
Esta segunda maneira é mais duradoura e, logo, preferível para ser adotada com o intuito de sustentar a vida de um enorme número de pessoas.  Por isso, é também sua obrigação explicar às pessoas — principalmente aos seus amigos igualmente sedentos por 'justiça social' — como funciona uma economia de mercado e por que apenas ela pode criar a maior quantidade possível de bens e serviços para os mais pobres, melhorando seu padrão de vida.  Todo e qualquer sistema econômico socialista sempre culmina em escassez e em racionamento de recursos, exatamente o contrário do que você quer para os mais pobres.
Sua terceira obrigação para com os pobres é dar bons exemplos, de modo que eles se sintam estimulados a emular seu sucesso.  Não minta, não roube, não trapaceie e não tome dinheiro das pessoas, tampouco utilize o governo para fazer isso por você.  Não enriqueça por meio de políticas governamentais.  Não aceite dinheiro nem privilégios do governo — dado que o governo nada cria, tudo o que ele lhe dá foi adquirido coercivamente de terceiros (na esmagadora maioria dos casos, contra a vontade de seus legítimos proprietários), uma medida que gera apenas ressentimento destes pagadores de impostos.  Uma civilização que é erigida sobre o roubo e sobre privilégios não pode ser duradoura.  Dê o exemplo não contribuindo para o perpetuamento deste arranjo.
Em um futuro muito próximo, será cada vez mais difícil para um indivíduo preservar sua riqueza.  Governos falidos ao redor do mundo — consequência econômica inevitável de estados assistencialistas e inchados — estarão sedentos para confiscar quaisquer ativos remanescentes em uma desesperada tentativa de prolongar sua sobrevivência (mas sempre em nome do "bem público").  Os direitos individuais serão abolidos em nome do 'bem comum' e várias leis serão criadas com o intuito de tornar ilegal qualquer medida que vise a proteger a riqueza dos indivíduos mais ricos — e aí sim veremos uma verdadeira caça às bruxas.
Algumas pessoas acreditam que poderão evitar problemas caso voluntariamente entreguem seu dinheiro para o governo (ou peçam para que o governo o tribute).  Pode ser, mas o fato é que durante a hiperinflação da França nos anos 1790, os ricos que não fugiram foram decapitados.  Talvez a França tenha sido um caso extremo, mas a história mostra que sempre que os ricos foram pilhados por políticos populistas, os resultados não foram bonitos.  Portanto, não empreste sua retórica e nem dê seu apoio a políticos ou movimentos políticos que defendam o confisco direto da riqueza dos mais ricos.  Além de os pobres nunca terem sido beneficiados por tais medidas (algo economicamente impossível), você estará apenas aumentando o número de pobres.
Portanto, sua quarta obrigação para com os pobres é assegurar parte da sua riqueza para as gerações futuras.  Dado que você genuinamente quer ajudar os pobres, acumule o máximo possível de ativos, trabalhe bastante e produza muita riqueza durante seu tempo de vida.  Ao produzir riqueza, você não apenas estará empregando pessoas e enriquecendo-as também, como estará produzindo para toda a humanidade uma maior quantidade de bens e serviços.  É assim que você fará com que as pessoas subam na vida.
Caso prefira o assistencialismo puro, você também tem a opção de distribuir toda a sua riqueza quando se aposentar ou quando morrer.  Quanto mais riqueza você produzir, mais você poderá distribuir.  Você tem liberdade de escolha.  Em vez de folgadamente defender o esbulho da riqueza alheia, crie você próprio a sua riqueza e então a distribua para os pobres — ou, melhor ainda, empregue-os neste processo de criação de riqueza.
Durante este processo, você terá de saber manter seus ativos a salvo do perigo, evitando que sejam confiscados pelo governo ou que simplesmente sejam esbanjados e dissipados.  É neste quesito que você terá seus maiores problemas, muito embora várias famílias já tenham demonstrado ser possível manter sua riqueza ao longo de gerações.  Sua riqueza provavelmente estará na forma de ativos produtivos que são difíceis de serem movidos de um país para o outro.  Isso tornará mais difícil se proteger do governo doméstico, que estará ávido para confiscar sua riqueza quando ele precisar do dinheiro.  Conclusão: você terá de diversificar seus ativos ao redor do mundo, de modo que, quando o governo de um país se tornar muito ganancioso (sempre para ajudar os pobres), você terá outra base de operações da qual operar.  Isso irá garantir que você se mantenha fiel à sua primeira obrigação para com os pobres.  Quem disse que é fácil concorrer com o amor do governo pelos pobres?
Caso continue preferindo ensinar a pescar em vez de dar o peixe, sua quinta e última obrigação para com os pobres é legar em herança sua riqueza para alguém (ou para um grupo de pessoas) que irá dar continuidade ao seu trabalho de fazer deste mundo um lugar melhor para os pobres viverem, com uma maior produtividade e uma mais eficiente alocação de ativos.  Esta poderá ser a tarefa mais difícil de todas.
Ser caridoso com a riqueza dos outros é uma delícia.  Arregaçar as mangas e produzir por conta própria aquilo que você quer ver distribuído já é um pouco mais trabalhoso.  Mas seu amor genuíno aos pobres servirá de estímulo todas as manhãs.  Boa sorte!
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Hans F. Sennholz  (1922-2007) foi o primeiro aluno Ph.D de Mises nos Estados Unidos.  Ele lecionou economia no Grove City College, de 1956 a 1992, tendo sido contratado assim que chegou.  Após ter se aposentado, tornou-se presidente da Foundation for Economic Education, 1992-1997.  Foi um scholar adjunto do Mises Institute e, em outubro de 2004, ganhou prêmio Gary G. Schlarbaum por sua defesa vitalícia da liberdade.
Tradução: Leandro Roque

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

"O que significa crer hoje?"


Bento XVI
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Queridos irmãos e irmãs,
Quarta-feira passada, com o início do Ano da Fé, comecei uma nova série de catequeses sobre a fé. E hoje gostaria de refletir com vocês sobre uma questão fundamental: o que é a fé? Ainda há um sentido para a fé em um mundo cuja ciência e a técnica abriram horizontes até pouco tempo impensáveis? O que significa crer hoje? De fato, no nosso tempo é necessária uma renovada educação para a fé, que inclua um conhecimento das suas verdades e dos eventos da salvação, mas que sobretudo nasça de um verdadeiro encontro com Deus em Jesus Cristo, de amá-lo, de confiar Nele, de modo que toda a vida seja envolvida.

Hoje, junto a tantos sinais do bem, cresce ao nosso redor também um certo deserto espiritual. Às vezes, tem-se a sensação, por certos acontecimentos dos quais temos notícia todos os dias, que o mundo não vai em direção à construção de uma comunidade mais fraterna e mais pacífica; as mesmas ideias de progresso e de bem estar mostram também as suas sombras. Apesar da grandeza das descobertas da ciência e dos sucessos da técnica, hoje o homem não parece  verdadeiramente mais livre, mais humano; permanecem tantas formas de exploração, de manipulação, de violência, de abusos, de injustiça...Um certo tipo de cultura, então, educou a mover-se somente no horizonte das coisas, do factível, a crer somente no que se vê e se toca com as próprias mãos. Por outro lado, cresce também o número daqueles que se sentem desorientados e, na tentativa de ir além de uma visão somente horizontal da realidade, estão dispostos a crer em tudo e no seu contrário. Neste contexto, surgem algumas perguntas fundamentais, que são muito mais concretas do que parecem à primeira vista: que sentido tem viver? Há um futuro para o homem, para nós e para as novas gerações? Em que direção orientar as escolhas da nossa liberdade para um êxito bom e feliz da vida? O que nos espera além do limiar da morte?

Destas insuprimíveis perguntas emergem como o mundo do planejamento, do cálculo exato e do experimento, em uma palavra o saber da ciência, mesmo sendo importante para a vida do homem, sozinho não basta. Nós precisamos não apenas do pão material, precisamos de amor, de significado e de esperança, de um fundamento seguro, de um terreno sólido que nos ajude a viver com um senso autêntico também nas crises, na escuridão, nas dificuldades e nos problemas cotidianos. A fé nos dá exatamente isto: é um confiante confiar em um “Tu”, que é Deus, o qual me dá uma certeza diferente, mas não menos sólida daquela que me vem do cálculo exato ou da ciência. A fé não é um simples consentimento intelectual do homem e da verdade particular sobre Deus; é um ato com o qual confio livremente em um Deus que é Pai e me ama; é adesão a um “Tu” que me dá esperança e confiança. Certamente esta adesão a Deus não é privada de conteúdo: com essa sabemos que Deus mesmo se mostrou a nós em Cristo, mostrou a sua face e se fez realmente próximo a cada um de nós. Mais, Deus revelou que o seu amor pelo homem, por cada um de nós, é sem medida: na Cruz, Jesus de Nazaré, o Filho de Deus feito homem, nos mostra do modo mais luminoso a que ponto chega este amor, até a doação de si mesmo, até o sacrifício total. Com o Mistério da Morte e Ressurreição de Cristo, Deus desce até o fundo na nossa humanidade para trazê-la de volta a Ele, para elevá-la à sua altura. A fé é crer neste amor de Deus que não diminui diante da maldade do homem, diante do mal e da morte, mas é capaz de transformar cada forma de escravidão, dando a possibilidade da salvação.Ter fé, então, é encontrar este “Tu”, Deus, que me sustenta e me concede a promessa de um amor indestrutível que não só aspira à eternidade, mas a doa; é confiar-se em Deus como a atitude de uma criança, que sabe bem que todas as suas dificuldades, todos os seus problemas estão seguros no “Tu” da mãe. E esta possibilidade de salvação através da fé é um dom que Deus oferece a todos os homens. Acho que deveríamos meditar com mais frequência – na nossa vida cotidiana, caracterizada por problemas e situações às vezes dramáticas – sobre o fato de que crer de forma cristã significa este abandonar-me com confiança ao sentido profundo que sustenta a mim e ao mundo, aquele sentido que nós não somos capazes de dar, mas somente de receber como dom, e que é o fundamento sobre o qual podemos viver sem medo. E esta certeza libertadora e tranquilizante da fé devemos ser capazes de anunciá-la com a palavra e de mostrá-la com a nossa vida de cristãos.

Ao nosso redor, porém, vemos todos os dias que muitos permanecem indiferentes ou recusam-se a acolher este anúncio. No final do Evangelho de Marcos, hoje temos palavras duras do Ressuscitado que diz: “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” (Mc 16, 16), perde a si mesmo. Gostaria de convidá-los a refletir sobre isso. A confiança na ação do Espírito Santo, nos deve impulsionar sempre a andar e anunciar o Evangelho, ao corajoso testemunho da fé; mas além da possibilidade de uma resposta positiva ao dom da fé, há também o risco de rejeição ao Evangelho, do não acolhimento ao encontro vital com Cristo. Santo Agostinho já colocava este problema em seu comentário da parábola do semeador: “Nós falamos – dizia – lançamos a semente, espalhamos a semente. Existem aqueles que desprezam, aqueles que reprovarão, aquelas que zombam. Se nós temos medo deles, não temos mais nada a semear e no dia da ceifa ficaremos sem colheita. Por isso venha a semente da terra boa” (Discurso sobre a disciplina cristã, 13, 14: PL 40, 677-678). A recusa, portanto, não pode nos desencorajar. Como cristãos somos testemunhas deste terreno fértil: a nossa fé, mesmo com nossos limites, mostra que existe a terra boa, onde a semente da Palavra de Deus produz frutos abundantes de justiça, de paz e de amor, de nova humanidade, de salvação. E toda a história da Igreja, com todos os problemas, demonstra também que existe a terra boa, existe a semente boa, e traz fruto.

Mas perguntamo-nos: de onde atinge o homem aquela abertura do coração e da mente para crer no Deus que se fez visível em Jesus Cristo morto e ressuscitado, para acolher a sua salvação, de forma que Ele e seu Evangelho sejam o guia e a luz da existência? Resposta: nós podemos crer em Deus porque Ele se aproxima de nós e nos toca, porque o Espírito Santo, dom do Ressuscitado, nos torna capazes de acolher o Deus vivo. A fé então é primeiramente um dom sobrenatural, um dom de Deus. O Concílio Vaticano II afirma: “Para que se possa fazer este ato de fé, é necessária a graça de Deus que previne e socorre, e são necessários os auxílios interiores do Espírito Santo, o qual mova o coração e o volte a Deus, abra os olhos da mente, e doe a todos doçura para aceitar e acreditar na verdade’” (Cost. dogm. Dei Verbum, 5). Na base do nosso caminho de fé tem o Batismo, o sacramento que nos doa o Espírito Santo, fazendo-nos tornar filhos de Deus em Cristo, e marca o ingresso na comunidade de fé, na Igreja: não se crê por si próprio, sem a vinda da graça do Espírito; e não se crê sozinho, mas junto aos irmãos. A partir do Batismo cada crente é chamado a re-viver e fazer própria esta confissão de fé, junto aos irmãos.

A fé é dom de Deus, mas é também ato profundamente livre e humano. O Catecismo da Igreja Católica o diz com clareza: “É impossível crer sem a graça e os auxílios interiores do Espírito Santo. Não é, portanto, menos verdade que crer é um ato autenticamente humano. Não é contrário nem à liberdade e nem à inteligência do homem” (n. 154). Mas, as implica e as exalta, em uma aposta de vida que é como um êxodo, isso é, um sair de si mesmo, das próprias seguranças, dos próprios esquemas mentais, para confiar na ação de Deus que nos indica a sua estrada para conseguir a verdadeira liberdade, a nossa identidade humana, a verdadeira alegria do coração, a paz com todos. Crer é confiar com toda a liberdade e com alegria no desenho providencial de Deus na história, como fez o patriarca Abraão, como fez Maria de Nazaré. A fé, então, é um consentimento com o qual a nossa mente e o nosso coração dizem o seu “sim” a Deus, confessando que Jesus é o Senhor. E este “sim” transforma a vida, abre a estrada para uma plenitude de significado, a torna nova, rica de alegria e de esperança confiável.

Caros amigos, o nosso tempo requer cristãos que foram apreendidos por Cristo, que cresçam na fé graças à familiaridade com a Sagrada Escritura e os Sacramentos. Pessoas que sejam quase um livro aberto que narra a experiência da vida nova no Espírito, a presença daquele Deus que nos sustenta no caminho e nos abre à vida que nunca terá fim. Obrigado.

Ao final o Santo Padre dirigiu a seguinte saudação em português:
Uma cordial saudação para todos os peregrinos de língua portuguesa, com menção particular dos grupos de diversas paróquias e cidades do Brasil, que aqui vieram movidos pelo desejo de afirmar e consolidar a sua fé e adesão a Cristo: o Senhor vos encha de alegria e o seu Espírito ilumine as decisões da vossa vida para realizardes fielmente o projeto de Deus a vosso respeito. Acompanha-vos a minha oração e a minha Bênção.

(Fonte: Zenit.org / Trad. MEM)

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Como Lewandowski julgaria Hitler

"Senhores, não existem filmes, fotos, nem testemunhas de Hitler abrindo registro de gás em campos de concentração, nem apertando o botão de uma Bomba V2 apontada para Londres, pilotando um caça Stuka, dirigindo um tanque Panzer, disparando um torpedo de um submarino classe U-Boat sobre seu comando a navegar no Atlântico ou mesmo demonstrando habilidades no manuseio de um canhão antiaéreo Krupp, manipulando uma metralhadora MP40, uma pistola Walther P-38 ou simplesmente dirigindo um jipe Mercedez Benz acompanhado do general Von Rommel pelos desertos do norte da África.

Por isto, parece claro que não existe nada a incriminá-lo. Com certeza, ele não sabia de nada. Não via nada. A oposição diz que foram queimados documentos incriminatórios importantes, mas nada, absolutamente nada foi comprovado, apenas evidenciou-se a existência de cinzas e destroços por todos lados que somente foram trazidos com a chegada dos americanos e russos que não fazem parte da peça de acusação do proceso entregue pelo "Parquet"; o Sr. Procurador.

Afinal, ele seria apenas um Chanceler e presidente do Partido Nazista; ou seja. ele não passava de um mequetreque. Jamais foi pego, ou mesmo visto transportando armamentos debaixo dos braços (tipo pão francês) ou carregando pacotes de dinheiro nas cuecas.
Alguns relatos que citavam seu nome eram meros registros de co-réus, como alguns membros da Gestapo, os quais, por conseguinte, carentes de confiabilidade. 

Outros relatos são de inimigos figadais - os denominados "Países Aliados" e assim longe de merecerem qualquer relevância para serem tomadas como fundamentos de acusação. 

Alguns o acusam de ter invadido Paris e desfilado sob o Arco do Triunfo. Esta é mais uma acusação inventiva dos opositores. Ele apenas foi visitar seu cordial amigo o General De Gaule que infelizmente havia viajado para o sul da França. Ele então, teria apenas aproveitado a sua viagem para passear e fazer compras na Avenue de Champs Elisé com seus amigos. Qualquer outra conclusão é mera ilação ou meras conjecturas que atentam a qualquer inteligência mediana. Por aí, vemos que nada, contribui para a veracidade das acusações.

Não afasto a possibilidade dele ser o suposto mentor intelectual, mas nada, repito, nada consubstancia esta hipótese nos autos. E olha que procurei em mais de 1 milhão e 700 mil páginas em 10.879 pastas do processo. 
E não podemos esquecer que ele foi vítima de diversos atentados que desejavam sua morte, articulados pela mídia e pelas potentes e inconformadas forças conservadoras. Seus ministros como Goebels, Himmiler, Rudolf Hess e outros também nada sabiam. Eram coadjuvantes do NADA; sem nenhuma responsabilidade de "facto". 

O holocausto talvez tenha sido um suicídio coletivo ao estilo do provocado há anos nos EUA pelo Pastor Jim Jones. É, ainda hoje, um tema controverso. Assim trago aos pares, como contraponto, a tese defendida pelo filósofo muçulmano Almanidejah que garante a inexistência de tal desgraça da humanidade.

Assim - já estou me dirigindo para encerrar meu voto, Sr. Presidente - afirmando acreditar que todos eles foram usados, trapaceados por algum aloprado tesoureiro de um banco alemão que controlava financeiramente a tudo e a todos; especialmente os projetos políticos e as doação corruptivas. E tudo em nome da realização de um plano maquiavélico individual de domínio total que concebeu e monitorava do porão da sua pequenina casa nos Alpes. 

Enfim, depois de exaustivas e minuciosas vistas nos autos, especialmente nos finais de semana, trago aos pares novos dados que peço ao meu colaborador Adolfo para distribuir a todos. Depois desta minha "assentada" declaro a improcedência da ação, inocentando por completo o réu por falta de provas. É como voto Sr. Presidente."

(não tenho informações da autoria) 

sábado, 13 de outubro de 2012

Mulheres

Dias atrás li, no Facebook, uma frase no status de um menino de 16 anos, muito inteligente, que dizia o seguinte:

"A mulher perfeita provavelmente é cega e muda: não fala nada e não tem olhos para outros caras."

Logo me veio à mente uma resposta para aquele menino. Mas, em seguida, me veio outra, e mais outra, e várias respostas. Resolvi, então, escrever todas num texto só.

Por Raquel Nascimento Pereira

sábado, 6 de outubro de 2012

Aconteça o que acontecer...


Aconteça o que acontecer, mesmo num mundo aniquilado em três quartas partes pela arma absoluta, haverá sempre, no fundo de um esconderijo qualquer, um pequeno rebanho apertado em torno de uma mesa e um homem consagrado a partir e a distribuir o Pão vivo. (François Mauriac)

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Para um País que não sabe LER, tudo parece ser bom é válido


As forças ideológicas anticristãs atuam de modo sutil e sofisticado, especialmente no campo SEMÂNTICO:  mudar o significado e o conteúdo das palavras é uma estratégia para que a reengenharia social seja aceita por todos, sem protestar.

“Estamos em meio a uma batalha da qual uma das frentes mais importantes é a SEMÂNTICA. Por exemplo, temos visto que o termo PATERNIDADE RESPONSÁVEL, na boca de um político, segundo os códigos universalizados pelas Nações Unidas, não terá o mesmo significado contido nos documentos da Igreja. No linguajar de alguns parlamentares poderia significar, segundo as circunstâncias, desde a distribuição maciça de contraceptivos até mesmo a intenção oculta de promover o aborto. O mesmo se poderia dizer da expressão VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER ou mesmo do termo TORTURA, palavras que o comum das pessoas nem imagina que possam esconder uma referência ao suposto direito ao aborto e outras aberrações.” (Poder Global e Religião Universal)

Veja um exemplo do uso da SEMÂNTICA na notícia de hoje, do Blog de Reinaldo Azevedo, colunista da Veja
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ATENÇÃO SENADORES! ATENÇÃO, BRASILEIROS!
CAIU A MÁSCARA!
Coordenador da reforma do Código Penal confessa:
"NÓS RECONHECEMOS ORGULHOSAMENTE A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO!"

Fim de papo!
Fim de conversa!
Agora já temos a confissão!
O objetivo da dita “comissão de juristas” que elaborou a nova proposta de Código Penal (que contou com um candidato ao Supremo Tribunal Federal), que está no Senado, era mesmo legalizar o aborto, CONTRA A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL e sem debater com ninguém.
Já escrevi um longo texto a respeito daquela proposta aloprada. O título é também longo, a saber: “Proposta de Código Penal libera o aborto, faz a vida humana valer menos que a de um cachorro, deixa-se pautar pela Marcha da Maconha, flerta com o “terrorismo do bem” e entrega nossas escolas ao narcotráfico. Fernandinho Beira-Mar e Marcola não pensariam em nada mais adequado a seus negócios!
Evidenciava naquele post e em outros tantos que os ditos juristas estavam propondo a legalização do aborto, o que eles negavam. E por que eu afirmava aquilo? Por causa do Artigo 128, a saber:Art. 128. Não há crime de aborto:
I – se houver risco à vida ou à saúde da gestante;
II – se a gravidez resulta de violação da dignidade sexual, ou do emprego não
consentido de técnica de reprodução assistida;
III – se comprovada a anencefalia ou quando o feto padecer de graves e incuráveis anomalias que inviabilizem a vida extrauterina, em ambos os casos atestado por dois médicos; ou
IV – se por vontade da gestante, até a décima segunda semana da gestação, quando o médico ou psicólogo constatar que a mulher não apresenta condições psicológicas de arcar com a maternidade.
Parágrafo único. Nos casos dos incisos II e III e da segunda parte do inciso I deste artigo, o aborto deve ser precedido de consentimento da gestante, ou, quando menor, incapaz ou impossibilitada de consentir, de seu representante legal, do cônjuge ou de seu companheiro.
Como se lê acima, o que se tem é a legalização do aborto. Basta, para tanto, que a mulher alegue não ter “condições psicológicas” de arcar com a gravidez. Mas os doutores não ficaram só nisso, não! Nos abortos feitos fora das prescrições legais, a pena, que era de dois a quatro anos, caiu para de seis meses a dois anos. Atenção! Essa mesma proposta pune com dois a quatro anos quem destruir um ninho de passarinho, impedir a reprodução de animais ou, pasmem!, usar ratinhos de laboratório se ficar comprovado que a pesquisa poderia ser feita sem eles. Vocês entenderam direito: os sábios se reuniram e decidiram que matar um feto de oito ou nove meses de gestação pode render pena de apenas seis meses (e, portanto, pena nenhuma). Já quem matar um camundongo corre o risco de ficar quatro anos em cana.
É a revolução dos tarados morais. Sabem aquela pergunta clichê “Você é um homem ou um rato?” No Brasil daqueles “juristas”, o vantajoso é ser um rato.
Denunciei isso aqui muitas vezes. Apontei que se tratava, na prática, da legalização do aborto — essa mesma comissão descrimina o consumo de drogas e, na prática, legaliza o pequeno tráfico — e, pois, o grande. Naquele texto, explico por quê. Pois bem, os defensores da proposta negavam que assim fosse.
Entre AspasA jornalista Mônica Waldvogel, que comanda o programa “Entre Aspas”, na GloboNews, convidou para debater a proposta de novo código o procurador Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, que coordenou a comissão dos sábios, e a excelente Janaina Conceição Paschoal, professora de direito da Universidade de São Paulo. Para assistir à integra do programa, clique aqui. Gonçalves tentou ser irônico com os críticos das propostas alopradas, mas foi malsucedido. Janaina o triturou.
Prestem atenção ao que se dá a partir dos 16min58s, quando a professora aborda a questão do aborto. Ela demonstra que, na prática, se trata de legalização (tarefa que não compete à comissão, diga-se, que não pode reformar a Constituição!), não de tutela da saúde da mulher, e a evidência é a diminuição da pena para os abortos feitos fora das prescrições do Artigo 128.
E o que fez o buliçoso Gonçalves, que já havia negado em várias entrevistas que a comissão estivesse propondo a legalização do aborto? Ele admitiu que é isso mesmo, com todas as letras. Aos 16min45s do programa, afirma: “Nós reconhecemos orgulhosamente” (a legalização). E segue repetindo “orgulhosamente, orgulhosamente”. Na sequência, diz que a proposta foi aprovada por unanimidade na comissão. Ah, foi, é? Então o Senado terá duas tarefas: uma delas é jogar no lixo boa parte das propostas; outra possível é fazer a devida sabatina a um provável candidato ao Supremo. Trato disso no post abaixo deste.
PerguntaQue arrogância a deste senhor Gonçalves! Vale a pena ver a entrevista para constatar o seu tom militante, desafiador. Quem lhe deu licença para o que entendo ser uma forma de trapaça intelectual e jurídica? Quem lhe outorgou o papel de reformador da Constituição ao coordenar o que deveria ser uma proposta de reforma do Código Penal? Se ele quer legalizar o aborto “orgulhosamente”, por que não se candidata à Câmara ou ao Senado Federal e, se eleito, propõe uma emenda constitucional?
Enquanto coordenava os trabalhos, ele procurava se mostrar parcimonioso e cerimonioso. Agora não mais. Confessa-se um militante da causa do aborto “orgulhosamente” e diz com todas as letras que a comissão fez aquilo que seus críticos diziam que tinha mesmo feito, embora ele negasse de pés juntos.
Eis aí! No país de Gonçalves, matar um rato pode ser mais grave do que matar um homem.
Orgulhosamente!
Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 21 de agosto de 2012

AÇÕES PESSOAIS E IMEDIATAS CONTRA A NOVA ORDEM MUNDIAL


1º) O discernimento (=Ser verdadeira e profundamente cristão e católico; separar o joio do trigo);
2º) Ter cautela com o pacifismo, ecologismo e ecumenismo e rejeitá-los (não é ser contra a paz, nem contra a ecologia, mas ser contra a militância que nos engana);
3º) Valorização e defesa da Ordem Natural (= Direito Natural e Lei Natural);
4º) Defender os princípios não negociáveis
        a) Respeito à vida humana desde a concepção até a morte natural (ser contra o aborto e contra a eutanásia);
        b) Defesa do casamento como união de um homem com uma mulher (não aceitar nenhuma proposta diferente);
        c) Defender os direitos e deveres dos pais de educar seus filhos segundo suas convicções e respeito ao pátrio poder;
        d) Rejeitar e condenar a experimentação com embriões humanos
5º) Opor-se com firmeza ao PNDH-3 em sua totalidade;
6º) Tirar da cabeça a falsa inevitabilidade (romper o silêncio, não se acomodar em hipótese alguma, resistir sempre e não desistir jamais)
Ajude a aperfeiçoar o elenco de propostas.
Lembre-se: O Império Romano se desmoronou e não existe mais; os cristãos sobreviveram e estão aqui hoje. Um novo apostolado nos chama ao dever.
Anatoli Oliynik

terça-feira, 31 de julho de 2012

Elba Ramalho denuncia governo Dilma por promover o aborto

“Querida presidente, eu fui a uma reunião sua, quando a senhora disse que não legalizaria o aborto no Brasil. E muito me entristece hoje, como artista e cidadã brasileira, ver o seu governo caminhar por vias contrárias e enganadoras, tentando convencer a nossa sociedade, amparando grupos feministas patrocinados por empresas internacionais, multinacionais que querem produzir a morte, exigindo mais abortos no Brasil como controle de natalidade. Muito me entristece que a senhora seja conivente com isso." (Elba Ramalho)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O AVANÇO DO COMUNISMO NA AMÉRICA LATINA

UM ALERTA AO POVO BRASILEIRO!


PALESTRA DE GRAÇA SALGUEIRO NO CIRCAPE
Escrito por Graça Salgueiro em 23 de julho de 2012.
No dia 13 de junho passado, fui convidada pelo Círculo Católico de Pernambuco (CIRCAPE) para proferir uma palestra cujo título foi “O avanço do comunismo na América Latina e suas conseqüências catastróficas na sociedade”.
Foi um encontro muito agradável e surpreendente, pois naquele dia chovia a cântaros em Recife e imaginei que poucas pessoas se disporiam a sair de suas casas, à noite, com toda aquela chuva, para ouvir uma palestra sobre um tema que não se discute muito por absoluta falta de interesse no que se passa ao nosso redor. Entretanto, e apesar desse inconveniente, para minha surpresa o auditório estava com quase cem pessoas e no debate que se seguiu depois, pude constatar com alegria que tratava-se de pessoas inteligentes e com conhecimento do tema.
Um dos temas abordados foi sobre a “Comissão da Verdade”, no qual pude fazer uma reflexão sobre oprojeto de destruir e desmoralizar as Forças Armadas do continente, que remonta aos anos 2004-2006. Nessa reflexão comentei que tal comissão afirma que “não tem caráter punitivo nem força de lei” mas que isto era apenas para calar a voz dos militares e civis que se posicionaram contra e que, mais adiante, encontrariam uma maneira de colocar adendos, ressalvas ou outro artifício jurídico para punir os militares - mesmo não podendo tirá-los da Lei da Anistia por determinação do STF -, com julgamentos e prisões como já ocorre na Argentina, Chile, Uruguai e Colômbia.
 Pois bem, não levou muito tempo para que minha reflexão se mostrasse totalmente correta, pois ontem o jornal Folha de São Paulo publicou uma matéria onde consta que o Coronel Lício Maciel, herói da guerrilha do Araguaia, agora está sendo acusado de “seqüestrador” de um terrorista daquela guerrilha, e que crime de “seqüestro qualificado” prevê de dois a oito anos de prisão. Quer dizer, não podendo “desanistiá-los”, inventam-se outros tipos de crimes que são inafiançáveis e imprescritíveis, segundo o nosso ordenamento jurídico, conquanto que seu objetivo de destruí-los completamente seja alcançado. Proximamente escreverei sobre este fato asqueroso e injustificável contra o Coronel Lício Maciel.
Como a palestra foi longa, o vídeo foi dividido em 5 partes que podem ser vistas abaixo.
PARTE I

PARTE II

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Maria Angélica fala na Subcomissão permanente da Mulher sobre o tema ABORTO

A confreira Maria Angélica fala na Subcomissão Permanente da Mulher sobre o tema aborto e recebe salva de palmas. 


"Por que vocês, que se dizem representantes da mulher brasileira, insistem a ir ao contrário da democracia? Nós já pronunciamos, o tempo todo, que a mulher brasileira NÃO TEM INTERESSE na legalização do aborto, e isso quase custou a eleição da Dilma, e vocês sabem disso! Por que vocês não falam claramente que o interesse de vocês em legalizar o aborto é porque são financiados por organismos internacionais? Falem a verdade!!! (...) Vocês não nos representam."

ASSISTA E DIVULGUE:

Olavo de Carvalho explica o comunismo no Brasil

PARTE I
  

PARTE II
  

PARTE III
  

PARTE IV

terça-feira, 26 de junho de 2012

ORGULHO DE SER CATÓLICO


Discurso proferido no City Club de Cleveland, Ohio, por Samuel H. Miller, grande empresário dessa localidade, dono da Co-Chairman of the Board de Forest City, uma das maiores companhias do setor imobiliário dos Estados Unidos. O discurso foi publicado pelo Buckeye Bulletin. 

(Só para esclarecer, Miller não é católico, é judeu.)
 
“Talvez seja mais fácil para mim dizê-lo, porque não sou católico: já sofri perseguição o suficiente, mais que o suficiente, como Judeu; já basta!

No decurso da minha vida, jamais vi um ataque mais revanchista mais insidioso, mais preconceituoso que o que observei nos últimos anos contra a Igreja Católica; e o que é mais estranho é o fato de acontecer nos Estados Unidos e na América toda, onde se supõe que existe um absoluto respeito por todas as confissões religiosas. 

Sabia que em 2007 havia no mundo 1.115 milhões de católicos batizados?

Pois, desse total, a América tem a maior quantidade, 51%, que soma uns 547 milhões; a Europa, 26%, uns 282 milhões; a África, 16%, uns 147 milhões; a Ásia, 13%, o que equivale a uns 116 milhões; e na Oceania, está uns 0,8%, ou seja, uns 9 milhões. 

Fico pensando, qual é a verdadeira razão para que alguns meios e grupos se unam numa permanente e feroz perseguição contra uma das mais importantes instituições da Humanidade, como o é a Igreja Católica? 

Após a Guerra Civil (Americana) em 1864, os fundamentalistas, os conservadores, os Anglo-saxônicos, iniciaram a trágica moda de queimar Cruzes de um lado ao outro do país, especialmente no Sul. Pois bem, no que a mim me diz respeito, muito pouco mudou desde então.

Poucos conhecem e menos ainda se divulga, que só nos Estados Unidos, a Igreja Católica educa a 2,6 milhões de estudantes, o que lhe custa mais de 10.000 milhões de dólares por ano.

Na Espanha, por sua vez, 5.141 centros católicos de ensino formam cerca de um milhão de alunos, isentando o Estado de três milhões de euros por centro e por ano! 

Os estudantes dos centros católicos de ensino em todo o mundo terminam os seus estudos universitários em 92%; com dinheiro exclusivo dos fiéis católicos; enquanto a educação laica estatal é paga com os impostos de toda a população, incluindo a dos católicos.

A lista dos 100 hospitais mais cotados dos Estados Unidos, não só é encabeçada pelo Saint Joseph’s Hospital and Medical Center de Phoenix, Arizona, entidade que presta os seus serviços por mais de 115 anos contínuos, como 28 dos outros hospitais são também dirigidos e mantidos pela Igreja Católica.

Um de cada cinco americano vai a um hospital católico. 

Pois bem, se nos Estados Unidos há mais de 260 centros médicos católicos, na Espanha 107 hospitais católicos isentam ao Estado e aos contribuintes de 50 milhões de euros silos, centros de inválidos, centro de doentes terminais de AIDS e outras doenças e albergues, com mais de 51.300 camas, isentam o estado de gastar outros quatro milhões de euros por centro ao ano.

No total, a Igreja Católica administra 26 por cento dos centros hospitalares e de ajuda sanitária e humanitária que existem em todo o mundo! 

Também na Espanha, o gasto da Cáritas ao ano é de 155 milhões de euros, proveniente do bolso dos católicos espanhóis; o gasto da entidade, de Mãos Unidas soma outros 43 milhões de euros do mesmo bolso; o gasto das Pontifícias Obras Missionárias chega a 21 milhões de euros, imaginam de onde sai esse dinheiro? E, além disso, há 365 centros de reeducação para marginais sociais, prostitutas, ex-presidiários e drogados, umas 53.100 pessoas permanentemente, que libera o Estado e aos não católicos do país de gastar mais de meio milhão de euros por centro em cada anualidade. 

Isso, sem falar dos 937 orfanatos espanhóis que cuidam de 10.835 crianças abandonadas, isentando o Estado, de cerca de uns 100.000 euros anuais por centro.

Ah! E 80% do gasto de conservação e manutenção do Patrimônio Histórico-Artístico espanhol é feito pela Igreja Católica com as doações dos seus fiéis, tendo-se calculado um valor aproximado de não investimento por parte do Estado de cerca 32.000 a 36.000 milhões de euros ao ano! 

Quanto custa manter para a Humanidade tantas e tão monumentais obras históricas da cristandade? Pode alguém sequer imaginar o trabalho que isso implica não só do ponto de vista logístico, como financeiro?

Com que dinheiro se conservam as grandes obras do mundo católico? Desde já, digo que não é com o dinheiro de quem ataca a Igreja.

Mas há por acaso algum impedimento para que toda a Humanidade possa deleitar-se, visitando essas formosas obras? Nenhum!

Somemos a isso, a totalidade de pessoas que trabalham ou colaboram com as obras de caridade católicas; trabalham pelos outros sem pedir em troca um salário, realizando-o para ajudar o próximo. Em quanto creem que poderíamos quantificar esse trabalho? 

Ou, em quanto poderíamos taxar as vidas de tantas Religiosas católicas, que trabalham só por amor ao próximo nos lugares mais hostis, pobres e perigosos do mundo?

Atacam sem saber da estatística. Somente 1,7 % do clero católico (lembrando que não são padres que se tornaram pedófilos, mas pedófilos que conseguiram chegar ao Sacerdócio sem serem descobertos) foi declarado culpado pelo crime de pedofilia, destes, 80% já foram afastados e os outros irão em seguida.

Um estudo recente sobre os sacerdotes mostrou que a maioria é feliz desempenhando o seu sacerdócio e que estão melhor do que supunham; além disso, a maioria, diante da opção, voltaria a escolher o sacerdócio apesar de todos os ataques que a Igreja Católica vem recebendo e das dificuldades que encontram no exercício da missão.

A vossa religião ofereceu consolo e fortaleza a milhares de seres em todo o planeta, mesmo no meio das mais difíceis circunstâncias em todas as épocas, dando-lhes uma razão para seguir em frente quando tudo já parecia perdido.

O valor dessa única circunstância é inestimável em termos do progresso da Humanidade, já que ajuda a formar nos valores, homens e mulheres.

A oração, não só leva os católicos a identificar as suas próprias aspirações e dificuldades com Jesus, mas, também lhes permite reconhecer as necessidades dos outros e manifestar a sua aspiração em combater as injustiças, permitindo-lhes assim exprimir a sua solidariedade.

Hoje, a Igreja Católica encontra-se sangrando. A agonia que os católicos sentem e sofrem não é necessariamente culpa da Igreja. A Igreja está sendo atingida por um pequeno número de sacerdotes desviados, sendo que a maioria já foram suspensos e outros, sê-lo-ão a seguir.

Caminhem com os ombros e a cabeça levantados. Sintam-se orgulhosos de serem membros da instituição não governamental mais importante do mundo.

Assim diz o profeta Jeremias (6, 16): ‘Permaneçam nos Caminhos de Deus, busquem as estradas do Bem, e caminhem por elas para o descanso para as vossas almas’.

Defendam a vossa FÉ com orgulho e reverência, e avaliem o muito que a vossa religião fez e continua a fazer por todas as outras religiões e pessoas do mundo! Tenham orgulho de ser católicos.

PALAVRAS DE SAMUEL H. MILLER, EMPRESÁRIO AMERICANO, JUDEU.