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sábado, 13 de setembro de 2025

Sobre Santa Hildegarda de Bingen

Santa Hildegarda nasceu por volta do ano 1100 (século XII). Desde criança tinha visões místicas e locuções interiores sobre as coisas criadas e seus benefícios ao homem.

Conta-se que uma de suas primeiras visões foi ter visto um tumor dentro do corpo de uma vaca que pastava. Ela, além de comunicar aos pais o que viu, ainda receitou o remédio para aquele tumor, o que mais tarde se constatou ser verdade.

Devido a essas visões e locuções, aos 8 anos de idade seus pais a levaram para um mosteiro das irmãs beneditinas, e foi lá que ela aprendeu a ler e escrever através das Sete Artes Liberais (Gramática, Lógica, Retórica, Aritmética, Geometria, Música e Astronomia).

As visões continuaram e ela teve o conhecimento infuso da Revelação e das Verdades Divinas, da cura do corpo, espirito e alma através dos bens criados.

Ela comentava sobre essas visões e locuções com a Superiora do Mosteiro, que lhe pediu para anotar tudo.

Passou quase toda a sua vida escrevendo. Mais tarde, seus escritos foram analisados por teólogos e cientistas que constataram ali uma preciosidade peculiar, de Revelação: tudo estava de pleno acordo com os ensinamentos da Santa Igreja.

Porém, muitos de seus escritos foram perdidos ou extraviados no decorrer dos séculos. Outros, manipulados por seitas esotéricas, como a cura pelos bens criados, dentre eles, das pedras preciosas e dos elementos, que colocavam suas crenças pagãs nas costas de Santa Hildegarda.

Por isso, a Igreja demorou para divulgar seus livros, sendo que o primeiro a ser impresso foi no século XIX.

Dentre seus livros, os que tratam sobre doenças, alimentação e saúde são: Physica e Causae et curae (Causa e cura).

Só recentemente essas traduções vieram a público, e mais recentemente ainda, publicadas no Brasil.

Santa Hildegarda foi a inspiradora e mestra dos botânicos e biólogos.

Alguns de seus ensinamentos parecem realmente esotéricos, mas foram estudados pela ciência e aceitos como verdadeiros pela Santa Igreja, ainda que tardiamente.

Santa Hildegarda via o ser humano como uma unidade indivisível de corpo, alma e espírito, onde a saúde e a doença são reflexos da harmonia ou desequilíbrio entre esses três aspectos.

Ela associava os elementos "quente", "frio", "úmido" e "seco" aos humores corporais e acreditava que a doença surgia do desequilíbrio nesses humores.

O calor representa a alma e o frio representa o corpo.

As plantas, árvores e seus frutos, metais, pássaros, peixes, animais terrestres, todos podem ser quentes ou frios, de acordo com sua espécie.

As pedras preciosas podem ser fogo ou umidade, de acordo com sua espécie.

Além disso, Hildegarda via as plantas como portadoras de virtudes espirituais, capazes de atuar no corpo, alma e espírito, como o caso da samambaia, que "afasta o mal; o relâmpago, trovão ou granizo raramente caem numa casa onde haja samambaia".

Vejam como essas coisas favorecem as crendices populares. Ainda bem que a Igreja nos dá o respaldo!

A Santa nos dá muitos conselhos práticos e receitas para uma vida plena.

Foi de Santa Hildegarda a ideia do lúpulo na cerveja. Ela chamava a cerveja de "pão líquido", pelo seu alto teor nutricional. Acrescida do lúpulo, a cerveja ou outra bebida alcoólica demora mais a se corromper.

Seu livro Physica tem muitas receitas e indicações. Sobre o morango, por exemplo, ela diz que os frutos rasteiros são "venenosos" e devem ser comidos sempre cozidos.

Segundo Hildegarda, nem tudo da natureza nos faz bem. Assim como o homem se corrompeu, também a natureza está corrompida. Os frutos, plantas, animais e elementos da natureza nos fazem ou bem ou mal, é preciso discernir. Alguns, apenas cozidos, outros crus, outros como chás, ou emplastros e compressas, outros cozidos no sal ou vinagre ou vinho ou outro elemento, para serem queimados na sua toxidade.

Sobre a ansiedade, ela prescreve o "vinho apagado": ferva 60ml de vinho bom, seco. Quando começar a ferver, adicione 20ml de água pura fria, e o vinho será "apagado", sua força alcoólica é reduzida ao mínimo. Deve ser bebido ainda morno e em pequenos goles, 20ml 3 vezes ao dia. Fala também sobre as ervas, entre elas a Erva de São João, atualmente bastante utilizada no alivio da depressão.

https://youtu.be/nwq863K8gb0?si=XV_3oa6_8ybigh_o

Quanto a essa Erva de São João, eu mesma conheci uma senhora que havia tentado o suicídio por três vezes, por depressão. Ela me contou como tomou essa erva: um punhadinho para uma xícara de água quente, tome pela manhã e à noite. Foi o que a livrou da depressão definitivamente.

Na música, Hildegarda compôs mais de 70 hinos. Só ouvindo para sentir o benefício da "frequência" musical, tão mencionada nos dias atuais.

Clique na tradução automática do YouTube para acompanhar a letra:

https://youtu.be/pRCRQcgbWtA?si=Ya4Xt3D-v_mzLAEO

Ela dizia reiteradamente que todos os seus escritos lhe foram ditados pelo Espírito Santo, e que nada vinha do seu próprio pensamento.

Por fim, em 2012 Santa Hildegarda recebeu o título de Doutora da Igreja por Bento XVI, em virtude da verdade inspirada nos seus escritos. Como os antigos profetas, ela colocava no papel, a mando do Espírito, toda a sabedoria que via e ouvia.

Amparados pela tutela da Santa Madre Igreja, que elevou Santa Hildegarda de Bingen a Doutora, podemos, sem qualquer receio, estudar os seus ensinamentos e adotá-los em nossa vida cotidiana, para uma saúde plena.

Por fim, que Santa Hildegarda interceda por nós junto a Jesus, para que saibamos escolher na natureza o que melhor convém à nossa saúde, evitemos todo desperdício e tenhamos a virtude da temperança, para comermos tão somente o que nos é necessário, lembrando sempre que o nosso corpo é templo do Espírito Santo e o preço de nossa alma é o Sangue derramado por Nosso Senhor, na Cruz. Sejamos sãos (ou santos) de corpo, alma e espírito.

Santa Hildegarda - Resumo

Por Raquel Nascimento Pereira


NOSSOS MORTOS (Sertillanges)

 

A familia não é destruída, é transportada. Uma parte dela é invisível; mas se, de fato, ela estiver dividida, a culpa não é da morte.

Fiéis, não deixamos lugares vazios; o amor e a esperança os ocupam, e, através destes, nossos seres amados estão presentes.

ATRIBUTOS EQUIVOCADOS DA MORTE

Pensa-se que a morte é uma ausência, ao passo que é uma presença secreta.

Dizem que ela cria uma distância infinita, mas ela suprime toda distância, reunindo em espírito o que existia na carne.

É acusada de nos tornar estranhos uns aos outros, quando, na verdade, cria uma unidade ali onde subsistiam, pelo menos, possibilidades de desavenças.

Suspeita-se que traz o abandono para nós, quando nos garante uma perpétua e poderosa proteção.

Quantos laços refaz; quantas barreiras rompe; quantas paredes derruba; quanta fumaça dissipa, se a queremos bem.

A PERPÉTUA PRESENÇA

Viver é com frequência abandonar-se a si mesmo; morrer, unir-se a si mesmo.

Não é um paradoxo afirmá-lo: para todos que penetraram profundamente no amor, a morte é uma consagração, e não uma queda.

O amor torna-se então mais íntimo, mais despojado e mais grave.

O coração aprofunda-se a buscar no mistério aqueles que se foram.

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Via Prof. Sidney Silveira

O visível e o invisível

Pensando cá com meus botões...

O mundo não é apenas o que vemos, mas também o que não vemos. O visível e invisível caminham juntos. 

Se um homem nasce, cresce, trabalha, se casa, tem filhos, envelhece e morre na santa paz, tendo cumprido a sua missão aqui na terra em harmonia com o visível e invisível que o cercam, ao deixar este mundo, entrará no mundo invisível para uma vida igualmente harmoniosa.

Se uma criança nasce e logo morre, também cumpriu a sua breve missão visível e inicia a sua missão no Reino invisível. Não acabou, foi só o começo. Por algum motivo essa criança foi criada, chamada a esta missão.

Se um homem, na sua juventude, adoece e fica por anos acamado ou refém daquela doença, também ele é chamado a contribuir - do reino visível para o invisível - pelos errantes deste mundo. É o sentido do sofrimento. 

Imagino algo como uma grande balança do bem e do mal, onde os sofredores pesam para o lado do bem, porque o sofrimento redime, purifica. Se os que sofrem são maus, talvez sofram por sua própria maldade; se são bons, contribuem com o peso de seu sofrimento para a elevação do bem. Mais ainda, se entendem que a doença é um mal e se aceitam com amor que esse mal os corroa por dentro, o peso desse mal é neutralizado pelo contrapeso do bem, e como o bem pesa mais que o mal (porque para fazer o bem é preciso esforço), o saldo da balança fica positivo!

Já pensou se houvesse mais pessoas agindo intencionalmente pelo bem? Algo assim como: "Ofereço este meu sofrimento para redimir o mal que há em mim e no mundo inteiro", poderíamos derrotar o mal no mundo, ou, ao menos, diminuir a sua força!

Por fim, quanto será que pesa a Verdade?

Se um homem que proclama a verdade aos sete ventos for morto repentinamente, a verdade que proclamava, viva e eterna no Reino invisível, torna-se eco no mundo visível, por anos a fio, muito mais do que se estivesse vivo, e se transforma em memória! Não é verdade isso? 

E também ele, este homem visivelmente morto, passando a viver no mundo invisível, continuará a sua missão. Não acabou, apenas mudou de estado. Neste caso, duplo bem. Um aqui, outro acolá. 

Qual seria o seu peso na balança?

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terça-feira, 28 de novembro de 2023

Será que Deus resolve todo tipo de problema?

Conheci um padre que defendia a ideia de que Deus resolve todo tipo de problema. De acordo com esse padre, uma pessoa que se orienta pela Palavra de Deus e pela vida de oração, entende que esta vida é passageira e coloca toda a sua esperança na vida eterna. Portanto, uma pessoa assim:

- Não tem ambições de riqueza, porque vive cada dia como se fosse o último. Compra somente o que realmente necessita, sua casa é simples, seus móveis e utensílios são para a vida toda e estão ali para servi-lo. 

- Não desperdiça nada, não joga comida no lixo, sabe economizar. Por isso, vive com fartura .

- Sabe dividir o que tem, é generoso e hospitaleiro: recebe visitas em sua casa por vários dias, “como quem recebe um Anjo de Deus”.

- Não sabe o que é solidão, possui muitos amigos e sua casa é sempre cheia.

- Não tem depressão, síndrome do pânico e outras doenças mentais, pois encontra segurança e equilíbrio na vida de oração e no convívio diário com Deus.

- Seus filhos “são brotos de oliveira”: obedientes, trabalhadores, tementes a Deus. Educa-os com amor, sabe dar bons conselhos, mostra-lhes o bom caminho.

- Ama a sua mulher como ama a si mesmo. Trata-a com dignidade, no silêncio e na dedicação, imitando a José, esposo de Maria. Portanto, não há violência conjugal nem divórcio.

- Veste-se com simplicidade, sem vaidades. Sabe que “Deus provê até as lindas vestes dos lírios do campo”.

- Sua casa é simples, sem ostentações. Possui tudo – e apenas – o que necessita para viver.

- Tem saúde, pois se alimenta com equilíbrio, evitando o pecado da gula.

- Não tem vícios (álcool, cigarros, drogas, sexo...), pois não tem ansiedade. Deposita todas as suas expectativas nas mãos de Deus, que conduz a sua vida. Por isso, é tranquilo e sereno.

- Sabe equilibrar seu orçamento, e nada lhe falta, pois conhece a palavra que diz: “Até os fios da tua cabeça estão contados, e nenhum cai sem que o Senhor ordene.”

- Portanto, não tem dívidas. Antes, tem de sobra para distribuir a quem precisa.

Esse padre dizia ainda que uma paróquia onde os fiéis são cristãos autênticos, não necessita de bingos e festas para angariar fundos. Os fiéis são tão agradecidos que eles mesmos, com o seu dízimo, mantêm a paróquia com todas as suas despesas, e ainda ajudam pessoalmente nas construções, com a alegria de estarem contribuindo na construção da “Casa de Deus”.

Será que é verdade tudo isso?
"Só Deus basta". (Santa Teresa D'Avila)

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Quem é Padre Renato Burigo?

Na visão de uma paroquiana convertida.

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Conheci o padre Renato quando me mudei para o Capão da Imbuia, bairro ao leste de Curitiba. 

Meu filho já estava com 11 anos quando resolveu fazer catequese, sendo que eu nem era católica. Disse que seus amiguinhos todos faziam, e que ele também queria conhecer Jesus. 

Mandei que procurasse uma igreja por perto e se informasse. Ele foi, trouxe uma autorização para eu assinar e passou a frequentar a tal catequese.

Era costume naquela paróquia carimbar a frequência à missa dominical numa carteirinha, e os catequizandos tinham de ir à missa aos domingos. Meu filho não ia, porque tínhamos outros compromissos. Então, o padre mandou me chamar para cobrar explicação. Eu fui lá, cheia de razão, enfrentar o Padre. Era o Padre Renato.

Cheguei na secretaria bastante irritada. Por quê domingo? Ora, a semana tem sete dias! Ele que fosse em outro dia! O Padre me dirigiu um olhar de compaixão e aceitou a justificativa. Parece ter compreendido o tipo de família que se tratava. E o menino foi liberado das missas dominicais - por ora.

Algumas semanas se passaram e num belo dia, enquanto eu lia o livro Confissões no meu quarto (alguém havia me emprestado e eu estava constrangida de devolver sem ler), na cozinha o meu marido pintava garrafas para cromoterapia  - éramos adeptos a terapias alternativas. Absorta no livro, cheguei àquela parte do jardim, quando Agostinho ouviu o canto de uma criança que lhe parecia ser de um anjo, chamando-o para Deus. Achei aquilo um absurdo! Fechei o livro e lancei um desafio ao ar: "Se isto for verdade, eu vou ligar este radinho de cabeceira e vai tocar uma música para mim agora!" E tocou. "Larga de ser boba e vem comigo, existe um mundo novo e quero te mostrar... Que não se aprende em nenhum livro, basta ter coragem pra se libertar, viver, amar...".

Levei um susto e corri ao meu marido: "Amanhã vou lá naquela Igreja Católica onde o menino faz catequese. Vou lá ver como é". Meu marido me olhou, assustado: "Eu não vou". 

Dia seguinte, eu fui. A igreja estava em reforma e a missa aconteceria no salão paroquial. Entrei, fiquei bem no fundo, só queria ver como era. Não sabia o que era uma missa, nem conhecia as orações, quando sentar, quando levantar. Teve um momento em que todos se sentaram e o padre começou a falar. 

Era a homilia, e ele falou sobre mim! Como assim?? Falou sobre Confissões, sobre a música no jardim, sobre terapias alternativas, enfim, ele discorreu sobre a minha vida! Como seria possível ele saber de tantos detalhes, se ninguém me conhecia naquela região?

Terminada a missa, fui falar com ele. Queria fazer a experiência na Igreja Católica. Ele me acolheu e disse que eu deveria começar indo às missas com frequência, para entender. 

Fui para casa atordoada. E naquela mesma noite eu sonhei com o rosto daquele padre. Havia uma gravação na sua face esquerda, como se fosse uma tatuagem, um carimbo, com as letras JHS dispostas em uma espécie de monograma. E ouvi, com muita clareza, uma voz me dizer: "Fica com ele, é meu filho amado". Oi??

À tarde daquele mesmo dia eu voltei lá e quando entrei na secretaria, olhei diretamente no rosto dele, e novamente vi aquela inscrição, mas agora, bem acordada. Não entendi nada.

Aquela imagem se fixou na minha mente para sempre, e também aquela frase: "Fica com ele, é meu filho amado". 

Era o Padre Renato Burigo, e eu deveria ficar ao seu lado.

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"Seduziste-me, Senhor, e me deixei seduzir". Este foi o versículo escolhido para a sua ordenação presbiteral (27/11/1983).

Pensa num homem apaixonado pela Eucaristia, por Nossa Senhora, por celebrar missas! Lembro de vê-lo chorar olhando para as suas mãos: "São ungidas! Eu sou um Padre!" Lembro que ele chorava sempre - sempre! - que falava de Nossa Senhora. 

E pensa num homem enérgico! Descendente de italianos, tinha um temperamento impetuoso, falava alto, aplicava toda a sua energia no seu sacerdócio e no pastoreio daquele rebanho que lhe fora confiado, zelando por cada um de nós como um verdadeiro pai. Cuidava de cada ovelha como se fosse a única! Se alguém não vinha à missa, ele já sentia falta e queria saber o que tinha acontecido. 

Frequentava a casa dos paroquianos diariamente, mal alguém diferente aparecia na missa, logo buscava saber quem era, provocava amizade e se auto convidava para alguma refeição. Queria conhecer as ovelhas de perto, saber sua história, seus anseios, suas inquietudes, ninguém lhe passava despercebido. Pastor com cheiro de ovelhas.


Estudava horas a fio para nos transmitir o que aprendia. Sentia que era responsável diante de Deus por cada uma de nossas almas. Preparava a sua homilia com bastante antecedência, investia muito tempo em meditação e oração. Resumindo, era um homem de oração. 

Não gostava que viessem falar com ele antes da missa, para não lhe tirar a concentração. Cada missa era como se fosse a única, era ali que a transformação acontecia, que de padre se transformava em Cristo. Percebíamos isso com muita clareza, que não era ele, mas o próprio Jesus que nos falava. 

Era uma responsabilidade tremenda! Tinha um cuidado extremo que as pessoas entendessem quando explicava a Palavra de Deus, estudava aqueles mesmos versículos centenas de vezes, debruçava-se neles em oração, meditava, e nos esmiuçava todos os detalhes. A sua homilia nos tirava o fôlego! As suas palavras chegavam a doer nas entranhas da nossa alma e íamos para casa em silêncio, batendo no peito, consternados. Era homilia longa, de 40 a 50 minutos. A igreja lotada, e o povo nem piscava. Teve um tempo em que gravávamos os seus sermões em fitas K7 e os transcrevíamos à mão, para meditar depois, pois pensávamos que nunca iríamos ouvir aquelas exortações em outro lugar.

A sua paróquia era sempre cheia, a gente tinha que chegar meia hora antes para conseguir se sentar. Os que estavam escalados para alguma tarefa chegavam mais cedo ainda. 

Ele era exigente, para Deus tinha que ser o melhor: tudo impecável! Nada fora de lugar, nada em cima da hora, nada de qualquer jeito. Nenhuma florzinha murcha no altar, nenhuma toalha amassada, nenhum cisquinho no chão, nenhum canto sem ensaio, nenhuma leitura sem preparo e, de modo algum, nenhuma comunhão sem confissão. 

Com relação aos nossos trabalhos voluntários, submetíamo-nos à sua instrução. Ele investia tempo em nos instruir e aceitávamos com alegria as suas orientações, porque víamos nele o zelo pelas coisas de Deus, queríamos ser zelosos como ele. Repetia sempre: "Eu não sou funcionário da igreja, eu sou um Padre! Vocês façam a sua parte e eu faço a minha". E funcionava, mas sempre sob a orientação dele, que supervisionava tudo bem de perto.

Ele nos ensinou a amar a Igreja, a Liturgia, a Santa Missa, os Sacramentos, ensinou-nos sobre o desapego de nós mesmos, do nosso abandono nas mãos de Deus em busca da santidade. Discorria frequentemente sobre a vida dos santos, para nos mostrar que, sim, era possível sermos santos.

Sempre repetia que "Igreja não é ONG nem clube, nem lugar de passa-tempo. Aqui todos estamos reunidos em torno do altar do Senhor para sermos santos!", e nos orientava diariamente no tripé da santidade: Sacramentos, Oração e Sagradas Escrituras. 

Aliás, ele nos ensinou a ler a Bíblia! Sim, no lugar dos folhetos, nós líamos a Bíblia nas missas. Cada um tinha a sua. Marido e mulher, duas biblias. Ele disponibilizava bíblias a preço acessível a todos, ninguém saía de casa sem levar a sua Bíblia da Ave Maria, toda surrada e marcada com caneta, debaixo do braço. Usávamos também nos grupos de oração, nas adorações, na catequese. As crianças também tinham as suas e sabiam encontrar rapidamente as leituras. A Bíblia era usada em todas as celebrações, por absolutamente todos os paroquianos.

E as confissões? Na Quaresma e no Advento, quando os padres do Setor se uniam para as confissões comunitárias, não havia espaço naquela igreja. Era uma correria para conseguir que pelo menos 20 padres viessem ajudar atender aquele povo - em torno de 600 pessoas, das 19 às 22h. Muita gente para pouco tempo. Foi ali que nasceu a Pastoral da Acolhida na Arquidiocese de Curitiba, por força das circunstâncias: não havia como atender tanta gente sem formar um grupo de apoio.

As missas eram vibrantes, participativas, os jovens se sentiam acolhidos, e também havia muitos casais jovens com crianças pequenas. Por isso nasceu também a Escolinha Dominical, um braço da Pastoral da Acolhida, para os pais que quisessem deixar seus pequenos de até 6 anos durante o período de missa. 

Lá, as crianças ouviam historinhas e cantos lúdicos da Liturgia do dia, sob os cuidados de professoras com formação pedagógica que se ofereciam para ajudar. Elas preparavam as atividades durante a semana e traziam tudo pronto no domingo. 

Tudo ali era 100%, todos davam o melhor de si e era por isso que funcionava, dava muitos frutos a olhos vistos! Todos gostavam muito de colaborar, cada qual com seus talentos e dons, tudo era feito com cautela, dedicação, dinâmica e muita alegria. Era envolvente! E éramos constantemente incentivados pelo padre, desde que... ninguém trocasse a missa pelo trabalho pastoral. Assim, a Escolinha Dominical funcionava somente durante a missa das 10, para que as voluntárias pudessem participar frutuosamente da missa das 8. Todos em estado de graça! Não tem como dar errado. 

Assim também era a Secretaria Paroquial, que fechava as portas durante as celebrações. A missa era o ápice de tudo! Era o motivo de todos estarmos ali, nada era mais importante.

E quanto às rifas e festas paroquiais? Ele não as promovia, o que afastou alguns festeiros. Fazia apenas a festa anual do Padroeiro, sem visar lucro. Ele conseguiu a proeza de despertar na consciência dos paroquianos a pertença à igreja e a responsabilidade de cada um. Fazia isso sem falar em dízimo e dinheiro - nunca falou em dízimo nas missas! Os paroquianos confiavam nele, pois viam o rigor com que ele tratava os gastos da paróquia, e eram generosos. No caixa sempre havia provisão de sobra, mesmo em época de reformas. Os pedreiros, marceneiros, pintores, engenheiros, enfim, de várias profissões, se apresentavam para colaborar de alguma forma. Ele era criterioso e zeloso por cada centavo. Quando saiu dali, deixou um caixa gordo e um templo impecável: nada a construir, nada a reparar. Tudo na mais perfeita ordem, inclusive a Casa Paroquial.

Lembro que, uma vez ao ano, na quaresma, todas as pastorais se reuniam para limpar a igreja, cada qual na sua área: o estúdio dos músicos, cabos e microfones, as salas de catequese, gavetas, armários, arquivos, o salão dos jovens, as roupas e objetos de encenações, a sacristia, vestes, alfaias, os bancos da igreja, lustres, pisos, enfim, tudo! Não ficava um alfinete fora de lugar, tudo limpo. Era tempo de expurgo, de renovação, de conserto dos móveis danificados, de limpeza e reforma geral. E assim, na entrada da Semana Santa, a igreja perfumada reluzia!

Havia apenas uma diarista, que vinha somente uma vez na semana. É que não precisava, pois sempre havia voluntários que faziam questão de limpar a igreja nas segundas-feiras, como modo particular de adoração e ação de graças. 

Era assim que aquela paróquia caminhava: na fé, na amizade, no compromisso, na obediência aos que detinham alguma autoridade, e, especialmente, na disponibilidade e alegria: tudo ali era uma festa!

Mas, como nunca se pode agradar a todos, volta e meia algum insatisfeito ia reclamar do padre ao Bispo, que na época era Dom Pedro Fedalto. Este, vendo que os frutos daquela pequena comunidade eram muitos e que até chamavam a atenção das comunidades vizinhas, dava de ombros às queixas.

O padre sempre nos exortava quanto ao chamado particular de cada um, de acordo com os seus dons, e sempre nos orientava a sermos dóceis ao Espírito que guia a Igreja: "Não busquem agradar aos homens, nem a si mesmos, mas busquem agradar a Deus! Dêem o seu melhor a Deus, e tudo acontecerá melhor do que imaginaríamos". E era assim que pessoas humildes realizavam obras grandiosas, e pessoas orgulhosas se ressentiam. Estávamos todos em processo de conversão, mas sabíamos que valia a pena. Nos deixávamos moldar, conduzidos pelas mãos de nosso diligente pastor: confissão, humildade, conversão.

Sei que algumas pessoas se afastaram dali por causa daquele padre que queria porque queria a nossa conversão e santificação. Mas os que ficaram e aceitaram o desafio, foram forjados, transformados. E são muitos! E deram muitos frutos, não apenas ali, mas em todos os lugares por onde passaram. 

Trabalhei com ele - à luz de missas diárias - por 15 anos a fio, os últimos como coordenadora geral do CPP. Teria muito para contar, daria um bom livro! Devo o céu para esse padre, o "filho amado" que me pôs nos trilhos. Não fosse o seu pastoreio, insistência e severidade diante da minha cabeça-dura, eu nem estaria aqui para contar a história.

Aliás, por onde andará o Padre Renato Burigo? Certamente de joelhos em algum sacrário de nossos altares, a combater pela sua própria santificação. 

Sede de Deus: Quando verei a face do Senhor?

Precisamente neste dia em que publico esta matéria (27/11/2023),
o Padre Renato Burigo celebra o seu Jubileu de Esmeralda:
 40 anos de sacerdócio! Dia de Nossa Senhora das Graças!
A ele, as nossas orações e o nosso agradecimento:
OBRIGADA, PADRE!

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!

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sábado, 3 de novembro de 2018

Se a Polônia conseguiu, nós também conseguiremos

A POLÔNIA majoritariamente católica, que sofreu a Segunda Guerra Mundial, o holocausto de Hitler e o comunismo de Stalin, levou quase 30 anos para se reerguer como nação e expurgar todo o mal do comunismo do meio de seu povo.
Eles não tinham internet. Nós temos.

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CRONOGRAMA HISTÓRICO

1939 - A Alemanha nazista invade a Polônia.

1939 a 1945 - Segunda Guerra Mundial. Foram construídos na Polônia dois grandes campos de concentração: Auschwitz 1 e 2, para abrigar prisioneiros. Mais de 1 milhão de pessoas foram exterminadas.

1945 - Após o fim da Segunda Guerra, foi estabelecido um governo provisório de coalizão pró-comunista sob o nome de República Popular da Polônia. O terror nazista de Hitler foi substituído pelo stalinista.

1953 - Morre Stalin. Segue-se crise econômica, que se estende pelas décadas de 60 e 70.

1978 - O polonês Karol Wojtyla é eleito Papa e a Polônia vibra!

1979 - João Paulo II visita Varsóvia e seu discurso impulsiona o ainda tímido movimento anti-comunista Solidariedade.

As visitas do Papa se repetiram em 1983 e 1987, fortalecendo o movimento anti-comunista.

1989 - A Polônia foi o primeiro país a se livrar do bloco comunista soviético, sete meses antes da queda do Muro de Berlim.

1991 junho e agosto - Novas visitas de Papa João Paulo II à Polônia.

1991 outubro - Primeira eleição parlamentar livre. Polônia conclui transição do comunismo para democracia.

1999 - Reforma do sistema educativo.

2008 e 2009 - A Polônia foi o único país do bloco a não entrar em recessão.

2010 - Polônia proíbe símbolos comunistas (como camisetas do Guevara).

2015 - Ranking de educação internacional coloca a Polônia em quinto lugar na Europa e na décima primeira posição no mundo, à frente da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos.

2016 - Católicos consagram Polônia a Cristo Rei (92,2% da população atual é católica).

2016 - Índice de divórcios na Polônia: 1,7% contra 31,4% no Brasil.

2016 - Polônia proíbe qualquer referência ao comunismo no espaço público e troca nomes de praças, ruas, pontes.

2017 - Reforma da Justiça acaba com últimos restos do comunismo na Polônia.

2017 - Católicos rezam o Rosário em toda fronteira da Polônia, contra o terrorismo islâmico.

2018 - Polônia recusa refugiados islâmicos.

2018 - Polônia criminaliza ainda mais o aborto. Mesmo bebês com má formação congênita grave devem nascer para serem batizados.

2018 - A Polônia hoje é a sexta economia do continente e não sabe mais o que é recessão.

Segundo a esquerda mundial, a Polônia atual é governada pela "extrema direita fascista" e "ultraconservadora".
Segundo os poloneses, a Polônia democrata católica só quer se proteger dos males do comunismo e da agenda globalista, ser livre e viver em paz.
Você pode até ser ateu, 
mas viver o capitalismo num país majoritariamente cristão 
é a perfeição da democracia.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Ser rico ou ser pobre

O pobre geralmente é generoso. Um rico pode até ser generoso, e um pobre também pode ser sovina, mas é próprio do pobre ser generoso, amoroso com os seus, e é próprio do rico ser sovina, egoísta. Tanto que Jesus disse: "Mais fácil um camelo entrar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus." Mas não disse que é impossível. Ser rico e generoso ao mesmo tempo é virtude, é graça. Já ser pobre e egoísta é mesquinhez. Não tem e não quer que o outro tenha.
No final das contas, o que conta é o amor. Quem ama, sempre tem mais para amar, e que não ama, nunca tem para dar.

domingo, 29 de julho de 2018

O que nós podemos fazer se temos apenas cinco pães e dois peixes?

Veja algumas ideias práticas:

- Sobrou pão? Faça uns belos lanchinhos e os leve na mochila, para distribuir no caminho a quem encontrar. Capriche nos recheios. Se você encontrasse Jesus no caminho, não gostaria de dar-lhe um lanche qualquer, não é? Então capriche.

- Sobrou almoço? Tenha sempre em casa aquelas pequenas marmitas descartáveis de alumínio, custam menos de 1 real cada. Faça um arroz novo, ou um feijão novo, ou algo diferente, junte às sobras do almoço e encha algumas marmitinhas, ou mesmo uma só, e deixe na geladeira. Quando sair, leve na bolsa ou na mochila. Se não tiver marmitinhas, use algo descartável, mas bem embalado. Faça um propósito de NUNCA jogar comida fora. Reinvente as sobras e doe.

- Está muito frio, você se encheu de roupa e depois fez calor? Nesses dias de temperatura inconstante, aproveite para usar aquele moletom antigo, ou blusas de inverno por baixo. Quando esquentar, tire e dê a quem precisa.

- Comprou uma coberta nova? Lave bem a antiga, embale e deixe no carro. Quando passar por alguém que precisa, doe. A melhor coisa é se a pessoa que recebe nem vê: está dormindo debaixo de uma marquise e acorda com uma coberta nova e cheirosa, ou com alguma comidinha fresquinha do lado. Isso é maravilhoso!

- Seu filho não brinca mais com aquele brinquedo que ainda está inteiro? Quando sair com seu filho para passear, aproveite e leve o brinquedo junto: ensine o seu filho a se doar. Não precisa ser uma sacola cheia de brinquedos. O melhor mesmo é que seja apenas um brinquedo de cada vez. Assim, a cada passeio terá sempre um brinquedo para doar. A repetição do gesto é que educa, porque se fixa na mente da criança.

- Fez uma limpa no guarda-roupa e tem roupas para doar? Junte tudo e da próxima vez que sair à pé pela cidade, vá distribuindo pelo caminho, de acordo com a necessidade de cada pessoa que encontrar. Pode ser até que você volte para casa com algumas peças que não doou, por não ter encontrado ninguém que coubesse naquela roupa específica. Não faz mal, reserve-a para um próximo dia.

- Foi no mercado e encontrou waffles a preço de banana? Às vezes há ofertas de waffles por pouco mais de 1 real. Compre alguns a mais, para levar na mochila. Isso vale para frutas, bolachinhas... fique sempre atento às ofertas dos mercados.

- Encontrou algum pedinte triste ou abatido pelo caminho? Não espere que ele venha lhe pedir, antecipe-se e ofereça algo a ele. Verá o seu semblante surpreso!

- Crie o hábito de sempre levar "algo a mais" na mochila ou no carro.

- Pode ser que você encontre pessoas com outros tipos de carência que não seja fome, sede ou frio. Dê o que tiver, e se não tiver nada, dê o seu sorriso, a sua presença. Às vezes até uma oração ou um diálogo pode ser tudo para alguém abatido num consultório médico.

Esses pequenos gestos de amor levam à outra pessoa muito mais do que uma comida, bebida ou algo material. Levam consolo! É o que as crianças sentem quando seus pais trazem, no final do dia, uma bobagenzinha qualquer. É o que eu sinto quando meus filhos aparecem na minha casa de passagem, apenas para me trazer surpresinhas de comer ou beber. Ou quando alguém me telefona apenas para saber como estou. É o que minha mãe sente quando levo para ela "alguma coisa de roer", mesmo que ela tenha acabado de almoçar. Aliás, foi ela que criou esse conceito para os milks shakes, yakults e tangerinas que lhe levo: "- Trouxe consolo hoje?" diz ela, especulando minhas sacolas. O nosso coração se aquece ao imaginar que alguém pensou em nós, e isso afugenta as nossas tristezas e realmente nos consola.

Faça a experiência do Pão, use a sua criatividade, contagie as pessoas à sua volta com gestos de amor e passe pra frente essa corrente do bem. São esses pequenos gestos que nos tornam mais humanos, vale a pena.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

A VERDADE

Em todos os aspectos da vida humana existe uma, e apenas UMA VERDADE. Podemos olhar uma situação de vários ângulos e formas, podemos formar opiniões diversas sobre determinada circunstância, mas a Verdade não depende de opiniões, a Verdade é (EU SOU).

Caso 1:

VERDADE: O ALEITAMENTO MATERNO É O MELHOR ALIMENTO PARA O BEBÊ.
1 - Eu sei disso e amamento.
2 - Não amamento porque não gosto.
3 - Não amamento porque simplesmente não quero.
4 - Não amamento porque preciso trabalhar.
5 - Eu amamento porque não tenho outro meio de alimentar meu filho.
6 - Não amamento porque não tenho leite.
7 - Não amamento porque não tenho paciência.
8 - Não amamento porque meus seios inflamam, não aguento a dor.
9 - Não amamento porque não acho necessário.
10 - Não amamento porque meus seios ficarão flácidos

Seja como for, o aleitamento materno continua sendo o melhor alimento para o bebê. Esta é a Verdade imutável (a ordem natural das coisas), e a mãe estará tanto mais distante da Verdade quanto mais alto falar o seu amor-próprio. Em escala de distância, seria assim:
1 – Eu sei disso e amamento. MAIS PRÓXIMA DA VERDADE.
5 – Eu amamento porque não tenho outro meio de alimentar meu filho.
6 - Não amamento porque não tenho leite.
8 - Não amamento porque meus seios inflamam, não aguento a dor.
4 - Não amamento porque preciso trabalhar.
7 - Não amamento porque não tenho paciência.
10 - Não amamento porque meus seios ficarão flácidos
2 – Não amamento porque não gosto.
3 - Não amamento porque simplesmente não quero.
9 - Não amamento porque não acho necessário. MAIS DISTANTE DA VERDADE.

A Verdade liberta! Quanto mais próximos da Verdade, tanto mais pura a nossa alma. Sabe aquela pessoa para quem “tudo dá certo”? Ou aquela pessoa que tem paz mesmo em meio aos sofrimentos? Pois é. Essa pessoa anda pelo caminho da Verdade, e todas as coisas e circunstâncias giram em torno dela harmoniosamente. Ou, em linguagem popular, “o universo conspira a favor”.

Caso 2
Quando você não conta para sua família uma verdade, por exemplo, que está com câncer, por temer o sofrimento de seus familiares, você não os está poupando de sofrimentos, mas impondo-lhes um peso a mais: eles perceberão que algo está estranho e não saberão o que fazer.  
Se você contar abertamente, a aceitação da Verdade, embora de início seja dolorosa, os libertará e tudo se tornará mais fácil. Do contrário, seus familiares, que poderiam tê-lo ajudado nesses momentos tão difíceis, ficarão de mãos atadas e, por fim, levarão um peso maior ainda, da sua doença que poderia ter sido amenizada e não foi.

Caso 3
Se você não conta para seus pais que está grávida por temer as acusações, e resolve abortar... será pior ainda. Eles descobrirão mais cedo ou mais tarde, e você nunca se livrará do peso de uma mentira, além de levar para o resto de sua vida o peso na consciência de ter impedido uma pessoa de viver.
Se você conta para eles, de momento haverão lágrimas, acusações, cobranças... mas a Verdade os libertará e logo retomarão o caminho da gravidez junto com você, em perfeita harmonia.

A Verdade é só uma – descubra-a! Sempre que surgir um impasse ou uma dúvida na sua vida, pergunte-se: “- Nesta situação, onde está a Verdade?“  Descubra-a, siga por Seu caminho e liberte-se.


“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.”
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