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A DESOBEDIÊNCIA é o pecado de Adão:
“Pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores” (Rm 5, 19).
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OBEDIÊNCIA NA
MORAL CATÓLICA – por Frederico Tillmann
A lei
natural é a promulgação da lei eterna. É a soma das prescrições morais que o
homem pode, com as luzes da razão, deduzir pela consideração de si mesmo e da
natureza ambiente. (p. 18)
[...] Daí
segue que a OBEDIÊNCIA a Deus não constrange a nossa liberdade. Pela imposição
de sua vontade, Deus auxilia o homem a vencer-se a si mesmo. Obedecendo aos
impulsos da natureza, o homem seria um escravo de seus instintos e paixões. (p.
61)
[...]
Instituída que foi para zelar o tesouro da fé, a Igreja não só tem o direito,
mas até a obrigação de promulgar leis em defesa da fé, ainda que tais leis
sejam praticamente frustradas pela desobediência de maus católicos. Da parte
dos fiéis existe a estrita obrigação de aceitarem as normas da Igreja, e de
observarem-nas sem acepção de pessoas. (p. 43)
[...] A
OBEDIÊNCIA à Igreja deve ser a atitude de um filho grato e amoroso. Servilismo
é a negação do amor à Igreja. O bom católico sabe perfeitamente que os
preceitos da Igreja não visam outra coisa, senão o maior bem espiritual de seus
filhos. Ainda que não compreenda às vezes as intenções da Igreja, o bom
católico não deixa jamais de observar as suas leis, e de manter a união e a
concórdia entre os fiéis. (p. 115)
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OBEDIÊNCIA NA IMITAÇÃO DE CRISTO
Grande coisa é viver na obediência, sob a direção de um superior, e não dispor da própria vontade. Muito mais seguro é obedecer que mandar. Muitos obedecem mais por necessidade que por amor: por isso sofrem e facilmente murmuram. Esses não alcançarão a liberdade de espírito, enquanto não se sujeitarem de todo o coração, por amor de Deus. Anda por onde quiseres: não acharás descanso senão na humilde sujeição e obediência ao superior. A imaginação dos lugares e mudanças a muitos tem iludido.
Verdade é que cada um gosta de seguir seu próprio parecer e mais se inclina àqueles que participam de sua opinião. Entretanto, se Deus está conosco, cumpre-nos, às vezes, renunciar ao nosso parecer por amor da paz. Quem é tão sábio que possa saber tudo completamente? Não confies, pois, demasiadamente em teu próprio juízo; mas atende também, de boa mente, ao dos demais. Se o teu parecer for bom e o deixares, por amor de Deus, para seguires o de outrem, muito lucrarás com isso.
Com efeito, muitas vezes ouvi falar que é mais seguro ouvir e tomar conselho que dá-lo. É bem possível que seja acertado o parecer de cada um: mas não querer ceder aos outros, quando a razão ou as circunstâncias o pedem, é sinal de soberba e obstinação.
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OBEDIÊNCIA no
Catecismo da Igreja Católica
1269 – Feito
membro da Igreja, o batizado não pertence mais a si mesmo, mas àquele que
morreu e ressuscitou por nós. Logo, é chamado a submeter-se aos outros, a
servi-los na comunhão da Igreja, a ser “obediente e dócil” aos chefes da Igreja
e a considerá-los com respeito e afeição.
O PECADO DA
DESOBEDIÊNCIA no Catecismo da Igreja Católica
1733 –
Quanto mais o homem fizer o bem, mais livre se torna. Não há verdadeira
liberdade senão no serviço do bem e da justiça. A opção pela desobediência é um
abuso da liberdade e conduz à escravidão do pecado.
OBEDIÊNCIA
em Santa Teresa de Jesus (Teresa D’Avila)
“Ó virtude
da obediência, que tudo podes! Sempre que o Senhor mandava alguma coisa durante
a oração, se o confessor me mandava outra, o Senhor voltava a falar-me,
dizendo-me que obedecesse ao confessor.”
- Sim,
porque “Tudo - absolutamente TUDO –
concorre para o bem dos que amam a Deus” (Rm 8, 26).
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Alguém poderia dizer:
- Eu obedeço à minha consciência.
E se a sua consciência for embotada?
Quem de nós pode garantir que possui uma consciência reta?
Submeter o nosso entendimento e a nossa vontade a quem detém autoridade: o filho ao pai, o noviço ao monge, o aluno ao professor, o empregado ao patrão, o fiel à sua Igreja. Mesmo sem entender.
"Anda por onde quiseres: não acharás descanso senão na humilde sujeição e obediência ao superior".
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