Pesquisar neste blog

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Regresso ao paganismo


«… alegra-me que a ficção da moda esteja cheia de um regresso ao paganismo, 
pois esse pode ser o primeiro passo para um regresso ao Cristianismo. 
Os novos pagãos às vezes esquecem – ao fazerem tudo o que os pagãos fizeram – 
que a última coisa que os antigos pagãos fizeram
 foi tornarem-se cristãos» - Chesterton.



Misericordes sicut Pater

“Sede misericordiosos como o Pai”. Frase bonita para ser dita, mas cheia de paradoxos e mal-entendidos na prática.

Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. Ama tanto que morreu na Cruz para nos redimir de nossos pecados, levando sobre si todas as nossas culpas. Assim também nós, devemos odiar o pecado que existe em nós e também não sermos coniventes com o pecado do outro. O pecado nos destrói por dentro. Se amamos o outro verdadeiramente, devemos ser um com ele nessa luta contra o pecado, que nós também travamos interiormente, e amar o outro para além de suas faltas, vendo nele o nosso próprio rosto, lembrando que também nós somos pecadores, vulneráveis, fracos, prontos a cair a qualquer momento, se nos afastarmos da graça divina.
E assim como podemos ajudar o outro a superar suas fraquezas, assim também o outro pode nos ajudar a superarmos as nossas - estamos todos no mesmo barco!
Se Deus nos ama quando estamos caídos e apesar de termos caído, quanto mais nós, agradecidos, devemos amar nossos irmãos quando pecam, e rezar por eles, para que alcancem a graça da salvação, oferecida a todos. Se hoje eu estou aqui falando isso, é porque alguém rezou por mim, alguém foi compreensivo comigo, alguém me estendeu a mão. Nesse alguém estava outro Alguém, que me acolheu em seu Coração misericordioso.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Rótulo novo

"O que o mundo chama hoje de moderno, não passa de um velho erro com rótulo novo. Logo começaremos a nos dar conta de que certos intelectuais roubaram-nos o que de melhor possuímos - a fé. E por um tempo haveremos de vagar pelos campos de batalha, como Madalena no horto, dizendo: 'Levaram a meu Senhor, e não sei onde o depuseram' . Quando, porém, depararmos com Ele, de novo entraremos na posse da alma e haveremos de julgar os mentirosos, nossas vidas serão renovadas e por Seu intermédio nosso país renascerá sob a Lei de Deus" 
Venerável Fulton Sheen.

O novo homem velho



“Apenas a Igreja Católica pode salvar o homem da escravidão destruidora e rebaixante de ser filho da sua época. Em contraste com todos os outros homens, possui o católico uma experiência de 19 séculos. 
Um homem que se torne católico fica, de repente, a ter a idade de 2.000 anos. Julga as coisas da maneira como elas movem a humanidade nas diferentes épocas e países e não segundo as últimas notícias dos jornais.” 

- G. K. Chesterton


Liberdade, pra que te quero

Como seria o mundo se as feministas vencessem a sua luta? Já pensou nisso? 


Em pouco tempo:
As mulheres já não engravidariam... 
As famílias deixariam de existir... 
Não haveria crianças... só pra começar.

Enfim, as mulheres deixariam de se render aos homens para serem submissas... aos islâmicos, que procriam a três por quatro. Tem uma música de Lupicínio Rodrigues que diz daqueles "que deixam o céu por ser escuro e vão ao inferno à procura de luz".

São muito bobinhas essas feministas. Deixam a liberdade que já possuem para caírem na escravidão. A gente precisa se acostumar a ver a vida a partir de uma visão do alto. É preciso subir um pouco e olhar lá de cima, ver o que está acontecendo para além do que nossos sentidos conseguem captar.

Deus, nos acuda!

As pessoas estão tão acostumadas à violência que a morte de Cristo na cruz já não lhes diz mais nada.
Estão tão acostumadas ao bizarro, ao feio, ao mau, que se ETs medonhos descessem dos céus, ninguém daria bola.
Estão tão acostumadas ao horror do terrorismo que a morte de cristãos degolados lhes assanha ainda mais o replay do YouTube.
Estão tão acostumadas com a desvalorização da vida que Marianas e Venezuelas já não comovem mais. Enfim, eles que se virem.
Estão tão acostumadas com a tecnologia que se Jesus aparecesse nos céus, não seria mais que um holograma.
Estão acostumadas ao conforto e ao egoísmo que aquele vídeo mostrando o aborto de um bebezinho retirado a pinças do ventre de sua mãe é só mais um vídeo [batido] que rola na timeline das redes sociais.
Estão tão acostumadas ao confronto com a morte que desejariam um Segredo de Fátima mais emocionante, algo assim como o fim do mundo, e não acreditam que o segredo tenha sido SÓ uma bala que quase matou João Paulo II. Afinal, nem matou, né?


Mas chega um dia - e sempre chega - em que a tragédia bate à nossa porta. 
Daí sim, será um "Deus nos acuda"!
Nada como a pedagogia divina para pôr o homem no seu devido lugar.
_____________________________________________________________


Saia da mesmice.

O Espírito Santo vem para nos desestabilizar, para derrubar as nossas estruturas, romper as nossas amarras e nos levar à liberdade. Ele é fogo, é vento, e quando nos abrimos a Ele, então ele entra e tira tudo do lugar. Por isso é que às vezes a Igreja nos assusta, e nos afastamos. Queremos viver naquela rotina medíocre que construímos, naquela vida que julgamos ser a melhor para nós, evitando, a qualquer custo, sair da área de conforto. O Espírito Santo nos expulsa dessa área de conforto e nos impulsiona à missão.

Trechos da Encíclica Divinis Redemptoris sobre o COMUNISMO

Relembrando alguns trechos da Encíclica Divinis Redemptoris sobre o COMUNISMO (vale muito a pena ler a encíclica inteira, disponível no site do Vaticano):
"A doutrina comunista que em nossos dias se apregoa, de modo muito mais acentuado que outros sistemas semelhantes do passado, apresenta-se sob a máscara de redenção dos humildes. E um pseudo-ideal de justiça, de igualdade e de fraternidade universal no trabalho de tal modo impregna toda a sua doutrina e toda a sua atividade dum misticismo hipócrita, que as multidões, seduzidas por promessas falazes e como que estimuladas por um contágio violentíssimo, lhes comunica um ardor e entusiasmo irreprimível, o que é muito mais fácil em nossos dias, em que a pouco equitativa repartição dos bens deste mundo dá como conseqüência a miséria anormal de muitos. Proclamam com orgulho e exaltam até esse pseudo-ideal, como se dele se tivesse originado o progresso econômico, o qual, quando em alguma parte é real, tem explicação em causas muito diversas, como, por exemplo, a intensificação da produção industrial, introduzida em regiões que antes nada disso possuíam, a valorização de enormes riquezas naturais, exploradas com imensos lucros, sem o menor respeito dos direitos humanos, o emprego, enfim, da coação brutal que dura e cruelmente força os operários a pesadíssimos trabalhos com um salário de miséria.
O comunismo despoja o homem da sua liberdade, na qual consiste a norma da sua vida espiritual; e ao mesmo tempo priva a pessoa humana da sua dignidade e de todo o freio na ordem moral, com que possa resistir aos assaltos do instinto cego. E, como a pessoa humana, segundo os devaneios comunistas, não é mais do que, para assim dizermos, uma roda de toda a engrenagem, segue-se que os direitos naturais, que dela procedem, são negados ao homem indivíduo, para serem atribuídos à coletividade. Quanto às relações entre os cidadãos, uma vez que sustentam o princípio da igualdade absoluta, rejeitam toda a hierarquia e autoridade que proceda de Deus, até mesmo a dos pais; porquanto, como asseveram, tudo quanto existe de autoridade e subordinação, tudo isso, como de primeira e única fonte, deriva da sociedade. Nem aos indivíduos se concede direito algum de propriedade sobre bens naturais ou sobre meios de produção; porquanto, dando como dão origem a outros bens, a sua posse introduz necessariamente o domínio de um sobre os outros. E é precisamente por esse motivo que afirmam que qualquer direito de propriedade privada, por ser a fonte principal da escravidão econômica, tem que ser radicalmente destruído.
Além disto, como esta doutrina rejeita e repudia todo o caráter sagrado da vida humana, segue-se por natural conseqüência que para ela o matrimônio e a família é apenas uma instituição civil e artificial, fruto de um determinado sistema econômico: por conseguinte, assim como repudia os contratos matrimoniais formados por vínculos de natureza jurídico-moral, que não dependam da vontade dos indivíduos ou da coletividade, assim rejeita a sua indissolúvel perpetuidade. Em particular, para o comunismo não existe laço algum da mulher com a família e com o lar. De fato, proclamando o princípio da emancipação completa da mulher, de tal modo a retira da vida doméstica e do cuidado dos filhos que a atira para a agitação da vida pública e da produção coletiva, na mesma medida que o homem. Mais ainda: os cuidados do lar e dos filhos devolve-os à coletividade. Rouba-se enfim aos pais o direito que lhes compete de educar os filhos, o qual se considera como direito exclusivo da comunidade, e por conseguinte só em nome e por delegação dela se pode exercer.
Mas donde vem que tal sistema, que a ciência já há muito ultrapassou e a realidade dos fatos vai cada dia refutando, possa difundir-se tão rapidamente por todas as partes do mundo? Facilmente poderemos compreender esse fenômeno, se refletirmos que são muito poucas as pessoas que têm penetrado a fundo a verdadeira natureza e fim do comunismo; ao passo que são muitíssimos os que cedem facilmente à tentação, habilmente apresentada sob as promessas mais deslumbrantes. É que os propagandistas deste sistema afivelam esta máscara de verdade, a saber: que não querem outra coisa mais que melhorar a sorte das classes trabalhadoras; que pretendem não somente dar remédio oportuno aos abusos provocados pela economia liberal, mas também conseguir uma distribuição mais equitativa dos bens terrenos: objetivos estes que certamente ninguém nega se possam atingir por meios legítimos. Contudo os comunistas, por esses processos, explorando sobretudo a crise econômica, que em toda a parte se sente, conseguem atrair ao seu partido aqueles mesmos que, em virtude da doutrina que professam, abominam os princípios do materialismo e os monstruosos crimes que não raro se perpetram. E, como em qualquer erro há sempre qualquer centelha de verdade, como acima vimos que sucedia até mesmo nesta questão, este aspecto de verdade põem-no em relevo com requintada habilidade, com o fim de dissimularem e ocultarem, quanto convém, aquela odiosa e desumana brutalidade dos princípios e dos métodos de comunismo; e desse modo conseguem seduzir até espíritos nada vulgares, os quais muitas vezes a tal ponto se deixam entusiasmar que eles próprios se tornam uma espécie de apóstolos, que vão extraviar com esses erros sobretudo os jovens, facilmente expostos a se deixarem enredar por esses sofismas. Além disso, os arautos do comunismo não ignoram que podem tirar partido, tanto dos antagonismos de raça como das dissensões e lutas em que se entrechocam as diferentes facções políticas, como enfim daquela desorientação que lavra no campo da ciência, onde a própria ideia de Deus emudece, para se infiltrarem nas Universidades e corroborarem os princípios da sua doutrina com argumentos pseudocientíficos."
----------------------
Outras Encíclicas sobre o Comunismo:
- Miserentissimus Redemptor (págs. 165-178)
- Quadragesimo anno (págs. 177-228)
- Caritate Christi (págs. 177-194)
- Acerba animi (págs. 321-332)
- Dilectissima Nobis (págs. 261-274)

Por quem devo rezar?

No começo da minha conversão, eu me lembro o quanto rezava, com medo de me perder. Eu rezava por mim, dia e noite, e chorava muito pelos meus pecados, por não conseguir ser melhor, como gostaria.

Depois, passei a rezar mais pela minha família, para que eles também descobrissem o que eu descobri com tanta dificuldade.

Depois de alguns anos, as minhas orações eram destinadas às pessoas mais necessitadas: aos pobres, aos sofredores, aos injustiçados, aos doentes, aos que sofrem pela maldade alheia. Eu me recordo bem que muitas vezes clamei aos céus pela vinda de Jesus, porque me angustiava ver tanto sofrimento neste mundo.

Mas, qual o que. Como Jesus poderia voltar agora, se há tanta gente que ainda não experimentou o seu amor misericordioso?



Foi só depois de muito, muito tempo, e só depois de assimilar a mística de Fátima que comecei a rezar pra valer pelos maus, pelos infames, pelos que causam sofrimento e dor, pelos que plantam a maldade nos corações inocentes. 

Nossa Senhora ama a todos, e seu título de Advogada nossa não é à toa: Ela é Mãe! Por isso que Fátima insiste que rezemos pelos pecadores - "Há muitas almas que vão para o inferno porque não há quem reze e se sacrifique por elas" - disse Ela aos pastorinhos.


Então, mãos a postos. Porque é esvaziando-nos e esquecendo-nos de nós mesmos que o amor deixa de ser egoísta para tornar-se... cristão.