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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Instintos de machos e fêmeas

Jean Wyllys ia pirar se visse as minhas duas calopsitas.

-   O macho é o que canta, e tem um grito forte.
-   A fêmea apenas murmura uns piadinhos.

-   O macho, quando levanta voo, chega a assustar com o barulho de suas asas.
-   A fêmea voa espaços curtos.

-   Quando eu chego perto, o macho voa imediatamente na minha cabeça.
-   A fêmea fica esperando que eu vá pegá-la.

-   Se abro o chuveiro, o macho impetuoso logo voa para debaixo da água, e se molha todo num banho quase que de imersão.
-   A fêmea fica encolhidinha num canto, tremendo de medo.

Se a fêmea está num cantinho da gaiola e o macho resolve ir para o mesmo lugar, ele simplesmente chega espantando a fêmea aos gritos, e ela logo sai dali.

Quando ponho comida nova no potinho, se o macho resolve comer, só ele come; ela aguarda pacientemente do lado, até que ele se sacie e saia.

O macho só acasala se eu colocar uma toca escura no viveiro, onde possa chocar os ovos. Sem isso, ele não acasala. Não o faz por prazer.

Eles ainda não têm filhotes, porque eu ainda não coloquei a toca. Mas, observando outros casais de calopsitas que têm filhotes, o macho é quem zela pela sobrevivência deles, e ai de quem chegar perto. Ele não sai dali, em verdadeira penitência, cuidando da vida dos filhotes. 

Somente a mamãe pode chegar perto. Chegar perto. Ela leva comida e água para o pai, no biquinho, e ele, por sua vez, leva aos filhotes.

Se por um acaso ele resolve sair para comer alguma coisa e alguma outra calopsita inventa de querer entrar na toca para espiar, ele imediatamente volta, espantando o intruso a bicadas.

Se por um acaso o filhote vier a morrer, o macho é quem come os seus restos, e o faz com tristeza.

Depois que os filhotes conseguem sair da toca, já grandinhos, cada um se vira por si, mas os pais estão sempre prontos para ajudar no que for preciso, como acudir um tropeço, ou ajudar a comer e beber água.

Jean Wyllys deveria pregar a cartilha da teoria de gênero aos passarinhos, acho que eles não entenderam ainda como a coisa funciona.

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