Nas pegadas de uma sucessão presidencial ensopada de religião, chega ao Brasil uma campanha publicitária que questiona a existência de Deus.
Iniciada no Reino Unido, em 2009, a coisa é replicada aqui pela Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos).
Consiste na difusão de mensagens em ônibus, por ora apenas em Salvador e Porto Alegre. Circulariam também em São Paulo, porém...
Porém, a empresa responsável pela veiculação se negou a cumprir o contrato depois de tomar conhecimento do conteúdo das peças.
Contêm frases assim: "Religião não define caráter"; "A fé não dá respostas. Ela só impede perguntas"; “Se Deus existe, tudo é permitido”.
A amplitude e o prazo da campanha estão condicionados à capacidade da Atea de recolher doaçõe$. Por enquanto, obtiveram-se escassos R$ 10 mil.
Metade veio de pequenos doadores e do caixa da Atea. Outra metade foi provida por um doador paulista, cujo nome é mantido no anonimato.
O objetivo da campanha, informam seus organizadores, é o de atenuar “o enorme preconceito que existe contra ateus”.
Considerando-se o veículo escolhido (os ônibus) e o público-alvo (os brasileiros pobres), a chance de êxito da campanha é diminuta.
Cercada de problemas por todos os lados, a bugrada é, por assim dizer, tentada a acreditar em Deus. Fica difícil dar crédito a qualquer outra coisa.
Os mais céticos preferem jogar na megasena e oferecer a Deus, semanalmente, uma oportunidade de provar que existe.
Escrito por Josias de Souza às 18h51
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