Pesquisar neste blog

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Sede misericordiosos

Papa Francisco nos chama à raiz do cristianismo, ao amor com que o próprio Jesus nos amou, ao extremo de doar a nossa vida pelos nossos irmãos até à morte, se preciso. Este é o resumo dos Evangelhos, é o que cada um de nós deveria fazer. Os tempos são difíceis, e levantar uma luz neste mundo de trevas chega a ser um ato heróico, um ato de santidade mesmo, que só é possível por Cristo, com Cristo e em Cristo. Fora dele não há como amar assim, tão eloquentemente, tão despojadamente, tão destemidamente.
Mas como amar assim, se nossos próprios corações estão machucados? Como sermos cristãos "em saída", se estamos nós do lado de fora? Como sermos misericordiosos, se os nossos corações estão fragmentados?
Por isso a necessidade de deixarmos para trás as mazelas, as discussões vãs, as acusações mútuas e buscar o que realmente interessa, ou seja, voltar o nosso olhar e coração para aquilo que nos faz cristãos de fato.
Por isso a necessidade de tornar a pertença ao catolicismo algo simples, sem perda de tempo com tantas burocracias e papeladas, até porque o tempo urge. Precisamos correr ao encontro do Senhor, como a Samaritana correu para anunciar o Cristo, como Maria foi às pressas visitar Isabel. Precisamos correr ao encontro do que realmente interessa, do que nos leva efetivamente à santidade.
Se pensarmos bem, a misericórdia é um ato que nem nos deveria ser pedido. Ela deveria brotar dos corações unidos ao Senhor como o galho brota da árvore, alimentando-se da sua seiva e dando o seu fruto. Se Francisco nos pede isso, é porque somos galhos secos, rachados ou mesmo quebrados. Afastamo-nos da seiva, que nos alimenta do Amor. Não somos um, e o Corpo místico de Cristo anda doente em seus membros. Então é preciso fazer esse exercício da misericórdia, para aprendermos a tratar uns dos outros, curando-nos uns aos outros. Quem sabe assim brote o amor em nossos corações, e quem sabe assim o Corpo de Cristo se eleve, saudável, para a redenção do mundo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário